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Assembleia define futuro da Avianca e do mercado aéreo no país

A companhia aérea, em recuperação judicial, irá apresentar hoje, 5, seu plano de recuperação judicial na Assembleia Geral de Credores, em São Paulo

Avianca: O plano da empresa precisa ser aprovado em assembleia de credores (Avianca Brasil/Divulgação)

Avianca: O plano da empresa precisa ser aprovado em assembleia de credores (Avianca Brasil/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2019 às 06h23.

Última atualização em 5 de abril de 2019 às 06h48.

A Avianca Brasil deve decidir nesta sexta-feira o futuro de sua operação e o que sobrará de seus negócios. A companhia aérea, em recuperação judicial, irá apresentar hoje, 5, seu plano de recuperação judicial na Assembleia Geral de Credores, em São Paulo.

A reunião deveria acontecer no dia 29 de março, mas não houve quórum suficiente. A segunda assembleia será formada hoje independentemente do número de pessoas presentes.

Com dívidas de 2,8 bilhões de reais, a companhia, que vem recorrendo a empréstimos para se manter em atividade, prevê constituir sete UPIs (Unidades Produtivas Isoladas), que irão a leilão no processo de recuperação judicial. O valor obtido nos leilões deve ser usado integralmente para pagamento de dívidas. As unidades irão concentrar horários de partida e chegada em aeroportos cheios, além de 100% do Programa Amigo, o programa de fidelidade da companhia.

As autorizações são concedidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e são cobiçadas pelas rivais. Como o espaço em aeroportos de maior fluxo é limitado, os slots são valiosos para aumentar a rentabilidade. É uma oportunidade rara de ganhar mercado de maneira inorgânica.

Após a reestruturação, a Avianca continuará a operar com 16 autorizações de voos e direitos de uso de chegadas e partidas em certos aeroportos. A companhia afirma que segue operando com pousos e decolagens mantidos dentro do cronograma.

Já os passageiros com bilhetes emitidos para os destinos que deixam de ser atendidos podem pedir reembolso integral do valor pago na tarifa ou, ainda, serem realocados em voos de empresas parceiras. Azul, Gol e Latam estão interessadas nos ativos da companhia aérea.

A Azul anunciou interesse nos ativos em março, com um acordo para adquirir 105 milhões de dólares dos ativos. Já a Gol e a Latam entraram na disputa por convite da Elliott Management, os maiores credores da dívida da Avianca Brasil. As duas companhias aéreas afirmaram que irão participar do processo de leilão, com uma proposta para levar pelo menos uma UPI no valor mínimo de 70 milhões de dólares.

As três firmaram um acordo para antecipar recursos para a concorrente em dificuldade, para que ela consiga manter as operações atuais. Segundo publicou nesta sexta-feira o jornal Folha de S. Paulo, pessoas próximas ao Cade, o conselho de defesa da concorrência, acreditam que um acordo com Gol ou Latam não seria aprovado por concentrar excessivamente o mercado.

Ainda que tenha o mesmo nome, a Avianca Brasil é separada da companhia aérea colombiana Avianca. As duas empresas aéreas operam de forma completamente distinta, embora tenham o mesmo controlador, o Synergy Group, e façam parte da mesma aliança global, a Star Alliance. Também têm a mesma família no comando. Se o plano for aprovado nesta sexta-feira, os leilões das UPIs devem acontecer no dia 18 de abril, mas convém não contar com cumprimentos de prazos neste tipo de processo.

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