Banco do Brasil: o resultado superou a expectativa dos analistas (Adriano Machado/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 08h10.
São Paulo - O Banco do Brasil, maior banco do país por ativos sofreu uma queda de 23,7 por cento no lucro líquido do quarto trimestre, num desempenho mais fraco que seus rivais privados e pressionado por aumento de provisões para perdas com crédito apesar de queda na inadimplência.
A instituição teve lucro líquido de 3,025 bilhões de reais ante resultado positivo de 3,967 bilhões no mesmo período de 2012. Em bases recorrentes, o lucro do período, de 2,424 bilhões de reais, caiu 23,8 por cento na comparação anual.
A previsão média de oito analistas ouvidos pela Reuters apontava para lucro líquido recorrente de 2,61 bilhões de reais para o Banco do Brasil no período.
O banco elevou as provisões para perdas com crédito em 15,2 por cento sobre o quarto trimestre de 2012, para 4,188 bilhões de reais, e em 7 por cento no comparativo com julho a setembro do ano passado.
A carteira de crédito de crédito no país terminou o ano passado em 636,124 bilhões de reais dentro das expectativas de crescimento de 17 a 21 por cento. O crescimento anual foi de 19,9 por cento. O BB espera que em 2014 sua carteira de empréstimos no país tenha expansão de 14 a 18 por cento.
Na pessoa física, o destaque ficou por conta de saltos anuais de 78 por cento no financiamento imobiliário e de 24,7 por cento em cartão de crédito. No sentido oposto, o crédito para veículos encolheu 1,1 por cento. Entre empresas, a carteira cresceu um total de 17,9 por cento e no agronegócio houve alta de 34,7 por cento.
O índice de inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias terminou o trimestre de dezembro em 1,98 por cento, queda ante 2,05 por cento nos três últimos meses de 2012, e praticamente estável em relação ao resultado do terceiro trimestre, 1,97 por cento.
Consequência de um trabalho de migração para linhas de financiamentos mais seguras, porém com menores margens, Itaú Unibanco, Santander e Bradesco tiveram no trimestre forte queda na inadimplência e nas despesas com provisões para calotes.
O BB informou na véspera a eleição de Mauricio Maurano como vice-presidente de Atacado, Negócios Internacionais e Private Bank. Ele substituirá Paulo Caffarelli, que foi nomeado secretário-executivo do Ministério da Fazenda.
A margem financeira bruta do BB no quarto trimestre recuou 0,6 por cento, a 11,961 bilhões de reais, resultado de receitas com intermediação crescendo num ritmo menor (28,6 por cento) que as despesas (55,9 por cento).
Já as rendas com tarifas subiram 12,6 por cento, para 6,177 bilhões.
O banco terminou 2013 com ativos totais de 1,3 trilhão de reais, crescimento 13,5 por cento sobre 2012. As despesas com pessoal também cresceram, 11 por cento, para 4,673 bilhões de reais.
*Matéria atualizada às 9h10