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Bank of America planeja vender ou fechar parte de seu negócio hipotecário

Banco tenta fortalecer sua viabilidade financeira após esta se deteriorar pela exposição à crise das hipotecas

O Bank of America busca há meses uma solução aos problemas derivados dos empréstimos lixo que herdou em 2008 após o colapso do banco Lehman Brothers (Getty Images)

O Bank of America busca há meses uma solução aos problemas derivados dos empréstimos lixo que herdou em 2008 após o colapso do banco Lehman Brothers (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2011 às 06h27.

Nova York - O Bank of America admitiu nesta quarta-feira que planeja colocar a venda ou até mesmo extinguir parte de seu negócio hipotecário se não encontrar um comprador, numa tentativa de fortalecer sua viabilidade financeira após esta se deteriorar pela exposição da entidade à crise das hipotecas lixo.

"Planejamos vender a divisão de intermediários financeiros para empréstimos hipotecários e, se não encontrarmos uma operação apropriada, também consideraremos outras opções, inclusive o fechamento dessa parte do negócio de forma ordenada", indicou o banco em comunicado.

A divisão de "correspondentes hipotecários" do Bank of America - os quais atuam como intermediários financiando empréstimos que, posteriormente revendem ao banco - conta com mais de mil funcionários, mas há semanas deixou de ter interesse na estratégia a longo prazo do banco.

O Bank of America busca há meses uma solução aos problemas derivados dos empréstimos lixo que herdou em 2008 após o colapso do banco Lehman Brothers, após sua polêmica compra da companhia hipotecária Countrywide Financial por US$ 2,5 bilhões.

Como parte dos esforços de fortalecer sua viabilidade financeira, o Bank of America fechou em junho um acordo com investidores avaliado em US$ 8,5 bilhões para pôr fim à batalha judicial pela comercialização desses bônus, pacto que deve ser aprovado por um juiz e que já foi rejeitado pelo procurador-geral de Nova York.

Nos últimos meses, o banco recebeu vários processos na Justiça, o último nesta terça-feira, por parte de um grupo de investidores que exigem US$ 1,75 bilhão devido às perdas causadas pela comercialização de hipotecas lixo, em um litígio apresentado na Corte Suprema estadual de Nova York.

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