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Avianca sai de reorganização com flexibilidade de baixo custo

A empresa vai aumentar a capacidade de assentos dos aviões e usar a estrutura de rotas ponto a ponto popularizada pelas aéreas de baixo custo, em vez de depender de voos por meio dos chamados hubs

Adrian Neuhauser, agora CEO da Avianca Group International, durante uma entrevista coletiva no centro de treinamento operacional da empresa em Bogotá, Colômbia, 29 de agosto de 2019. (Bloomberg/Bloomberg)

Adrian Neuhauser, agora CEO da Avianca Group International, durante uma entrevista coletiva no centro de treinamento operacional da empresa em Bogotá, Colômbia, 29 de agosto de 2019. (Bloomberg/Bloomberg)

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Bloomberg

Publicado em 6 de dezembro de 2021 às 12h52.

Última atualização em 7 de dezembro de 2021 às 17h50.

Por Ezra Fieser e Andrea Jaramillo, da Bloomberg

A Avianca Group International sai da recuperação judicial com planos de competir com os preços de operadoras de baixo custo, ao mesmo tempo que preserva partes do negócio que a tornaram a segunda maior companhia aérea da América Latina antes da pandemia de covid-19.

O CEO Adrian Neuhauser disse que a empresa foi capaz de reduzir o endividamento e acumular liquidez durante a reorganização sob o Capítulo 11 da Lei de Falência dos Estados Unidos, um processo de 18 meses encerrado esta semana. A empresa vai aumentar a capacidade de assentos dos aviões e usar a estrutura de rotas ponto a ponto popularizada pelas aéreas de baixo custo, em vez de depender de voos por meio dos chamados hubs.

“Estamos tentando pegar o melhor do que éramos, uma operadora com foco em serviços e uma ampla rede de rotas, e combiná-la com o que vimos nossa concorrência fazer, o que tem sido muito eficaz: oferecer mais ponto a ponto e preços mais baixos”, disse Neuhauser em entrevista. “Estamos muito focados em ser disciplinados e nos custos.”

A maior companhia aérea da Colômbia agora pertence a um grupo de credores que concedeu ajuda financeira durante o processo de recuperação judicial. Os novos proprietários incluem a Kingsland Holdings, que é controlada pelo magnata salvadorenho Roberto José Kriete Avila, e o hedge fund Citadel, do bilionário Ken Griffin. A United Airlines também é credora do grupo, mas sua dívida ainda não foi convertida em capital, disse Neuhauser.

A empresa reestruturada, que agora está domiciliada no Reino Unido, mas opera a partir de uma sede em Bogotá, ficará com o capital fechado até que a administração decida onde listar as ações, disse o executivo. A empresa avalia uma única listagem no Reino Unido ou nos Estados Unidos, mas ainda não tomou a decisão.

A empresa entrou com pedido de recuperação judicial em maio de 2020, depois que governos fecharam fronteiras para frear a propagação do coronavírus. Latam Airlines e Grupo Aeroméxico também  pediram proteção contra credores sob o Capítulo 11. A Avianca, a primeira das três a sair do processo, terá cerca de US$ 1,2 bilhão em liquidez e aproximadamente US$ 3,5 bilhões em dívidas de longo prazo, que incluem empréstimos estendidos durante a recuperação e arrendamentos de aeronaves, disse Neuhauser.

Neuhauser espera que a empresa registre lucro em 2023, depois que suas operações voltem aos níveis anteriores à pandemia. A aérea opera com cerca de 60% do volume de voos pré-Covid, e o mercado doméstico se recupera mais rápido do que rotas de longa distância, especialmente viagens de negócios internacionais, segundo o executivo.

Em resposta, a Avianca tem mudado suas ofertas de tarifas e disposição de assentos para fornecer mais flexibilidade, disse.

Segundo ele, a empresa vai focar mais no segmento de lazer e menos no mercado corporativo. “Isso não significa que estamos deixando para trás nosso cliente de negócios tradicional, mas significa que vamos encolher as cabines executivas e coisas assim”, disse. “Muitas viagens internacionais de negócios antes da pandemia incluíam consultores, banqueiros etc., e vemos essa recuperação muito mais lenta.”

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