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Bill e Melinda Gates criticam decreto de Trump sobre aborto

Para os empresários, a decisão do presidente dos EUA de proibir financiamento de ONGs que apoiam o aborto afetará milhões de mulheres

Aborto: "estamos preocupados, uma vez que esta mudança afetará milhões de mulheres e meninas no mundo inteiro", declarou Melinda (Getty Images)
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AFP

Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 12h31.

A decisão do presidente americano, Donald Trump , de proibir o financiamento de ONGs internacionais que apoiam o aborto afetará milhões de mulheres e colocará vidas em risco, alertou nesta terça-feira o bilionário filantropo Bill Gates e sua mulher, Melinda.

"Estamos preocupados, uma vez que esta mudança afetará milhões de mulheres e meninas no mundo inteiro", declarou Melinda Gates ao jornal britânico The Guardian.

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"Provavelmente terá um efeito negativo sobre uma ampla gama de programas de saúde que oferecem tratamentos que salvam vidas", acrescentou.

"Permitir que as mulheres planejem sua gravidez e dar a elas acesso ao tratamento e prevenção de doenças infecciosas salva vidas", ressaltou Melinda.

Bill Gates, cuja fundação criada com sua esposa em 2000 tem como principal objetivo levar ao mundo as inovações em matéria de saúde, ressaltou que a sua organização não poderia preencher a lacuna financeira criada pelo decreto de 23 de janeiro de Trump.

"Os Estados Unidos são o nosso maior doador. Esta assistência não pode ser substituída pela filantropia", acrescentou.

Iniciada pelo republicano Ronald Reagan em 1984, a política anti-aborto retomada por Donald Trump prevê que os fundos federais de assistência internacional não podem ser alocados para ONGs estrangeiras que realizam abortos ou que advogam pelo direito do aborto.

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