As 10 melhores empresas em ética nos negócios
Consultoria britânica EIRIS, responsável pelos índices de sustentabilidade das bolsas de Londres e Johanesburgo, avaliou a governança corporativa e as práticas de responsabilidade socioambiental de mais de duas mil companhias do mundo
Vanessa Barbosa
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 17h25.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h24.
De acordo com a consultoria , a empresa alemã de artigos esportivos Puma é um exemplo em ética nos negócios. O relatório diz que a companhia tem “excepcionais sistemas de gestão ambiental”, transparência ao relatar suas iniciativas sustentáveis e uma política global de igualdade de oportunidades para seus funcionários. Os esforços em envolver a cadeia de fornecedores e outros parceiros comerciais também contaram pontos a favor para a liderança da Puma. O estudo ressalta também que, embora a empresa tenha encontrado problemas relacionados ao excesso de horas de trabalho em alguns fornecedores, ela vem tomando medidas para resover essas questões e melhorar seus sistema de controle interno.
O segundo lugar do ranking ficou com o britânico First Group, do setor de soluções logísticas transporte nacional e internacional e viagens. Dono da empresa brasileira FistLog, o grupo é responsável no Reino Unido por mais de 90% dos serviços de comércio ferroviário e rodoviário. Apesar de se tratarem de atividades de alto risco ambiental e que demanda muita atenção para a questão da segurança e saúde dos funcionários, a empresa pontua bem ao demonstrar “melhorias significativas em seu desempenho ambiental, diminuindo assim os impactos no meio ambiente”, diz o texto.
Por se tratar de um banco, o terceiro colocado no ranking enfrenta menos riscos de governança corporativa e socioambiental, quando comparado a empresas de outros setores. Não significa que estão a salvos. Segundo o relatório, o perigo aqui está associado aos financiamentos realizados. Nesse contexto, o Banco Nacional da Austrália se destaca ao priorizar o investimento responsável, treinando seus funcionários para identificar riscos sociais e ambientais potenciais de projetos que buscam empréstimo.
Para a consultoria britânica, a farmacêutica GlaxoSmithKline é reconhecida entre os líderes da sustentabilidade em grande parte devido aos seus compromissos com a promoção do acesso à medicamentos no mundo em desenvolvimento – com preços diferencias para remédios e licença voluntária para os fabricantes de genéricos. “Além destes compromissos sociais, a companhia demonstra excepcionais práticas ambientais, principalmente na gestão de água”, diz o relatório.
Como outras empresas farmacêuticas, a Roche, quinta colocada no ranking, enfrenta riscos relacionados aos impactos ambientais, direitos humanos, e questões de governança corporativa. À exemplo da GlaxoSmithKline, os pontos fortes da empresa suíça derivam de seus produtos e serviços com acesso facilitado à países em desenvolvimento. O bom desempenho também é verificado num “código avançado de ética e de gestão anti-suborno”.
De acordo com o relatório, a Novartis tem uma abrangente política ambiental e sistemas exemplares de gestão e divulgação de suas práticas. Além disso, a companhia possui abordagem positiva na gestão de risco da água, que é considerada uma área chave de preocupação para o setor. Quanto à governança corporativa, o realtório diz que a empresa avançou em políticas e programas para enfrentar os riscos de corrupção, assim como noutras práticas mais avançadas de governança.
A sétima colocada na lista de ética nos negócios é a holandesa Phillips Electronics. Segundo a consultoria EIRIS, os principais riscos estão associados às práticas de trabalho na cadeia de suprimentos e corrupção. O relatório destaca como positivo a política global de gestão da empresa que inclui sistemas avançados para reduzir impacto sobre o meio ambiente.
Outra empresa do setor de serviços financeiros, a Deutsche Boerse, encarregada das operações da Bolsa de Frankfurt, não chega a se expor diretamente aos riscos de governança socioambiental. Mesmo assim, destaca o relatório, a companhia possui boas práticas de sustentabilidade, principalmente em relação à diminuição do consumo de papel.
Assim como seus pares do setor farmacêutico, a Novo Nordisk é bem avaliada pela atuação em países desenvolvidos e pela boa gestão ambiental e uso moderado de água no processo produtivo. Além disso, o relatório elogia a prática da empresa de dar bônus para diretores e gerentes sêniors em reconhecimento ao desempenho na área de responsabilidade socioambiental.
Os impactos ambientais são uma questão fundamental para as empresas do setor de viagens e transporte. Segundo a consultoria britânica, o grupo de transporte rodoviário GoAhead lidera sua indústria ao optar pelo transporte sustentável em 90% de suas operações. Esse compromisso é reforçado por uma boa e transparente gestão ambiental no conjunto.