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Banco Central determina intervenção no Banco Santos

Para voltar a funcionar, instituição precisará de 700 milhões de reais; liquidação ainda é uma possibilidade

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 12h19.

O Banco Central (BC) anunciou na noite dessa sexta-feira (12/11) a intervenção no Banco Santos e na Santos Corretora de Câmbio e Valores. Segundo o ato 1082, assinado pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, o banco sofrerá a intervenção em razão do "comprometimento da situação econômico-financeira da instituição com a deterioração da situação de liquidez, bem como a infringência das normas que disciplinam a atividade bancária e a inobservância de determinação do Banco Central". Será a primeira intervenção em um banco privado desde 1998. O interventor no Banco Santos será Vânio Aguiar, chefe do Departamento de Supervisão Indireta (Desin) do BC. Até agora, não está decidido se o banco será liquidado.

De acordo com informações fornecidas pelo diretor de Fiscalização do Banco Central do Brasil, Paulo Sérgio Cavalheiro na manhã deste sábado (13/11) , a instituição precisará de um aporte de capital de pelo menos 700 milhões de dólares para voltar a funcionar. A instituição detectou irregularidades nos balanços e decidiu congelar depósitos no valor de 1,8 bilhão de reais. Também ficaram indisponíveis os bens do presidente do banco, Edemar Cid Ferreira, e de outros 12 diretores. Em reportagem recente, EXAME já mostrava as dificuldades do Banco Santos e o esforço que a equipe do Banco Central enfrentou ao investigar as finanças da instituição.

O Santos iniciou suas atividades em 1969, na cidade litorânea paulista de mesmo nome, como uma corretora de mercadorias. Tornou-se um banco 20 anos mais tarde, ao final do governo de José Sarney, e especializou-se em atender empresas de médio porte. Sua história confunde-se com a atuação profissional de seu fundador e principal acionista, o banqueiro Cid Ferreira.

Nos últimos anos, Edemar começou a tornar-se conhecido no mundo das artes plásticas. Como mostrou reportagem de EXAME de abril de 2002, o banqueiro firmou-se como um dos principais patronos das artes no país. Entretanto, o estilo de trabalho de Edemar e as polêmicas em que se mete chamam tanta atenção quanto as exposições que realiza.

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