Negócios

Bematech compra empresa de software de alimentação

Aquisição da MisterChef dará à Bematech mais potencial de atuação entre os micro e pequenos restaurantes

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2011 às 13h51.

São Paulo - A Bematech, empresa de automação de varejo, anunciou nesta quinta-feira (24/07) a aquisição de mais uma empresa de software, a MisterChef Sistemas de Automação, de sistemas para o segmento de alimentação.

Pelos moldes da transação, será feito um adiantamento de 5 milhões de reais pela empresa, mas o valor da aquisição será calculado de acordo com o desempenho futuro da MisterChef. A base será cinco vezes o valor do lucro antes do pagamento de juros, amortizações, depreciações (EBITDA), calculado ao longo de dois anos. A primeira parcela será paga ao término do primeiro ano e a segunda, ao final do período. O adiantamento será deduzido do preço.

A MisterChef complementa a consolidação da Bematech no segmento vertical de alimentação, com o foco nos micro e pequenos restaurantes, e vai ser complementar à recém-adquirida detentora do software Snack Control, que atu em redes de franquias médias de alimentação. Outra oportunidade citada pela MisterChef é a oportunidade de alavancar as vendas de hardware e serviços.

A empresa justifica a aquisição citando o crescimento do mercado de serviços de alimentação - entre 1995 e 2005, o volume de vendas subiu 263,1%, segundo a Consultoria ECD. A Bematech também afirma que, segundo o levantamento da Clarendon Reports, o setor de alimentação tem perspectiva de crescimento superior a 29% em 2008 e 22% até 2010.

Com 12 anos de atuação, a MisterChef tem cerca de 4 500 licenças de software vendidas. O faturamento no ano passado foi de 2,2 milhões de reais.

A operação depende da aprovação do conselho de administração da Bematech, da auditoria legal e contábil da finalização de obrigações contratuais da MisterChef.

Reorganização O primeiro semestre foi marcado por uma fase de ajustes nas operações da Bematech, necessária depois dos tropeços iniciados dois anos atrás. Apenas quatro meses antes da abertura de capital, no primeiro semestre de 2007, a Bematech fez duas aquisições em software.

A primeira foi a GSR7, prestadora de serviços de tecnologia. A segunda foi a Gemco, especializada em software. Com as compras, o caminho estava aberto para atingir o objetivo de 300 milhões de reais de receitas anuais. A estratégia era clara, mas não resistiu ao teste da realidade. "A Gemco deu um passo maior do que a perna", diz Marcel Malczewski, presidente da Bematech. Com novos e grandes clientes - Shell, Magazine Luiza, Drogão, Supermercados Mambo, entre outros -, a empresa não conseguiu entregar o que prometera. Malczewski teve de tomar uma decisão drástica: fechou a unidade de software para balanço e simplesmente parou de vender.

O fundador da Gemco, Nelson Massud, deixou a empresa no meio do ano passado, meses antes do previsto. Em conversas com analistas e investidores, Malczewski admitiu que fez um mau negócio. Neste momento, a empresa busca convencer os analistas de que já está no caminho certo. As ações da empresa caíram 3,6%, a 6,68 reais. A Bovespa fechou em baixa de 3,34%.

Acompanhe tudo sobre:BematechEmpresasempresas-de-tecnologiaFusões e AquisiçõesServiços diversosTecnologia da informação

Mais de Negócios

21 franquias baratas que custam menos que um carro popular usado

Startup quer trazer internet mais rápida e barata para empresas

"Tinder do aço": conheça a startup que deve faturar R$ 7 milhões com digitalização do setor

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980