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Avianca recusa proposta para comprar OceanAir, dizem fontes

A Avianca recusou proposta do presidente do conselho Germán Efromovich para comprar empresa aérea que ele controla com o irmão no Brasil, disseram duas fontes


	Avião da companhia aérea da Avianca: a Avianca já tinha rejeitado uma opção de compra da empresa aérea brasileira em 2010
 (Wikicommons)

Avião da companhia aérea da Avianca: a Avianca já tinha rejeitado uma opção de compra da empresa aérea brasileira em 2010 (Wikicommons)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2015 às 18h50.

A Avianca Holdings SA recusou neste mês uma proposta do presidente do conselho Germán Efromovich para comprar uma empresa aérea independente que ele controla com o irmão no Brasil, disseram duas fontes do setor.

Efromovich, o acionista majoritário da Avianca, tentou convencer a companhia aérea colombiana a comprar a OceanAir Linhas Aéreas SA, de capital fechado, que usa o nome Avianca Brasil conforme um acordo de licenciamento, de acordo com as fontes, que pediram anonimato porque a informação é confidencial.

A Avianca já tinha rejeitado uma opção de compra da empresa aérea brasileira em 2010 e ainda não recebeu todo o dinheiro pelo leasing de aeronaves e pelo capital de giro que concedeu quando a opção estava pendente.

A Avianca Holdings disse que “não está considerando esta iniciativa” no momento, em resposta enviada por e-mail a perguntas. Germán Efromovich não respondeu a um pedido de comentários enviado através da Avianca. Um assessor de imprensa externo da Avianca Brasil encaminhou as perguntas à Avianca Holdings.

A tentativa de Efromovich de vender a empresa aérea brasileira coincide com o momento em que a pior recessão dos últimos 25 anos está castigando as linhas aéreas brasileiras, que estão enfrentando uma redução da demanda e custos mais altos em dólares, pois a moeda local está despencando.

No ano passado, a Synergy Group Corp., a holding através da qual Efromovich possui uma participação majoritária na Avianca, colocou estaleiros no Brasil à venda após ter interrompido as operações e os pagamentos aos funcionários em um de seus principais estaleiros. Um representante da Synergy não respondeu a perguntas enviadas por e-mail.

“Houve muita especulação sobre uma possível integração”, disse César Cuervo, diretor de pesquisa de ações do norte dos Andes em Bogotá da Credicorp Capital, que classifica a ação como compra. “Isso gerou preocupações, em um momento em que tanto as condições econômicas do Brasil quando às do setor de aviação têm estado tão complicadas”.

A Avianca Holdings enviou executivos ao Brasil para fazer uma auditoria na companhia aérea antes de rejeitar o acordo no início do mês, disseram as fontes.

‘Sobreviver’

Efromovich disse no mês passado que quer “sobreviver até o fim de 2017” no Brasil, prevendo uma recuperação em 2018. A Avianca Brasil, que não divulga publicamente seus resultados, “está gerando um lucro, um lucro bem pequeno, mas, considerando as circunstâncias atuais, ela está se saindo muito bem”, disse ele.

Na mesma entrevista, Efromovich disse que não tinha planos de curto prazo para fusionar sua empresa com outra. “Nós estamos buscando o momento certo”, disse ele. “Não vai acontecer nem hoje nem no próximo mês, mas obviamente sempre estamos atentos a essa possibilidade”.

As ações das companhias aéreas latino-americanas despencaram 47 por cento neste ano depois que as empresas informaram lucros decepcionantes, prejudicados pela demanda menor e pelas moedas mais fracas. A Gol Linhas Aéreas Inteligentes SA, do Brasil, encabeça os prejuízos com uma queda de 75 por cento, seguida pela Avianca, com uma perda de 49 por cento.

Ano vertiginoso

A Avianca é a terceira maior empresa aérea da América Latina em termos de capacidade, de acordo com dados da Bloomberg, com hubs em Bogotá, Lima e El Salvador.

Efromovich adquiriu o controle da Avianca em 2004 e ajudou a recuperar a empresa da falência. A Avianca então se combinou em 2010 com a Taca, com sede em San Salvador, e abriu o capital na Colômbia em 2011.

A receita operacional caiu 7 por cento no segundo trimestre em relação ao ano anterior, para US$ 1,06 bilhão, em meio a uma declinação da receita com passageiros. A empresa informou um prejuízo líquido ajustado, excluindo-se itens especiais, de US$ 24,8 milhões no trimestre, na comparação com um lucro de US$ 21,4 milhões no ano anterior.

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