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Avibras amplia licença remunerada de funcionários de Jacareí

A empresa, considerada uma das maiores indústrias de defesa do Brasil, também não pagou os salários de dezembro, segundo sindicato

Sistema Astro, desenvolvido pela Avibras: os trabalhadores prometem retomar a greve deflagrada em dezembro de 2014 (Wikipedia)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 12h50.

São Paulo - Funcionários da Avibras, considerada uma das maiores indústrias de defesa do Brasil, reclamam que a empresa prorrogou por mais uma semana a licença remunerada de todos os 1.500 trabalhadores da fábrica de Jacareí (SP) e ainda não pagou os salários de dezembro e a primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, os trabalhadores prometem retomar a greve deflagrada em dezembro de 2014 contra atrasos em salários, caso os pagamentos não sejam feitos no dia 12 de janeiro, nova data marcada para o retorno à fábrica.

A licença remunerada foi concedida aos trabalhadores em 17 de dezembro do ano passado, mesmo dia do início da paralisação. Funcionário da Avibras e um dos diretores do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Elias Osses afirma que os empregados deveriam ter retornado ao trabalho nessa segunda-feira, mas foram informados que só deveriam voltar à fábrica uma semana depois.

"Eles se comprometeram a pagar o que deviam na volta das atividades, mas adiaram essa data. Se no dia 12 não tiver o pagamento, que achamos que vai ser prorrogado de novo, já foi acertado que não vamos nem entrar na fábrica", disse.

Segundo o sindicato, a empresa alega que não tem capital de giro para pagar os salários, nem para comprar matéria prima. "Dia 17 de dezembro, estivemos em Brasília e tentamos que a Casa Civil interviesse junto ao Banco do Brasil para liberar um empréstimo de R$ 60 milhões para o capital de giro da empresa, mas foi negado", conta Osses.

Com a negativa, a entidade diz ter protocolado, na última terça-feira, 6, pedido de reunião com o novo ministro da Defesa, Jacques Wager (PT), para reivindicar providências em favor dos trabalhadores, que marcaram assembleia para tratar do assunto nesta quinta-feira.

"E essa situação toda não é por falta de clientes. A empresa tem R$ 2,4 bilhões em carteira de pedidos, com contratos já assinados", afirma Osses. O Sindicato dos Metalúrgicos defende a estatização da empresa como "única saída".

Procurada, a presidência da Avibras informou que não se pronunciará sobre o assunto. O sindicato, por sua vez, informou que a companhia já pediu a abertura de negociação com a entidade classista para adoção de lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho), por até cinco meses, prazo máximo permitido por lei no Brasil.

Nesta quarta-feira, 7, funcionários do turno da manhã da fábrica da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, decidiram paralisar as atividades por 24 horas em protesto contra a demissão de 244 trabalhadores, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos.

A empresa não divulga número de demissões. Ontem, empregados da fábrica da Volkswagen da mesma cidade entraram em greve por tempo indeterminado, protestando contra a demissão de 800 trabalhadores.

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São Paulo - Funcionários da Avibras, considerada uma das maiores indústrias de defesa do Brasil, reclamam que a empresa prorrogou por mais uma semana a licença remunerada de todos os 1.500 trabalhadores da fábrica de Jacareí (SP) e ainda não pagou os salários de dezembro e a primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, os trabalhadores prometem retomar a greve deflagrada em dezembro de 2014 contra atrasos em salários, caso os pagamentos não sejam feitos no dia 12 de janeiro, nova data marcada para o retorno à fábrica.

A licença remunerada foi concedida aos trabalhadores em 17 de dezembro do ano passado, mesmo dia do início da paralisação. Funcionário da Avibras e um dos diretores do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Elias Osses afirma que os empregados deveriam ter retornado ao trabalho nessa segunda-feira, mas foram informados que só deveriam voltar à fábrica uma semana depois.

"Eles se comprometeram a pagar o que deviam na volta das atividades, mas adiaram essa data. Se no dia 12 não tiver o pagamento, que achamos que vai ser prorrogado de novo, já foi acertado que não vamos nem entrar na fábrica", disse.

Segundo o sindicato, a empresa alega que não tem capital de giro para pagar os salários, nem para comprar matéria prima. "Dia 17 de dezembro, estivemos em Brasília e tentamos que a Casa Civil interviesse junto ao Banco do Brasil para liberar um empréstimo de R$ 60 milhões para o capital de giro da empresa, mas foi negado", conta Osses.

Com a negativa, a entidade diz ter protocolado, na última terça-feira, 6, pedido de reunião com o novo ministro da Defesa, Jacques Wager (PT), para reivindicar providências em favor dos trabalhadores, que marcaram assembleia para tratar do assunto nesta quinta-feira.

"E essa situação toda não é por falta de clientes. A empresa tem R$ 2,4 bilhões em carteira de pedidos, com contratos já assinados", afirma Osses. O Sindicato dos Metalúrgicos defende a estatização da empresa como "única saída".

Procurada, a presidência da Avibras informou que não se pronunciará sobre o assunto. O sindicato, por sua vez, informou que a companhia já pediu a abertura de negociação com a entidade classista para adoção de lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho), por até cinco meses, prazo máximo permitido por lei no Brasil.

Nesta quarta-feira, 7, funcionários do turno da manhã da fábrica da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, decidiram paralisar as atividades por 24 horas em protesto contra a demissão de 244 trabalhadores, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos.

A empresa não divulga número de demissões. Ontem, empregados da fábrica da Volkswagen da mesma cidade entraram em greve por tempo indeterminado, protestando contra a demissão de 800 trabalhadores.

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