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As 20 empresas com os maiores prejuízos do 2° trimestre de 2019

Em recuperação judicial, a Oi foi a empresa com o maior prejuízo no segundo trimestre do ano. Com queda de 22% nas receitas, teve 1,56 bilhão de perdas

(Eny Miranda/Oi/Divulgação)

Karin Salomão

Publicado em 22 de agosto de 2019 às 06h00.

Última atualização em 22 de agosto de 2019 às 06h00.

Construtoras e varejistas são algumas das empresas com os maiores prejuízos do segundo trimestre de 2019. Segundo levantamento da Economática, entre as 20 empresas brasileiras abertas com o pior resultado, são cinco empresas do setor de construção e três do comércio.

A situação tende a melhorar para a maior parte dessas companhias. Das 20 empresas com maiores prejuízos, sete melhoram seus resultados no ano de 2019 com relação ao ano de 2018.

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Em recuperação judicial, a Oi foi a empresa com o maior prejuízo no segundo trimestre do ano. Com queda de 22% nas receitas e dificuldades em quase todas as modalidades, a empresa amargou 1,56 bilhão de prejuízo no trimestre.

Além da perda bilionária, a companhia enfrenta um grave problema de caixa. A Oi disse à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que o dinheiro em caixa da operadora chegou ao “mínimo necessário” e que há previsão de que os recursos terminem em fevereiro de 2020 se nada for feito.

Executivos da Oi estão em conversas intensas com bancos para discutir como a empresa poderá levantar até 2,5 bilhões de reais no mercado, para conseguir manter suas operações nos próximos meses. Caso a empresa não encontre recursos para se manter de pé, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), responsável por regular o setor, pode intervir na companhia.

A companhia irá iniciar um plano de desinvestimentos e venda de ativos no quarto trimestre deste ano, como a operadora angolana Unitel e torres de telefonia. Ela espera arrecadar entre 6,5 bilhões de reais e 7,5 bilhões de reais, valor que corresponde a cerca de 70% do seu valor atual de mercado.

Em segundo lugar com as maiores perdas está o Carrefour Brasil, com prejuízo de 949 milhões de reais. Já o lucro líquido ajustado, sem considerar eventos não-recorrentes, foi de 408 milhões de reais, alta de 7,9%.

A Renova, em terceiro lugar, teve receita menor e perdas nos contratos de compra e venda de energia. A empresa de energia também reconheceu impairment, ou desvalorização, de alguns de seus ativos e teve despesas financeiras maiores.

Veja abaixo os 20 maiores prejuízos do segundo trimestre de 2019, segundo ranking da Economática.

 

EmpresaSetorLucro ou prejuízo no 2o trimestre de 2019 em milhões de reaisLucro ou prejuízo no 2o trimestre de 2018 em milhões de reaisVariação
OiTelecomunicações-R$ 1.559,0-R$ 1.257,7-R$ 301,4
Carrefour BRComércio-R$ 494,0R$ 389,0-R$ 883,0
RenovaEnergia Elétrica-R$ 426,5-R$ 125,1-R$ 301,4
ValeMineração-R$ 384,2R$ 306,1-R$ 690,3
PDGRealtConstrução-R$ 249,0-R$ 339,8R$ 90,8
Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE)Energia Elétrica-R$ 227,0-R$ 473,3R$ 246,3
GolTransporte e Serviços-R$ 194,6-R$ 1.326,0R$ 1.131,4
BiosevOutros-R$ 168,8-R$ 506,2R$ 337,4
ViavarejoComércio-R$ 154,0R$ 20,0-R$ 174,0
TecnisaConstrução-R$ 144,1-R$ 85,8-R$ 58,3
B2WDigitalComércio-R$ 127,6-R$ 108,8-R$ 18,8
LiqOutros-R$ 117,8-R$ 108,8-R$ 9,0
TelebrasTelecomunicações-R$ 113,9-R$ 61,3-R$ 52,6
MinervaAlimentos e Bebidas-R$ 113,3-R$ 926,0R$ 812,7
RossiResidConstrução-R$ 106,9-R$ 99,7-R$ 7,3
Triunfo PartTransporte Serviços-R$ 103,6-R$ 40,6-R$ 63,0
OSX BrasilVeículos e peças-R$ 95,6-R$ 145,0R$ 49,3
ViverConstrução-R$ 79,1-R$ 27,4-R$ 51,6
MendesJrConstrução-R$ 74,2-R$ 310,8R$ 236,6
MMX MinerMineração-R$ 72,9-R$ 37,4-R$ 35,5

 

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