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BB promete melhorar margens, receitas, provisões e Basileia

Banco prometeu empenho para melhorar indicadores de desempenho operacional, à medida que busca equilíbrio de crescimento com rentabilidade


	Agência do Banco do Brasil, em Brasília: balanço mostrou uma combinação de crescimento do crédito ainda acima dos principais rivais e leve queda da inadimplência
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Agência do Banco do Brasil, em Brasília: balanço mostrou uma combinação de crescimento do crédito ainda acima dos principais rivais e leve queda da inadimplência (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 16h39.

São Paulo - O Banco do Brasil prometeu nesta quarta-feira empenho para melhorar indicadores de desempenho operacional, à medida que busca o difícil equilíbrio de crescimento com rentabilidade.

"Vamos evoluir nossos indicadores em direção às nossas previsões", disse a jornalistas o vice-presidente de Finanças do BB, Ivan Monteiro, sobre os resultados do primeiro trimestre.

O balanço do período mostrou uma combinação de crescimento do crédito ainda acima dos principais rivais e leve queda da inadimplência, mas com avanço das provisões para perdas com calotes, fraco avanço das receitas e margens.

Esse cenário motivou comentários cautelosos de analistas, que apontaram também o declínio no trimestre do nível de capital medido pelo índice de Basileia, com o BB se alinhando a regras mais rígidas de capital.

Em relatório, analistas do JPMorgan atribuíram a queda nas margens com operações de crédito ao aumento dos custos de captação, em meio ao ciclo de alta da Selic desde o ano passado, pressão que deve diminuir à medida que o juro se estabilize.

"Vemos uma evolução sem brilho dos lucros, um limitado colchão de capital, e uma rentabilidade que consideramos abaixo da necessária para recompensar o custo de capital", afirmou em relatório a equipe do JPMorgan liderada por Saul Martinez.

No trimestre, a rentabilidade do BB ajustada sobre o patrimônio líquido (ROE), índice que mede como os bancos remuneram os recursos de seus acionistas, teve uma queda de 3,4 pontos percentuais em 12 meses, para 14 por cento.

O retorno recorrente do Itaú Unibanco sobre o patrimônio foi de 22,6 por cento no trimestre, enquanto o do Bradesco atingiu 20,5 por cento, melhor nível em sete trimestres.

Monteiro afirmou que o BB vê oportunidades para elevar a rentabilidade, mas dentro das previsões do banco para o ano, de 12 a 15 por cento, e que o banco vai perseguir sua estratégia de relacionamento de longo prazo com os clientes.

O executivo também prometeu aceleração das receitas com tarifas e serviços, que cresceram 6,6 por cento, também abaixo da faixa prevista para o ano, de 9 a 12 por cento.

Na base anual, as receitas do Itaú com serviços cresceram 18,3 por cento, enquanto as do Bradesco avançaram quase 15 por cento.

"Com a melhora do mercado de capitais, teremos mais receitas no setor, que vão nos ajudar nessa linha", disse Monteiro.

O executivo também disse que o banco está confortável com sua posição de capital, mas enxerga espaço para melhorias. O índice de Basileia do BB caiu 2,79 pontos no primeiro trimestre, ante igual etapa de 2013, a 13,84 por cento, em meio a novas métricas adotadas na virada do ano.

O piso definido pelo Banco Central é de 11 por cento. Segundo Monteiro, o BB tem um padrão interno de manter-se pelo menos dois pontos acima disso. O BB considera acessar o mercado internacional para buscar recursos e fortalecer seu índice.

Na avaliação do BTG Pactual, "o índice de Basileia de Capital Principal ficou baixo" no primeiro trimestre.

Apesar das preocupações dos analistas, a ação do BB subia nesta quarta-feira. Às 16h16, o papel do banco avançava 1 por cento, enquanto o Ibovespa tinha alta de 0,66 por cento.

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