BB eleva para 80,4% sua participação no Banco Patagonia, da Argentina
Acionistas exerceram a opção de venda de suas fatias na instituição financeira para o banco brasileiro, com valore de US$ 202,375 milhões
Reuters
Publicado em 15 de junho de 2018 às 21h10.
Última atualização em 15 de junho de 2018 às 21h14.
São Paulo - O Banco do Brasil anunciou nesta sexta-feira que elevou sua participação no Banco Patagonia para 80,38 por cento, após três acionistas minoritários do banco argentino terem exercido opção de vender para a instituição brasileira a fatia conjunta equivalente a 21,42 por cento no negócio.
Em fato relevante, o BB afirmou ter sido notificado que os acionistas Jorge Guillermo Stuart Milne, Ricardo Alberto Stuart Milne e Emilio Carlos González Moreno exerceram a opção de venda de suas fatias no Banco Patagonia para o banco brasileiro.
O preço de exercício da opção de venda é de 1,314 dólar por ação, somando um total de 202,375 milhões de dólares.
O BB afirmou que o reconhecimento da nova participação do Banco Patagonia em seu balanço, o índice de capital principal, terá queda de 12 pontos base. Esse índice fechou março em 9,8 por cento.
A operação depende de aprovações dos Bancos Centrais do Brasil e da Argentina.
Segundo uma fonte a par do assunto, os três acionistas vendedores fazem parte da família de quem o BB comprou uma fatia de 51 por cento do Banco Patagonia em abril de 2010, por 479,6 milhões de dólares. Esses acionistas tinham direito a exercer opção de venda ao BB, e decidiram agora exercê-la.
A compra do controle do Banco Patagonia ocorreu dentro de um período em que o BB planejava expansão internacional, incluindo bases nos Estados Unidos, em Portugal e no continente africano.
Anos depois, a orientação do controlador, o governo federal, mudou e a campanha de expansão fora do país foi interrompida.
Nos últimos anos, informações sobre o futuro da participação do BB no banco argentino têm sido frequentes no noticiário, incluindo eventual venda do controle a um investidor estratégico ou de parte das ações numa oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), hipótese que tem sido reiterada pelo presidente-executivo do BB, Paulo Caffarelli.