Banco do Brasil: Caffarelli ressaltou que a adesão aos programas é voluntária (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de novembro de 2016 às 10h26.
Última atualização em 21 de novembro de 2016 às 11h20.
Brasília - O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, disse nesta segunda-feira, 21, que, se todos os 18 mil funcionários aderissem ao plano de aposentadoria apresentado nesta data, o custo para o banco seria de R$ 2,7 bilhões, diluídos em sete meses.
Para incentivá-los à adesão, o BB oferecerá 12 salários mais indenização pelo tempo de serviço, que vai de um a três salários, a depender do tempo de banco.
Caffarelli ressaltou, porém, que a adesão aos programas é voluntária. O presidente do maior banco do País afirmou que o custo anual da folha de pagamento do BB é R$ 3 bilhões superior a dos concorrentes privados.
O BB divulgou algumas simulações da redução das despesas de acordo com a adesão ao plano de aposentadoria incentivada. Se 5 mil funcionários fizerem a adesão, a economia anual é de R$ 1,183 bilhão; se 10 mil optarem por se aposentar, a redução será de R$ 2,232 bilhões; se 15 mil fizerem a adesão, R$ 2,742 bilhões; na hipótese de todos aderirem, a economia é de R$ 3,048 bilhões (historicamente este último cenário não ocorre).
Além da economia com o plano de aposentadoria, o BB estima em R$ 750 milhões a redução de despesas administrativas com o fechamento de 402 agências e na transformação de outras 379 em postos de atendimento. Em outubro, o BB já havia iniciado o encerramento de outras 51 agências.
O enxugamento da estrutura administrativa significa a redução de 9,3 mil vagas. Se o plano de aposentadoria incentivada não alcançar esse número, o banco deve esperar a saída natural dos funcionários, em torno de 2 mil por ano.
A adesão ao plano de aposentadoria incentivada é até 9 de dezembro. O público-alvo é de funcionários já aposentados pelo INSS e com, no mínimo, 50 anos e 15 anos de BB.