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Avianca negocia 50 jatos com a Embraer e outros fornecedores

Segundo executivo-chefe da companhia aérea, negociações também envolvem modelos da Bombardier, Mitsubishi Aircraft e Sukhoi


	Turbina de avião da Embraer: interesse da Avianca recai sobre os novos modelos E2, com entrega prevista a partir de 2018
 (Matthew Lloyd/Bloomberg)

Turbina de avião da Embraer: interesse da Avianca recai sobre os novos modelos E2, com entrega prevista a partir de 2018 (Matthew Lloyd/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 15h23.

São Paulo - A Avianca Brasil, a companhia aérea de capital fechado que oferece comida grátis, está negociando com fabricantes de aviões de fora do Brasil e com a fabricante local Embraer uma compra de até 50 jatos regionais.

As negociações também envolvem modelos da Bombardier, Mitsubishi Aircraft e Sukhoi, disse José Efromovich, o executivo-chefe da Avianca, que anteriormente havia dado a conhecer conversações com a Embraer, com sede em São José dos Campos, Brasil. Em relação à Embraer, o interesse recai sobre os novos modelos E2, com entrega prevista a partir de 2018.

A Avianca Brasil pretende renovar a frota diante de incentivos do governo para estimular voos para cidades remotas do Brasil. Isso cria uma abertura para as fabricantes de aviões, porque a companhia aérea está avaliando a possibilidade de comprar jatos novos e substituir o modelo A318 do Airbus Group NV.

“Nós temos que substituir 15 ATRs e poderemos precisar de até 50 novos aviões”, disse Efromovich em entrevista ontem, em São Paulo. “Vai depender do programa de aviação regional do governo”.

A possibilidade de comprar modelos de outras empresas além da Embraer daria à Avianca Brasil mais opções na escolha de aviões para voos de curta distância. A Mitsubishi, do Japão, e a Sukhoi, da Rússia, são operadores recentes no mercado de jatos regionais iniciado na década de 1990 pela Embraer e pela Bombardier, com sede em Montreal.

Opções regionais

Os reguladores esperam promover a criação de novas companhias aéreas ou de unidades regionais nas companhias existentes para chegar a áreas insuficientemente atendidas, disse o Ministro da Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, em entrevista no dia 29 de janeiro. Moreira Franco disse que seria um “grande estímulo” para a Embraer, mas a Avianca Brasil também poderia se beneficiar.

“Poderíamos abrir uma subsidiária regional ou criar uma companhia totalmente nova, ou até mesmo fazer um acordo com uma companhia aérea existente para o programa regional”, disse Efromovich. “Estamos abertos a todas as opções”.

A Avianca Brasil tornou-se conhecida por oferecer refeições, entretenimento e assentos mais espaçosos sem custos nos seus aviões, que têm apenas classe econômica. Ela é a quarta maior companhia aérea do Brasil por valor de mercado, segundo dados compilados pela ANAC, a Agência Nacional de Aviação Civil.

Os lucros da empresa antes de juros, impostos, depreciação e amortização foram de quase 5 por cento em 2013, disse Efromovich. Ele disse que foi o primeiro Ebitda positivo desde o começo dos esforços de recuperação em 2008 sob a gestão da Synergy Group Corp., dirigida por seu irmão, o investidor brasileiro Germán Efromovich.

A Avianca Brasil deve ser rentável neste ano, a menos que aconteçam eventos econômicos drásticos, disse José Efromovich.

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