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Banco do Brasil tem lucro maior, mas corta previsão de alta do crédito

Resultado foi 4,6% acima das estimativas dos analistas e foi impactado por menores despesas operacionais e maior receita de tarifas

Banco do Brasil: Banco tem lucro líquido de R$ 4,432 bilhões no 2º trimestre de 2019 (Pilar Olivares/Reuters)

Banco do Brasil: Banco tem lucro líquido de R$ 4,432 bilhões no 2º trimestre de 2019 (Pilar Olivares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de agosto de 2019 às 09h42.

Última atualização em 8 de agosto de 2019 às 10h12.

São Paulo — O Banco do Brasil reportou nesta quinta-feira que o lucro líquido recorrente do segundo trimestre subiu 36,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas disse que o crescimento da carteira de crédito em 2019 será mais lento do que o esperado anteriormente.

O lucro líquido recorrente, que exclui itens extraordinários, chegou a 4,432 bilhões de reais, ajudado por menores despesas operacionais e maior receita de tarifas. Também foi 4,6% acima das estimativas dos analistas, segundo dados do Refinitiv.

O banco informou que a carteira de crédito pode encolher até 2% este ano ou crescer 1% no máximo, já que os empréstimos a empresas devem continuar a cair. Nos primeiros seis meses do ano, o estoque de crédito do Banco do Brasil cresceu apenas 1,1%.

Anteriormente, o Banco do Brasil esperava que sua carteira de crédito crescesse de 3% a 6% este ano, e no início de maio, o presidente-executivo Rubem Novaes disse que o banco provavelmente atingiria essa meta.

Ainda assim, o Banco do Brasil não revisou seu guidance para o lucro em 2019, que prevê lucro líquido crescendo até 17,5% neste ano. O banco provavelmente continuará a apertar o cinto para cortar custos para atingir essa meta. Suas despesas operacionais do segundo trimestre caíram 1,1% em relação ao ano anterior.

No mês passado, o Banco do Brasil lançou um programa de desligamento voluntário com o objetivo de reduzir custos. Ele também disse que iria transformar 333 de suas agências bancárias em locais físicos mais simples, que geralmente têm custos mais baixos.

O retorno sobre o patrimônio líquido do banco, um indicador de rentabilidade, foi de 17,6%, um aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.

A receita de tarifas e prestação de serviços também ajudou o resultado do banco, uma vez que subiu 9,4% em relação ao ano anterior.

Os empréstimos vencidos há mais de 90 dias ficaram em 3,25%, um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, e o banco informou que se refere a um cliente específico, sem mencionar o nome.

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