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As 10 empresas mais criativas em gestão do Brasil

Pesquisa da Hay Group mostra as companhias que mais receberam avaliações positivas em novos métodos de gestão

Processos otimizados e líderes que ensinam (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2012 às 07h36.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h22.

São Paulo - A Hay Group, consultoria global de gestão de negócios, divulgou as 10 companhias brasileiras que melhor investem em talentos e promovem a inovação entre quatro paredes. O resultado faz parte de um levantamento com 2.300 empresas em todo mundo. O ranking leva em conta os processos que são colocados em prática buscando novos formatos de gestão. Entre as qualidades das empresas que aparecem na lista, estão o aprimoramento da agilidade, o incentivo à colaboração e a prática de celebrar os sucessos e aprender com os erros. O resultado também reflete a percepção que os funcionários têm sobre a forma pela qual o barco é tocado dentro de suas organizações: a maioria absoluta acredita que os líderes motivam os funcionários a fazerem seu melhor e que se preocupam em formar sucessores para papéis críticos. Outras características que foram apontadas dentro das empresas - e vistas com muito menos frequência na amostragem geral - foram o tratamento do feedback negativo como uma oportunidade para crescer e o compromisso dos chefes em ajudar os funcionários a atingir um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Confira, nas próximas fotos, as 10 empresas que se destacaram no Brasil:
  • 2. 1ª. Unilever

    2 /11(Marcela Beltrão/EXAME.com)

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    Posição em 2011: não estava na lista Maior empresa de bens de consumo do mundo, a gigante Unilever já deixou bem clara sua proposta de crescer com práticas sustentáveis. Com faturamento de 44 bilhões de euros e produtos mais do que conhecidos nas prateleiras brasileiras - Omo, Kibon e Maizena são alguns deles - a Unilever elegeu a inovação como prioridade há algum tempo. Em 2001, por exemplo, a empresa fechou uma parceria com o Pão de Açúcar para instalar pontos de coleta de recicláveis nos supermercados da rede. A companhia também lançou versões concentradas de produtos como o amaciante Comfort, com o intuito de diminuir o impacto ambiental envolvido na sua produção. Antes da Rio+20, a companhia divulgouum manifesto com os principais assuntos que abordaria no fóru m. Entre suas prioridades estavam a criação de um conjunto de ações para atender as áreas sociais e ambientais e a busca de parcerias com o governo para acelerar este processo.
  • 3. 2ª. 3M

    3 /11(Divulgação)

  • Posição em 2011: 2ª Os negócios da 3M são naturalmente associados à inovação: das mesas de seus cientistas nasceram criações como o lendário post-it. Hoje, a empresa também busca expandir o fornecimento de tecnologias para o setor de energia. Com esse objetivo, a 3M inaugurou mais uma fábrica no país em fevereiro, com investimentos de 22 milhões de reais. Localizada em Ribeirão Preto, a unidade produzirá glass bubbles - microesferas de vidro que são utilizadas na indústria de petróleo e gás, além de serem empregadas na fabricação de vernizes e tintas. A operação brasileira da 3M é a quinta mais importante entre as subsidiárias da companhia espalhadas pelo globo. No ano passado, a empresa faturou 29,6 bilhões de dólares.
  • 4. 3ª. IBM

    4 /11(Johannes Eisele/AFP)

    Posição em 2011: 5ª Com mais de nove décadas de atuação no Brasil, a IBM consolidou sua presença no setor de tecnologia da informação no país. Em abril, foi a vez da empresa se associar a Eike Batista, com a compra de 20% da SIX Automação. A companhia é subsidiária da SIX Soluções Inteligentes, empresa de tecnologia do homem mais rico do país. Daqui para frente, um centro de pesquisa e desenvolvimentos deverá ser criado de olho nos setores de recursos naturais e infraestrutura. A aquisição vai ao encontro da estratégia da IBM mundo afora. Em 2004, a companhia abandonou os negócios de PC para investir em consultoria e serviços, elegendo a divisão de softwares como seu principal negócio. Ao que parece, o plano vem surtindo efeito. No primeiro trimestre do ano, a companhia reportou um lucro líquido de 3,1 bilhões de dólares, um aumento de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre seus investidores famosos, estão magnatas do calibre de Warren Buffett. A Berkshire Hathaway, holding de investimentos do bilionário, tinha 11,75 bilhões de dólares em ações da companhia no fim do ano passado.
  • 5. 4ª. General Electric

    5 /11(Divulgação)

