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Bechtel avalia oportunidades em infraestrutura no Brasil

A empresa de engenharia pretende oferecer o gerenciamento do projeto do Trem de Alta Velocidade


	Trem-bala: a Bechtel também tem interesse em oferecer a integração dos sistemas do projeto
 (Giorgio Cosulich/Getty Images)

Trem-bala: a Bechtel também tem interesse em oferecer a integração dos sistemas do projeto (Giorgio Cosulich/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2013 às 20h58.

São Paulo - A empresa norte-americana de engenharia, gerenciamento de projetos e construções Bechtel avalia oportunidades no setor de infraestrutura no Brasil, em projetos de linhas de metrô e ferrovias, portos, aeroportos e cidades industriais, informou ao Grupo Estado o diretor executivo de ferrovias e metrovias da Bechtel, Amjad Bangash.

De acordo com ele, o Brasil é, ao lado dos Estados Unidos, Austrália, Oriente Médio e Europa Oriental, uma das localidades de maior potencial para a empresa, que por ora tem na linha 4 do metrô do Rio de Janeiro sua principal atividade no País.

A Bechtel dá suporte ao Metrô do Rio para o estabelecimento de um departamento de gestão de projetos e na engenharia de integração com os novos trens. E agora se uniu à Promon para elaborar uma proposta por um novo contrato para a mesma linha.

De olho nos diversos projetos que o governo federal - e também diversos governos estaduais - pretende executar ou conceder à iniciativa privada, a Bechtel quer oferecer, em parceria com players locais, serviços de gerenciamento de projetos e gerenciamento de construção nos diversos segmentos em que já possui experiência.

Bangash destacou, particularmente, o Trem de Alta Velocidade (TAV), em que o plano também é oferecer o gerenciamento do projeto e a integração dos sistemas. "Não queremos ser construtores, mas ajudar o cliente a integrar todas as partes e levá-lo à operação", disse. Ainda no segmento de transportes sobre trilhos, a empresa estuda oportunidades em outras linhas de metrô, mas ainda não avalia os projetos para a concessão dos 10 mil quilômetros de linhas anunciados pelo governo federal. "Ainda não analisamos isso, mas se houver uma oportunidade, vamos olhar", comentou.

Aeroportos

No segmento de aeroportos, Bangash citou projetos da empresa em outras partes do mundo para indicar que tipo de atividade poderia realizar. Ele apontou a modernização do aeroporto de Gatwick, em Londres, e a construção de um novo aeroporto em Omã, além do gerenciamento das operações num aeroporto de Qatar. "Há uma série de possibilidades."


A empresa participou de algumas concessões de aeroportos, sendo as mais recentes no Peru e na Costa Rica, mas no momento não está atuando nesta área. Questionado se a Bechtel poderia retomar essa atividade e participar do leilão de Confins e Galeão, o executivo disse que ainda não há definição. "Estamos examinando."

Portos

Na área de portos, Bangash comentou que a companhia poderia atuar tanto na modernização e operação como na construção de novos portos. "Temos uma grande tradição relacionada ao setor de mineração e óleo e gás, e já atuamos na construção de portos relacionada a ambos, em vários locais do mundo, e isso é algo que poderemos colaborar se houver uma oportunidade."

Em 2011, dado mais recente disponível, a Bechtel registrou receita de cerca de US$ 33 bilhões. Além dos projetos no setor de transportes, a empresa atua nos setores de energia, comunicações, mineração; petróleo e gás e serviços governamentais, relacionados ao setor de Defesa norte-americano. No passado, a Bechtel participou no Brasil em projetos para o setor de mineração e de transportes.

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