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Azul voará para os EUA a partir de 2015 com aviões Airbus

A terceira maior empresa aérea do Brasil em participação de mercado receberá seis unidades do avião A330-200 para entrada em serviço no ano que vem

Jato da Azul Linhas Aéreas: companhia arrendará oito dos 11 aviões Airbus junto ao grupo de leasing ILFC e está avaliando se alugará ou comprará três dos jatos A330 (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2014 às 15h55.

Campinas - A empresa aérea Azul anunciou nesta quarta-feira uma nova fase de sua expansão, com o lançamento de voos internacionais e a adição de 11 aviões da Airbus que se juntarão a sua frota de jatos regionais da Embraer e turboélices ATR.

A terceira maior empresa aérea do Brasil em participação de mercado receberá seis unidades do avião A330-200 para entrada em serviço no ano que vem.

Depois, em 2017, virão cinco unidades do A350-900, todos eles equipados com motores Rolls-Royce.

Atualmente, a empresa aérea opera 80 jatos Embraer e 56 aviões ATR apenas com voos dentro do país.

Os 11 aviões da Airbus têm preço de tabela perto de 2 bilhões de dólares, disseram executivos em entrevista coletiva em Campinas (SP), onde fica o principal centro de operações da Azul.

A companhia aérea arrendará oito dos 11 aviões Airbus junto ao grupo de leasing ILFC e está avaliando se alugará ou comprará três dos jatos A330.

O acordo com a Airbus é outro revés para a fabricante rival norte-americana Boeing no maior mercado da América Latina. A Boeing perdeu em dezembro um desejado contrato para fornecer caças ao governo brasileiro, em disputa que teve a sueca Saab como vencedora.

"Queremos proporcionar uma nova experiência nos voos internacionais, com segmentação de tarifas e serviços, seguindo o que estamos fazendo em todo o país", disse em comunicado o fundador e presidente da Azul, David Neeleman, que também criou a companhia aérea norte-americana JetBlue.

A Reuters antecipou na noite de terça-feira, com base em informações obtidas com duas fontes do setor, que a Azul anunciaria nesta quarta-feira sua primeira encomenda de avião de corredor duplo da fabricante europeia Airbus.


A Azul também assinou um contrato com a Rolls-Royce para serviços de manutenção de motores estimado em 400 milhões de dólares.

FROTA A Azul também está fazendo uma mudança importante em sua frota, hoje composta por jatos de até 120 lugares, ao adicionar aviões de dois corredores com autonomia para 10 horas de voo. O A330 da Azul poderá levar cerca de 245 passageiros e o A350 terá mais de 320 assentos.

A estratégia contrasta com a da rival e segunda maior empresa aérea do Brasil, a Gol, que iniciou os serviços domésticos com uma frota uniforme de aviões 737 da Boeing e agora voa com esses jatos para os Estados Unidos, com parada na República Dominicana para reabastecimento.

"Quem diz o que é uma frota ortodoxa?", disse Neeleman em coletiva de imprensa, descartando qualquer necessidade premente de a Azul ter em sua frota jatos de fuselagem estreita fabricados por Airbus ou Boeing.

Melhoras drásticas na eficiência de consumo de combustível da nova geração do A320 e do 737 também tornam o momento inadequado para compra de versões de ambos os modelos atualmente disponíveis no mercado, disse o empresário.

A estrutura do novo acordo de leasing torna desnecessário para a Azul levantar capital para adicionar os novos aviões, disse Neeleman.

No ano passado, a Azul anunciou planos para uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) estimada em até 1 bilhão de reais. Os planos foram congelados em agosto devido às turbulências nos mercados financeiros e Neeleman voltou a dizer nesta quarta-feira que não há urgência para um IPO.

O acordo com a Azul representa um impulso duplo para a Airbus, que tenta manter a demanda para a atual geração do A330 e enquanto sonda o mercado sobre o novo A350, que entra em serviço neste ano.

Neeleman disse que a Azul planeja iniciar voos de Campinas para o sul da Flórida no começo do próximo ano, seguido por voos para Nova York, embora os aeroportos envolvidos ainda estejam sob negociação.

