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Como a BASF está incorporando a sustentabilidade em diversas frentes

Você já se perguntou: e se o plástico pudesse ser amigo da natureza? E como é possível manter ou mesmo aumentar a produção emitindo menos poluentes? Indústria e meio ambiente podem coexistir em harmonia?

Bioplásticos da BASF: Ecoflex e Ecovio podem se biodegradar em um prazo de até 180 dias, desde que expostos a uma situação de compostagem (BASF/Divulgação)
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Publicado em 22 de janeiro de 2024 às 09h00.

Última atualização em 22 de janeiro de 2024 às 15h45.

Pelas contas da ONU, a humanidade produz mais de 2 bilhões de toneladas de lixo por ano e o Brasil contribui com 78 milhões de toneladas desse total. O plástico representa 14% dos resíduos sólidos brasileiros, o que coloca o país em quarto lugar no ranking dos que mais produzem esse tipo de lixo — só “perdemos” para Estados Unidos, China e Índia.

No planeta, 300 milhões de toneladas de plástico são produzidas a cada ano, sendo que 8 milhões de toneladas, aproximadamente, costumam terminar nos oceanos, ameaçando os ecossistemas marítimos.

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A aposta da BASF na economia circular

Mas há boas notícias no horizonte. “As empresas estão cada vez mais conscientes de suas responsabilidades sociais e ambientais", acredita Thiago Bazaglia Spedo, coordenador de especialidades em Materiais de Performance BASF.

No programa de sustentabilidade da BASF, a economia circular e a reciclagem são dois pontos-chave. “A economia circular é muito mais do que a gestão de resíduos”, argumenta Spedo. “Com ela, é possível reintroduzir os resíduos na cadeia produtiva e aumentar a eficiência dentro dos nossos próprios processos de produção."

Determinada a atingir a neutralidade de carbono em 2050, a companhia tem como meta reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 25% até 2030, se comparado com suas emissões em 2018. Outro objetivo é dobrar as vendas associadas a soluções para a economia circular para 17 bilhões de euros.

A BASF tem como meta reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 25% até 2030

A partir de 2025, a BASF pretende processar 250.000 toneladas métricas de matérias-primas circulares. Não à toa, ela direcionou, entre 2020 e 2021, 5 milhões de euros para o Fundo Global de Projetos de Economia Circular. O dinheiro é destinado a projetos que conseguem alinhar interesses econômicos, ambientais e sociais.

Ecoflex: revolucionando o mercado desde 1998

Há 25 anos, a BASF lançou o primeiro biopolímero PBAT biodegradável e compostável do mundo, o Ecoflex. Atualmente, ele é aplicado, principalmente, em embalagens dos mais variados tipos. “Alternativas mais sustentáveis, como os bioplásticos compostáveis, desempenham um papel crucial na mitigação dos danos ambientais associados ao uso do plástico convencional”, observa o coordenador de especialidades em Materiais de Performance BASF.

Ecovio: mais uma novidade em prol do meio ambiente

O plástico pode ser amigo da natureza? O Ecovio, sem sombra de dúvida. Trata-se de um bioplástico compostável certificado produzido pela BASF. É a combinação de dois biopolímeros biodegradáveis e compostáveis: o Ecoflex e o poliácido láctico, que é obtido a partir de matérias-primas renováveis, como o amido de milho.

À prova d'água, o Ecovio oferece performance semelhante à do plástico convencional e pode ser descartado — de preferência em unidades de compostagem industrial -, o que reduz a produção de gás metano (CH4), um dos responsáveis pelo efeito estufa.

Feito seu descarte adequadamente, no término de sua decomposição, o plástico transforma-se em água, CO2 e biomassa – o adubo que pode ser utilizado como fertilizante para o solo. Já o plástico convencional leva centenas de anos para se decompor.

Os bioplásticos da BASF, Ecoflex e Ecovio, podem se biodegradar em um prazo de até 180 dias, desde que expostos a uma situação de compostagem, com microorganismos, umidade, temperatura e níveis de oxigênio propícios.

