Assembleia do Grupo Rede é suspensa sem decisão
A assembleia foi suspensa depois que o advogado do atual controlador do grupo conduziu votação informal entre credores sobre se a proposta da Energisa era aceitável
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2013 às 17h42.
São Paulo - A assembleia de credores do Grupo Rede Energia voltou a ser suspensa, até 14h30, depois que o advogado do atual controlador do grupo conduziu votação informal entre credores sobre se a proposta da Energisa para recuperação da empresa e aquisição do grupo era aceitável.
A intenção da empresa em recuperação judicial era levar à assembleia, para a votação, o plano que tivesse apoio dos credores, já que o juiz do processo não permite que duas propostas sejam apresentadas para votação.
Mas na consulta informal, a maior parte dos credores presentes, com dívida somada de mais de 2 bilhões de reais, preferiram não se pronunciar ou se abstiveram de votar, e o controlador do Grupo Rede não sinalizou qual proposta será levada à votação formal.
Outros credores representativos de 1,5 bilhão de reais da dívida da empresa votaram a favor do plano da Energisa e credores de 236 milhões de reais negaram o plano dessa companhia. Entretanto, a consulta permitia apenas três opções de voto: sim, não e abstenção - mas credores com dívida de 1,16 bilhão de reais não quiseram nem se pronunciar.
O atual controlador do Grupo Rede, representado pelo advogado Thomas Felsberg, considerou mais cedo que ambas as propostas apresentadas pela compra do controle da empresa do setor elétrico são "aceitáveis". Sua decisão sobre qual proposta levará à votação em assembleia exclui automaticamente a outra concorrente.
A assembleia de credores do Grupo Rede Energia, endividado grupo que atua principalmente no setor de distribuição de eletricidade, foi iniciada às 10h21, com expectativa de que seja dado um desfecho para a empresa em recuperação judicial, já que as ofertantes interessadas em comprar o controle do grupo condicionaram a manutenção das propostas à votação nesta sexta-feira.
CPFL Energia em conjunto com Equatorial Energia, que tinham compromisso de compra do controle do grupo com o atual controlador Jorge Queiroz Júnior desde dezembro de 2012, enfrentam a concorrência da Energisa, que conseguiu fazer com que sua oferta fosse considerada, ao receber apoio de alguns credores, em junho.
Na quarta-feira, em assembleia de credores, ficou definido que Energisa apresentaria o plano modificado formalmente até a quinta-feira, para que o controlador atual do Grupo Rede avaliasse a proposta, conforme foi feito.
Propostas
A proposta da CPFL e da Equatorial Energia é de 1,8 bilhão de reais para o pagamento de credores e outros 773 milhões de reais para investimentos nas empresas do grupo. Já a Energisa propõe 1,95 bilhão de reais para o pagamento aos credores e 1,1 bilhão para investimento nas empresas.
Credores, incluindo os bondholders, consideram ambos os planos ruins, no que diz respeito ao recebimento dos créditos, conforme têm manifestado durante as assembleias, mas alguns dos detentores de títulos chamaram a proposta da Energisa de "menos ruim".
A proposta da CPFL e Equatorial prevê descontos de até cerca de 85 % no pagamento aos credores, enquanto que na da Energisa o desconto comparável é de até cerca de 75 %, entre as possibilidades de adesão.
A Energisa é controlada pela família Botelho desde o início das atividades da empresa, há cerca de 100 anos. A companhia atua no segmento de distribuição de energia com cinco concessionárias, três no nordeste e duas no sudeste.
São Paulo - A assembleia de credores do Grupo Rede Energia voltou a ser suspensa, até 14h30, depois que o advogado do atual controlador do grupo conduziu votação informal entre credores sobre se a proposta da Energisa para recuperação da empresa e aquisição do grupo era aceitável.
A intenção da empresa em recuperação judicial era levar à assembleia, para a votação, o plano que tivesse apoio dos credores, já que o juiz do processo não permite que duas propostas sejam apresentadas para votação.
Mas na consulta informal, a maior parte dos credores presentes, com dívida somada de mais de 2 bilhões de reais, preferiram não se pronunciar ou se abstiveram de votar, e o controlador do Grupo Rede não sinalizou qual proposta será levada à votação formal.
Outros credores representativos de 1,5 bilhão de reais da dívida da empresa votaram a favor do plano da Energisa e credores de 236 milhões de reais negaram o plano dessa companhia. Entretanto, a consulta permitia apenas três opções de voto: sim, não e abstenção - mas credores com dívida de 1,16 bilhão de reais não quiseram nem se pronunciar.
O atual controlador do Grupo Rede, representado pelo advogado Thomas Felsberg, considerou mais cedo que ambas as propostas apresentadas pela compra do controle da empresa do setor elétrico são "aceitáveis". Sua decisão sobre qual proposta levará à votação em assembleia exclui automaticamente a outra concorrente.
A assembleia de credores do Grupo Rede Energia, endividado grupo que atua principalmente no setor de distribuição de eletricidade, foi iniciada às 10h21, com expectativa de que seja dado um desfecho para a empresa em recuperação judicial, já que as ofertantes interessadas em comprar o controle do grupo condicionaram a manutenção das propostas à votação nesta sexta-feira.
CPFL Energia em conjunto com Equatorial Energia, que tinham compromisso de compra do controle do grupo com o atual controlador Jorge Queiroz Júnior desde dezembro de 2012, enfrentam a concorrência da Energisa, que conseguiu fazer com que sua oferta fosse considerada, ao receber apoio de alguns credores, em junho.
Na quarta-feira, em assembleia de credores, ficou definido que Energisa apresentaria o plano modificado formalmente até a quinta-feira, para que o controlador atual do Grupo Rede avaliasse a proposta, conforme foi feito.
Propostas
A proposta da CPFL e da Equatorial Energia é de 1,8 bilhão de reais para o pagamento de credores e outros 773 milhões de reais para investimentos nas empresas do grupo. Já a Energisa propõe 1,95 bilhão de reais para o pagamento aos credores e 1,1 bilhão para investimento nas empresas.
Credores, incluindo os bondholders, consideram ambos os planos ruins, no que diz respeito ao recebimento dos créditos, conforme têm manifestado durante as assembleias, mas alguns dos detentores de títulos chamaram a proposta da Energisa de "menos ruim".
A proposta da CPFL e Equatorial prevê descontos de até cerca de 85 % no pagamento aos credores, enquanto que na da Energisa o desconto comparável é de até cerca de 75 %, entre as possibilidades de adesão.
A Energisa é controlada pela família Botelho desde o início das atividades da empresa, há cerca de 100 anos. A companhia atua no segmento de distribuição de energia com cinco concessionárias, três no nordeste e duas no sudeste.