As 10 notícias de negócios mais importantes da semana
Período foi marcado por fusões e aquisições de companhias brasileiras de diversos segmentos - além da desistência da J&F pela construtora Delta
Tatiana Vaz
Publicado em 23 de agosto de 2012 às 19h50.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h22.
São Paulo - A J&F, holding que detém o controle do JBS, anunciou, nesta sexta-feira, que desistiu de comprar a construtora Delta. Segundo Joesley Batista, um dos controladores do grupo, a construtora sofre crise de credibilidade. No início do mês passado, a J&F assumiu a gestão da construtora Delta - a empresa é investigada por manter ligações com Carlinhos Cachoeira. De acordo com comunicado divulgado ao mercado, na ocasião, a opção de compra da companhia só seria exercida, após o resultado da auditoria promovida para investigar as supostas ligações da empresa em esquemas de corrupção.
As companhias aéreas Azul e Trip anunciam na segunda-feira a fusão das empresas. Combinadas, as duas empresas ficaram com 14,2 % de market share no mês passado. A liderança segue sendo disputada entre TAM e o grupo GOL, que tenta ver aprovada a compra da Webjet. A quarta posição fica com a Avianca, que em abril teve 4,98 por cento do mercado doméstico. A formação de uma terceira grande empresa aérea no Brasil para ganhar força frente às líderes TAM e GOL é vista com bons olhos por especialistas. Além disso, uma empresa maior tem mais condições de reduzir custos, o que atualmente é o principal entrave para todo o setor.
O banco franco-americano Lazard anunciou nesta quinta-feira que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles ocupará a presidência do conselho do Lazard Americas, o que revela a aposta da instituição nas "oportunidades do Brasil". Os negócios do banco no Brasil estavam até o momento nas mãos da "joint-venture" Signatura Lazard, formada em 2004 entre o Lazard e o banco brasileiro de investimentos Signatura Advisory, fundado por dois antigos dirigentes do ING Baring, Marcelo Lyrio e Jean-Pierre Zarouk.
O banco BTG Pactual fechou a compra de 40% do capital votante e total da rede varejista fluminense Leader. O valor total do negócio é de 665 milhões de reais, dividido em duas fatias. A primeira refere-se ao pagamento à vista de 558,4 milhões de reais por uma parcela de 35,88% do capital total e votante da Leader. A outra, de 106,7 milhões de reais, vai para o aumento de capital, por meio da emissão de ações ordinárias que representem 6,42% do capital da rede. Com a compra da rede, o banco faz sua estreia no ramo de varejo de moda, com a mesma aspiração e estratégica que fez com que o banco criasse seu braço de negócios Brazil Pharma para brigar pela liderança do segmento farmacêutico. O BTG quer agora, a partir da Leader, chegar ao topo do setor de vestuário. O BTG ainda tem o direito de comprar outros 30% de participação na companhia, nos próximos 90 dias, por 404 milhões de reais.
A maior produtora de açúcar e etanol do Brasil, Cosan, divulgou no final da segunda-feira acordo de associação de sua área de alimentos com a Camil, ficando com 11,72 por cento de participação na empresa. A informação foi antecipada por Exame.com. Com a operação, a Cosan receberá 345 milhões de reais, deduzidos do endividamento bancário de sua subsidiária Docelar Alimentos e Bebidas, que serão pagos em máximo de três anos. A participação adquirida pela Cosan dará direito a representatividade para a empresa no conselho da Camil, cuja gestão continuará com seus atuais controladores.
A Jaguar Land Rover, divisão de carros de luxo da indiana Tata Motors, suspendeu seu plano de investir em uma fábrica no Brasil por acreditar que “falta clareza em termos de políticas” para automóveis no país. A Land Rover havia anunciado o interesse em construir sua primeira fábrica brasileira em janeiro deste ano, dentro de sua estratégia de expandir sua atuação em mercados emergentes. A companhia não foi a única montadora a dar um passo para trás em seus planos no Brasil. A BMW, que também havia anunciado a intenção de construir uma planta por aqui no início do ano, deixou os planos em quarentena por motivos semelhantes.
A multinacional britânica de bebidas Diageo, dona de marcas como Johnnie Walker, Smirnoff e Jose Cuervo, comprou a fabricante de cachaça Ypióca por 940 milhões de reais. Além da marca, a negociação incluiu ativos da Ypióca Agroindustrial Ltda, como uma destiladora em Paraipaba (CE), uma unidade engarrafadora em Fortaleza, no Ceará, e um armazém em Guarulhos, São Paulo. Com 160 anos de história, a Ypióca é a segunda maior marca de cachaça do país em valor de mercado e a terceira em volume no Brasil, com vendas de 177 milhões de reais por ano. Já a companhia britânica tem presença em 180 países e, até junho de 2011, o equivalente a 5,9 bilhões de reais.
Depois dos rumores de que o banco espanhol estivesse à venda no Brasil, que ganharam força na semana passada, o Santander negou oficialmente que esteja negociando parte da instituição no país. O Bradesco, um dos bancos apontados como um dos possíveis compradores, também negou que esteja negociando a compra do concorrente hoje pela manhã. A informação de que o Santander estaria negociando uma participação entre 30% e 40% do banco no Brasil foi divulgada na quinta, dia 25, pelo jornal Estadão. A reportagem apontava que o Banco do Brasil e o Bradesco estavam no páreo pela disputa, que movimentaria até 64 bilhões de reais. No fim da semana, Marcial Portela, presidente do Santander no Brasil, esclareceu que o banco pretende sim vender uma participação nos negócios - mas apenas para manter mais de 25% de suas ações negociadas em bolsa, exigência da BM&FBovespa para que a companhia permaneça listada no Nível 2 de governança corporativa
A Rapidão Cometa foi outra brasileira abocanhada por uma gigante estrangeira. A FedEx comprou a empresa de transporte e logística nacional por um valor não divulgado. A empresa vinha sendo representante autorizado da norte-americana no Brasil havia mais de uma década. Fundada há 70 anos e com sede em Recife, a Cometa atende a todos os estados do país e tem mais de 17 mil clientes, aos quais atende com cerca de 770 veículos e 9 mil funcionários. Segundo a FedEx, a integração dos negócios de logística, distribuição e carga expressa da Rapidão Cometa deve ocorrer entre 18 a 24 meses após a conclusão do negócio.
A GP Investments vendeu 100% de sua participação na holding de investimento da Fogo de Chão Churrascaria, por um valor de 400 milhões de dólares. O comprador foi o fundo Thomas H Lee Partners. A expectativa é que a efetivação da venda ocorra no terceiro trimestre de 2012, informou a GP em fato relevante. O negócio com a Thomas H Lee foi feito pela subsidiária GP Capital Partners III (GPCPIII), fundos de co-investimento e private equity, segundo o documento.
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