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Banco Safra processa Samarco por desastre no Brasil

Representantes da Samarco não foram imediatamente encontrados para comentários sobre a ação apresentada em tribunal de Manhattan

Tragédia em Mariana: desastre provocou um rio de lama que matou 19 pessoas em Minas Gerais, deixou centenas desabrigadas e poluiu o Rio Doce (Ricardo Moraes/Reuters)
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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2016 às 21h22.

Última atualização em 14 de novembro de 2016 às 21h48.

Sao Paulo- A mineradora brasileira Samarco foi processada por credores nos Estados Unidos nesta segunda-feira, que acusaram a companhia de fazer falsas declarações sobre um desastre fatal envolvendo o rompimento de uma barragem em novembro de 2015.

A sucursal do Banco Safra nas Ilhas Cayman, individualmente e em nome de investidores detentores de títulos da Samarco com vencimento em 2022, 2023 e 2024, disse que a Samarco e Ricardo Vescovi, presidente da companhia na época do acidente, fizeram declarações falsas ou enganosas relacionadas aos defeitos sistêmicos e estruturais de longa data na barragem de rejeitos de Fundão.

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Representantes da Samarco não foram imediatamente encontrados para comentários sobre a ação apresentada em tribunal de Manhattan. A companhia suspendeu a produção após o desastre.

O processo busca compensação para danos causados por supostas violações das leis do mercado de capitais dos Estados Unidos e busca a abertura de uma ação coletiva para investidores. Foi dito que Nova York era a jurisdição apropriada porque o banco comprou notas da Samarco de corretores operadores e contrapartes no distrito.

A ação do Banco Safra faz referência ao rompimento de uma barragem de rejeitos em uma mina da Samarco, que provocou um rio de lama que matou 19 pessoas em Minas Gerais, deixou centenas desabrigadas e poluiu o Rio Doce.

A Samarco, uma joint venture entre Vale e BHP Billiton, tem 2,2 bilhões de dólares em pagamentos de obrigações pendentes. A companhia está em "default" após não efetuar dois pagamentos de juros relacionados às suas obrigações.

O Banco Safra também alega que investidores foram levados a crer que a Samarco havia tomado medidas para evitar um desastre catastrófico em sua barragem de rejeitos de Fundão, mas essas medidas não existiram.

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