Exame Logo

AstraZeneca vê preço e estrutura da Pfizer como barreiras

chefe de AstraZeneca disse se associaria à Pfizer se o preço estivesse certo e se riscos fossem discutidos

AstraZeneca: acionistas devem esperar que o Conselho negocie se os termos forem suficientemente atraentes (Christopher Furlong/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 14h51.

Londres - O chefe de AstraZeneca disse nesta quarta-feira que se associaria à Pfizer se o preço estivesse certo e se os riscos decorrentes de forçar as operações da farmacêutica britânica no novo modelo de três unidades da empresa norte-americana fossem discutidos.

O presidente-executivo Pascal Soriot salientou que sua empresa tem um futuro brilhante como uma companhia independente, mas reconheceu que os acionistas devem esperar que o Conselho da AstraZeneca negocie se os termos forem suficientemente atraentes em uma oferta melhorada.

"Se a oferta estivesse refletindo o valor da empresa, mas também abordasse alguns aspectos da integração, o modelo operacional e os riscos de execução com os quais estamos preocupados, então nós certamente deveríamos nos comprometer - não há dúvida", disse o executivo em entrevista à Reuters.

A Pfizer fez uma proposta de compra em dinheiro e ações em 2 de maio no valor de 50 libras por ação para criar a maior empresa de medicamentos do mundo, avaliando a AstraZeneca em 106 bilhões de dólares.

Mas a oferta foi prontamente descartada pelo grupo britânico, uma decisão que Soriot disse ter contado com o apoio firme dos investidores.

"Não há um único acionista que tenha me dito, a nosso vice-presidente financeiro ou ao presidente do Conselho que deveríamos ter aceitado a oferta", afirmou. Soriot já apresentou sua visão para um futuro independente para a AstraZeneca baseado em uma promissora série de novas drogas, mas deixou a porta entreaberta para uma oferta mais atraente.

Além do preço e da parte em dinheiro em qualquer oferta melhorada, Soriot também disse que a AstraZeneca precisaria de garantias sobre os riscos enfrentados pela Pfizer na implementação de uma fusão complexa e na integração de operações de duas grandes organizações.

Em particular, ele destacou os problemas impostos pelo fato de a Pfizer agora separar suas operações em três unidades de negócios - uma estrutura que iria colidir com a da AstraZeneca, onde a unidade de biotecnologia, por exemplo, serve a todas as partes do grupo.

Ele também está preocupado com a diluição do foco em ciência em um novo grupo e com o risco de reputação no controverso plano da Pfizer de ter domicílio na Grã-Bretanha a fim de reduzir seus encargos fiscais.

"Todas essas questões precisarão ser discutidas, mas o primeiro passo é chegar a uma oferta que reflita o valor da empresa", disse Soriot.

São Paulo – Com objetivo de melhorar a comunicação entre os funcionários e otimizar a utilização do espaço reduzindo custos, a Pfizer promoveu uma mega reforma no seu principal escritório no Brasil.  Foram 10 milhões de dólares em investimentos na reestruturação do imóvel, que durou 334 dias. Veja, a seguir, como ficou a nova cara da sede da Pfizer na Zona Oeste de São Paulo.
  • 2. Amplitude

    2 /6(Bárbara Ladeia/EXAME.com)

  • Veja também

    De acordo com Cristiano Mantovani, gerente de facilities da Pfizer, a preocupação primordial era reduzir as barreiras físicas do ambiente, para melhorar o fluxo de informações. Por isso, a arquitetura interna é repleta de transparências. "Deixamos as salas fechadas nas pontas do prédio, justamente para ampliar o ambiente." A iluminação da unidade dobrou com o novo projeto, esforço que é potencializado pelas estruturas de vidro que envolvem todo o prédio de três andares. Os custos de gestão da infraestrutura, no entanto, caíram. Segundo Mantovani, a economia com energia, água, segurança e limpeza já chega a 35% em comparação com o antigo projeto da companhia.
  • 3. Escritórios

    3 /6(Bárbara Ladeia/EXAME.com)

  • Os funcionários não contam mais com um lugar fixo e pré-determinado para se sentar. Exceto para gerentes e para o departamento financeiro, todas as mesas são compartilhadas. Para usar o telefone, o funcionário deve ativar seu ramal em cada terminal onde for se sentar naquele dia - a habilitação do ramal, inclusive, pode acontecer até nas unidades da Pfizer fora do Brasil.
  • 4. Home office

    4 /6(Bárbara Ladeia/EXAME.com)

    A estrutura compartilhada é possível uma vez que cerca de 20% dos funcionários não vão diariamente aos escritórios da empresa - em sua maior parte do setor comercial e das gerências regionais, que passam o dia em reuniões e visitas. O home office semanal é uma das políticas já estabelecidas da empresa, assim como a "Short Friday" - o expediente na sede da Pfizer se encerra às 15h às sextas-feiras. A ausência de uma mesa fixa obrigou a empresa a criar uma estrutura pouco convencional para a entrega de correspondências: cada funcionário tem uma caixa rotulada com o seu nome, onde são depositadas as correspondências.
  • 5. Nuvem de palavras

    5 /6(Divulgação)

    Para a decoração dos andares, os funcionários foram convidados a listar palavras que os remetessem ao signficado de trabalhar na Pfizer. As palavras foram expostas nas paredes com destaque conforme o número de vezes em que foram mencionadas. Quanto maior a palavra, mais vezes ela foi citada pela equipe, como uma nuvem de tags fixas nas paredes dos três andares.
  • 6. Agora, veja o álbum de fotos

    6 /6(Bill Pugliano/Getty Images)

  • Acompanhe tudo sobre:acordos-empresariaisAstraZenecaEmpresasEmpresas americanasEmpresas inglesasPfizer

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Negócios

    Mais na Exame