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Banco do Brasil planeja crescimento na área de seguros

Instituição espera que, em cinco anos, área de seguros responda por 25% do resultado do banco

Banco do Brasil: no trimestre, o negócio de seguros do Banco do Brasil respondeu por 13,5% do resultado do banco (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

Banco do Brasil: no trimestre, o negócio de seguros do Banco do Brasil respondeu por 13,5% do resultado do banco (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2010 às 13h35.

São Paulo - No terceiro trimestre de 2010 o negócio de seguros do Banco do Brasil respondeu por 13,5% do resultado do banco. A instituição financeira quer que essa participação chegue a 25%, em cinco anos. No terceiro trimestre o resultado de seguridade foi de 347,4 milhões de reais.

A participação é calculada pela divisão do resultado de seguridade pelo lucro recorrente. O índice de seguridade cresceu em relação ao segundo trimestre de 2010, quando foi de 12,8%, mas caiu em relação ao terceiro trimestre de 2009, cujo índice foi de 14,3%. Como em 2010 foi organizada a reestruturação da área de seguros, o banco espera crescimento mais relevante nos índices em 2011.

"Os anúncios feitos recentemente, de tornar o BB mais competitivo em veículos e vida, e as medidas para ampliar nossa participação na empresa de previdência privada e capitalização deixam o banco num novo patamar para competir nesse segmento", disse Gilberto Lourenço da Aparecida, gerente geral de relações com investidores

O resultado das operações com seguros somou 488 milhões de reais no terceiro trimestre – crescimento de 4,2% sobre o trimestre anterior e de 24,5% sobre o terceiro trimestre de 2009. Em nove meses essas receitas totalizaram 1,397 bilhões de reais, uma expansão de 19,7% sobre o mesmo período de 2009.

Em relação ao terceiro trimestre de 2010, o resultado consolidado das empresas de seguridade foi de 253,4 milhões de reais, crescimento de 29,4% frente ao mesmo período do ano passado. O segmento de seguros (auto, vida e ramos elementares) foi responsável por 55,9% do total, enquanto previdência aberta contribuiu com 31,7% e capitalização, 12,4%.

"Sabemos que o BB era muito forte em alguns segmentos, mas em veículos por exemplo não tinha um modelo adequado para competir. Agora estamos com as ferramentas corretas para competir", disse o gerente geral.

Mapfre

O Banco do Brasil acredita que no próximo ano terá a operação com a Mapfre, especialmente o seguro de veículos em pleno funcionamento. A empresa espera que, até março, todas a aprovações em termos de Susep estejam completas.

O banco buscou as aprovações de agência regulatórias e já realizou a aquisição da BrasilVeículos que era o que faltava para a finalização do negócio com a Mapfre, segundo Marco Antônio da Silva Barros, diretor de seguros, previdência e capitalização. "Temos trabalhando com um grupo de transição bastante grande e temos a partir de janeiro um posicionamento comercial muito mais alinhado, independente de estarmos aguardando as aprovações finais dos órgãos reguladores", disse o diretor.

A unidade de seguros do Banco do Brasil realizou uma aliança com o grupo espanhol Mapfre em maio. Pelo acordo, o BB investirá 295 milhões de reais no negócio.


Resultados

O Banco do Brasil encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de 2,625 bilhões de reais. O valor representa uma alta de 32,7% no lucro do terceiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2009.

Os ativos totais somaram 796,815 bilhões de reais no trimestre, uma expansão de 16,2 % sobre o registrado um ano antes. A carteira de crédito ao final de setembro somava 339,826 bilhões de reais, crescimento de 19% sobre o mesmo mês de 2009.
 

A carteira doméstica cresceu 18,9% em um ano e 4,8% sobre junho. A participação do Banco do Brasil no mercado doméstico foi de 20,0% em setembro de 2010. O crédito ao consumo lidera a expansão da carteira.

O crédito às pessoas físicas atingiu 107 bilhões no final do terceiro trimestre – crescimento de 25,3% em um ano e de 6,2% no trimestre. Essa foi a carteira que teve maior ritmo de crescimento, com participação relativa de 31,6% sobre setembro de 2009. As operações de crédito consignado apresentaram crescimento de 4,2% no trimestre, e se mantém como a principal linha de financiamento ao consumo no BB.

O resultado da Brasilsaúde não foi considerada na análise do terceiro trimestre de 2010, mas consta no mesmo período de 2009.

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