São Paulo - A disponibilidade de passagens aéreas com preços promocionais deve diminuir nos próximos meses, segundo Paulo Nascimento, vice-presidente de Marketing, Comercial e Tecnologia da Informação da Azul Linhas Aéreas. Isso deve ocorrer a partir do maior equilíbrio entre demanda e oferta. "Não diria que há uma guerra de preços, mas temos um mercado com excesso de oferta. Continuaremos praticando preços acessíveis mesmo diante do cenário mais difícil, mas sempre preservando a saúde financeira da companhia", acrescentou Nascimento.

Segundo Gianfranco Beting, diretor de Comunicação, Marca e Produto da companhia aérea, não há nenhum plano de aceleração ou redução de entregas. "O que havia sido compromissado está sendo executado. Este ano vamos receber os 12 jatos da Embraer". Sobre a perspectiva da entrada no mercado de ações (IPO), Beting foi enfático ao dizer que a empresa está capitalizada e não vê necessidade premente de abrir o capital. "Nunca negamos o interesse em abrir capital, mas não estamos preocupados com isso. A operação acontecerá no momento oportuno", afirmou.

Para marcar o momento em que já se considera estabelecida, ao ocupar o terceiro lugar no mercado de aviação brasileiro com 8,61% de participação, a empresa decidiu lançar nesta quinta-feira o novo posicionamento da marca, com o slogan: "Azul. Você lá em cima".

"De dois aviões e duas rotas, a Azul cresceu para quase 40 cidades e 40 aeronaves, com o número de colaboradores passando de 500 para 4 mil. Hoje somos lideres em quase 70% das rotas que operamos", destaca Nascimento ao apontar que o mais importante para a companhia não é o market share. Até o final de agosto a empresa começa a operar em Paulo Afonso (BA) e Juiz de Fora (MG).

Como marco do atual momento da empresa o novo jato Embraer 195, que entra na malha da Azul em setembro, recebeu uma pintura especial em sua fuselagem, inspirada na bandeira do Brasil.