A escolha dos aeroportos será acompanhada de perto por possíveis sinais de alianças com empresas aéreas dos EUA. A Azul tem se mantido distante de acordos de compartilhamento de voos, enquanto a Gol tem apostado em alianças com companhias aéreas estrangeiras como a Delta Air Lines.

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Campinas - A empresa aérea Azul anunciou nesta quarta-feira uma nova fase de sua expansão, com o lançamento de voos internacionais e a adição de 11 aviões da Airbus que se juntarão a sua frota de jatos regionais da Embraer e turboélices ATR.

A terceira maior empresa aérea do Brasil em participação de mercado receberá seis unidades do avião A330-200 para entrada em serviço no ano que vem.

Depois, em 2017, virão cinco unidades do A350-900, todos eles equipados com motores Rolls-Royce.

Atualmente, a empresa aérea opera 80 jatos Embraer e 56 aviões ATR apenas com voos dentro do país.

Os 11 aviões da Airbus têm preço de tabela perto de 2 bilhões de dólares, disseram executivos em entrevista coletiva em Campinas (SP), onde fica o principal centro de operações da Azul.

A companhia aérea arrendará oito dos 11 aviões Airbus junto ao grupo de leasing ILFC e está avaliando se alugará ou comprará três dos jatos A330.

O acordo com a Airbus é outro revés para a fabricante rival norte-americana Boeing no maior mercado da América Latina. A Boeing perdeu em dezembro um desejado contrato para fornecer caças ao governo brasileiro, em disputa que teve a sueca Saab como vencedora.

"Queremos proporcionar uma nova experiência nos voos internacionais, com segmentação de tarifas e serviços, seguindo o que estamos fazendo em todo o país", disse em comunicado o fundador e presidente da Azul, David Neeleman, que também criou a companhia aérea norte-americana JetBlue.

A Reuters antecipou na noite de terça-feira, com base em informações obtidas com duas fontes do setor, que a Azul anunciaria nesta quarta-feira sua primeira encomenda de avião de corredor duplo da fabricante europeia Airbus.


A Azul também assinou um contrato com a Rolls-Royce para serviços de manutenção de motores estimado em 400 milhões de dólares.

FROTA A Azul também está fazendo uma mudança importante em sua frota, hoje composta por jatos de até 120 lugares, ao adicionar aviões de dois corredores com autonomia para 10 horas de voo. O A330 da Azul poderá levar cerca de 245 passageiros e o A350 terá mais de 320 assentos.

A estratégia contrasta com a da rival e segunda maior empresa aérea do Brasil, a Gol, que iniciou os serviços domésticos com uma frota uniforme de aviões 737 da Boeing e agora voa com esses jatos para os Estados Unidos, com parada na República Dominicana para reabastecimento.

"Quem diz o que é uma frota ortodoxa?", disse Neeleman em coletiva de imprensa, descartando qualquer necessidade premente de a Azul ter em sua frota jatos de fuselagem estreita fabricados por Airbus ou Boeing.

Melhoras drásticas na eficiência de consumo de combustível da nova geração do A320 e do 737 também tornam o momento inadequado para compra de versões de ambos os modelos atualmente disponíveis no mercado, disse o empresário.

A estrutura do novo acordo de leasing torna desnecessário para a Azul levantar capital para adicionar os novos aviões, disse Neeleman.

No ano passado, a Azul anunciou planos para uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) estimada em até 1 bilhão de reais. Os planos foram congelados em agosto devido às turbulências nos mercados financeiros e Neeleman voltou a dizer nesta quarta-feira que não há urgência para um IPO.

O acordo com a Azul representa um impulso duplo para a Airbus, que tenta manter a demanda para a atual geração do A330 e enquanto sonda o mercado sobre o novo A350, que entra em serviço neste ano.

Neeleman disse que a Azul planeja iniciar voos de Campinas para o sul da Flórida no começo do próximo ano, seguido por voos para Nova York, embora os aeroportos envolvidos ainda estejam sob negociação.

A escolha dos aeroportos será acompanhada de perto por possíveis sinais de alianças com empresas aéreas dos EUA. A Azul tem se mantido distante de acordos de compartilhamento de voos, enquanto a Gol tem apostado em alianças com companhias aéreas estrangeiras como a Delta Air Lines.

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