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Banco Postal deverá ser instituição financeira

A nova empresa, que manterá a marca, poderá oferecer todos os produtos e serviços de um banco comercial e estará sob a supervisão mais rigorosa do BC

Correios: linhas de crédito, seguros, capitalização e consórcios são algumas das possibilidades de novos negócios que poderão ser feitas nos Correios caso a parceria seja aprovada (Lia Lubambo/ Arquivo EXAME)
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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2013 às 12h41.

Brasília - O Banco do Brasil e os Correios pretendem transformar o Banco Postal em uma instituição financeira de fato. A nova empresa, que manterá a marca e deve continuar tendo participações societárias iguais das duas instituições públicas, poderá oferecer todos os produtos e serviços de um banco comercial e estará sob a supervisão mais rigorosa do Banco Central.

"A intenção das duas empresas é criar uma instituição financeira, o que permitirá ampliar o portfólio dos produtos e serviços oferecidos aos clientes do Banco Postal, além de gerar mais sinergia e eficiência à operação", explicou, em nota, o BB.

Linhas de crédito, seguros, capitalização, cartões pré-pagos, consórcios são algumas das possibilidades de novos negócios que poderão ser feitas nas agências dos Correios, caso a nova parceria seja aprovada por todos os órgãos reguladores - além do BC, Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ministérios da Fazenda, das Comunicações e do Planejamento.

Segundo Alexandre Abreu, vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, o novo Banco Postal tem chances de entrar em funcionamento a partir do ano que vem, pois as duas empresas pretendem entregar o plano de negócios às autoridades competentes ainda no primeiro semestre de 2014.

Esse novo modelo de negócios para os Correios só foi possível depois de uma mudança na legislação em 2011 que permitiu que a empresa oferecesse serviços financeiros, o que é prática comum em outros países, de acordo com o vice-presidente jurídico do ECT, Cléucio Nunes.

Para ele, essa é uma das saídas para compensar o prejuízo com os serviços postais, atividade obrigatória da empresa, prevista na Constituição.


O novo Banco Postal deve utilizar as estruturas das duas instituições, o que, segundo o BB, reduziria o volume de investimento necessário para a expansão da rede física de atendimento do maior banco brasileiro.

O Banco do Brasil pretende conquistar a parcela da população que ainda não tem conta corrente, estimada em 55 milhões de pessoas, cuja movimentação é de mais de R$ 600 bilhões por ano fora dos bancos.

"Embora tenha aumentado o autoatendimento, essas pessoas que estão iniciando um relacionamento com o banco precisam do contato com os atendentes", disse Abreu. "É mais vantajoso para o banco esse tipo de parceria do que um crescimento orgânico", afirmou.

Os Correios atuam como correspondente bancário do BB desde janeiro de 2012. No entanto, com o status de correspondente, a oferta de produtos é restrita a poucas operações, como movimentação de conta corrente, empréstimo, poupança e recebimento de pagamento.

Segundo o BB, desde então foram abertas 2,2 milhões de contas correntes no Banco Postal e mais de 200 milhões de transações foram realizadas usando os mais de 6 mil pontos de atendimento dos Correios que está presente em 95% dos municípios brasileiros.

Antes, a capilaridade do BB só alcançava metade dos municípios do País.

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Brasília - O Banco do Brasil e os Correios pretendem transformar o Banco Postal em uma instituição financeira de fato. A nova empresa, que manterá a marca e deve continuar tendo participações societárias iguais das duas instituições públicas, poderá oferecer todos os produtos e serviços de um banco comercial e estará sob a supervisão mais rigorosa do Banco Central.

"A intenção das duas empresas é criar uma instituição financeira, o que permitirá ampliar o portfólio dos produtos e serviços oferecidos aos clientes do Banco Postal, além de gerar mais sinergia e eficiência à operação", explicou, em nota, o BB.

Linhas de crédito, seguros, capitalização, cartões pré-pagos, consórcios são algumas das possibilidades de novos negócios que poderão ser feitas nas agências dos Correios, caso a nova parceria seja aprovada por todos os órgãos reguladores - além do BC, Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ministérios da Fazenda, das Comunicações e do Planejamento.

Segundo Alexandre Abreu, vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, o novo Banco Postal tem chances de entrar em funcionamento a partir do ano que vem, pois as duas empresas pretendem entregar o plano de negócios às autoridades competentes ainda no primeiro semestre de 2014.

Esse novo modelo de negócios para os Correios só foi possível depois de uma mudança na legislação em 2011 que permitiu que a empresa oferecesse serviços financeiros, o que é prática comum em outros países, de acordo com o vice-presidente jurídico do ECT, Cléucio Nunes.

Para ele, essa é uma das saídas para compensar o prejuízo com os serviços postais, atividade obrigatória da empresa, prevista na Constituição.


O novo Banco Postal deve utilizar as estruturas das duas instituições, o que, segundo o BB, reduziria o volume de investimento necessário para a expansão da rede física de atendimento do maior banco brasileiro.

O Banco do Brasil pretende conquistar a parcela da população que ainda não tem conta corrente, estimada em 55 milhões de pessoas, cuja movimentação é de mais de R$ 600 bilhões por ano fora dos bancos.

"Embora tenha aumentado o autoatendimento, essas pessoas que estão iniciando um relacionamento com o banco precisam do contato com os atendentes", disse Abreu. "É mais vantajoso para o banco esse tipo de parceria do que um crescimento orgânico", afirmou.

Os Correios atuam como correspondente bancário do BB desde janeiro de 2012. No entanto, com o status de correspondente, a oferta de produtos é restrita a poucas operações, como movimentação de conta corrente, empréstimo, poupança e recebimento de pagamento.

Segundo o BB, desde então foram abertas 2,2 milhões de contas correntes no Banco Postal e mais de 200 milhões de transações foram realizadas usando os mais de 6 mil pontos de atendimento dos Correios que está presente em 95% dos municípios brasileiros.

Antes, a capilaridade do BB só alcançava metade dos municípios do País.

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