Plásticos biodegradáveis: na agricultura, o mulch film pode ser usado para conservar a temperatura, melhorar o aproveitamento de nutrientes e proteger as culturas de ervas daninhas (Basf/Divulgação)

Um aliado da economia circular e indústria

Uma contribuição para a economia circular, o Ecovio pode otimizar, por exemplo, as famosas sacolinhas. Cerca de 8 mil unidades delas, estima-se, podem ser produzidas com uma tonelada do bioplástico, dependendo da espessura, do peso e do tamanho adotado — com o plástico tradicional, seria preciso dispor de uma quantidade maior de matéria-prima.

Outra grande vantagem do Ecovio é que pode ser aplicado como revestimento impermeabilizante em papel cartão, sacos, canudos, sacolas e outros materiais para embalagem de alimentos.

Mais uma aplicação importante dos plásticos biodegradáveis está na agricultura,  como o mulch film, usado para conservar a temperatura, melhorar o aproveitamento de nutrientes e proteger as culturas de ervas daninhas, entre outras necessidades. A grande vantagem em relação aos plásticos convencionais é que os filmes de Ecovio não precisam ser removidos (economizando tempo, trabalho e recursos) e não deixam resíduos no meio ambiente, pelo contrário, produzem adubo que enriquece o solo, sem impactos ambientais, beneficiando o plantio e aumentando sua produtividade.

“Bioplásticos como o Ecovio são um caminho promissor para reduzir a quantidade de plástico descartado, mitigando os impactos socioambientais e contribuindo para a construção de um futuro mais sustentável”, destaca Spedo. Em 2021, as vendas do Ecovio cresceram 50% e para 2023 está previsto um novo salto, de mais de 20%.

Avanços também na área de biocombustíveis

Outra solução da BASF em prol do meio ambiente é o metilato de sódio, um catalisador, livre de água, que aumenta a produtividade e reduz o custo de preparação do biodiesel. A companhia desenvolve a substância desde 2011 e, em 2019, aumentou a capacidade de produção para 80 mil toneladas. Com isso, antecipou-se às necessidades futuras do mercado de biodiesel no Brasil. De acordo com as regras atuais, esse biocombustível pode compor 12% do diesel, proporção que subirá para 15% em 2026.

“Os biocombustíveis são de origem renovável e, portanto, ajudam a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a dependência dos combustíveis fósseis”, lembra Alejandro Bossio, diretor de monômeros BASF para América do Sul. O potencial é significativo. “Com os combustíveis verdes, a redução das emissões de CO2 poderia chegar a 70% até 2050, de acordo com o estudo Global Energy Transformation, publicado em 2023”, acrescenta.

Nova metodologia facilita cálculo de emissões

Outra ferramenta ganhou o nome de SCOTT. Desenvolvida pela companhia, a ferramenta dá transparência às emissões de gases de efeito de estufa de cerca de 45 mil itens comercializados em todo o mundo. Com essa solução digital, é possível calcular as emissões de CO2 dos produtos desde a extração das matérias-primas, adquiridas de terceiros, até a hora da entrega para os clientes.

E há mais uma vantagem: como a BASF também informa sua pegada de carbono, os clientes dela ficam aptos a calcular as emissões de Escopo 3 de seus próprios negócios. “Para atender nossos clientes com materiais com a menor pegada de carbono possível, não basta pensarmos só na redução das emissões de Escopo 1 e 2", explica Bossio. “Calcular todas as informações para garantir transparência ao produto que está sendo vendido é um compromisso da BASF com a sustentabilidade”. Hoje em dia, de maneira geral, as empresas estimam suas emissões a partir de informações genéricas.

“Para os próximos anos, é fundamental que as empresas foquem em ações de mitigação para as mudanças climáticas”, defende Bossio. “Mais do que nunca, são necessárias soluções para um futuro sustentável. E a química desempenha um papel fundamental. Com visão inovadora, a BASF indica oportunidades e orienta seus clientes rumo à transformação sustentável”.

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