    Posição em 2011: 1ª Primeiro lugar do ranking em 2011, a GE caiu para a 4ª colocação na lista deste ano. Seus investimentos no país, por outro lado, não deixaram de aumentar de lá para cá. Em maio, a GE comprou 0,8% da EBX por 300 milhões de dólares. No mês seguinte, a companhia levou 100% da brasileira XPRO, empresa que atua no segmento de equipamentos médicos, por um valor não revelado. Outra de suas investidas será a construção de um centro de pesquisas no Rio de Janeiro avaliado em meio milhão de reais - será o primeiro da companhia na América Latina. Depois de erguido, o centro terá como foco a indústria do petróleo. No primeiro trimestre do ano, o lucro global da GE foi de 3,6 bilhões de dólares.
  • 6. 5ª. Telefônica

    6 /11

    Posição em 2011: não estava na lista Com 200 milhões de clientes na América Latina, a Telefônica vem investindo pesado para expandir sua rede na região. O Brasil é um de seus principais alvos: no primeiro trimestre, foram 507 milhões de reais despejados por aqui, crescimento de 62,2% ante igual período do ano anterior. Isso se deve à importância do país para as contas da empresa. Hoje, o Brasil é a maior operação do grupo no mundo, com 90,4 milhões de clientes. Depois de comprar a participação Telecom Portugal na Vivo, em julho de 2010, a Telefônica empreendeu esforços para centralizar a marca, colocando todos seus serviços sob a aba do nome que carimbava apenas os serviços de telefonia móvel. A integração foi anunciada em abril deste ano.
  • 7. 6ª. Ambev

    7 /11(Quatro Rodas)

    Posição em 2011: 4ª Responsável por quase 70% do mercado de cervejas no país, a Ambev desceu da 4ª para a 6ª posição no ranking de inovação da Hay Group em 2012. Mas os resultados financeiros da companhia foram bem: no primeiro trimestre, o lucro da Ambev subiu 12,3%, chegando a 2,3 bilhões de reais. Conhecida pela forte cultura de meritocracia - quem apresenta resultados costuma ser (muito) bem recompensado por isso - e pela agressividade no corte de custos, a gigante de bebidas vem mostrando fôlego para aquisições de peso em 2012. Em abril, a Ambev comprou o controle da Cervecería Nacional Dominicana por 1,2 bilhão de dólares. A empresa é responsável pela produção da cerveja Presidente.
  • 8. 7ª. Petrobras

    8 /11(Germano Lüders/EXAME.com)

    Posição em 2011: 6ª Considerada a marca mais valiosa da América Latina pela Millward Brown, a Petrobras se encontra no meio de um enrosco em função do reajuste do preço da gasolina. Presidente da companhia, Graça Foster já reforçou que a manutenção do plano de investimentos de vultosos 236,5 bilhões de dólares até 2016 depende da resolução do impasse. Nos últimos anos, o governo não repassou a alta na cotação do petróleo ao preço do combustível na bomba com o objetivo de conter a inflação. O subsídio indireto acabou prejudicando a empresa, que é obrigada a importar óleo cru a preços internacionais e vender seus derivados com essa defasagem. Dilemas à parte, a Petrobras é reconhecida pelo engajamento em propostas de inovação. Na Rio+20, a empresa apresentou a tecnologia de etanol com o bagaço da cana, que permite a ampliação da produção em até 40% sem danos à natureza.
  • 9. 8ª. Itaú

    9 /11(Pedro Zambarda/EXAME.com)

    Posição em 2011: não estava na lista Primeiro banco a aparecer no ranking, o Itaú é adepto do chamado design thinking. Em um espaço de 205 metros quadrados na sede do banco em São Paulo, as equipes de desenvolvimento de produtos se reúnem armadas de bloquinhos e canetas coloridas com o intuito de criar produtos e debater ideias. Prova do empenho do banco em ligar seu nome ao conceito foi uma recente conferência promovida pela instituição para discutir o tema. Voltado para 300 colaboradores e clientes, o evento contou com palestrantes como o humorista Marco Luque, o empresário Carlos Wizard e o jornalista Caco Barcellos discutindo inovação. No campo financeiro, a posição do Itaú sobe degraus na lista das empresas que mais embolsam dinheiro. Em 2011, o banco apresentou o maior lucro da história do setor. Foram 14,6 bilhões de reais, um aumento de 12,4% sobre o resultado atingido em 2010.

  • 10. 9ª. Santander

    10 /11(EXAME.com)

    Posição em 2011: não estava na lista Na nona posição entre as companhias com gestão mais inovadora, o Santander foi alvo de especulações recentes por conta da crise na Espanha e seus efeitos para o caixa da instituição. Diante dos rumores que estaria negociando parte do negócio ao Bradesco e ao Banco do Brasil, o presidente do Santander no país, Marcial Portela, afastou a existência de qualquer transação nesse sentido. Quando o assunto é sustentabilidade, no entanto, as opiniões sobre o banco parecem convergir. Segundo a revista Bloomberg Market, o Santander é quem mais investe em práticas socioambientais e financiamento de projetos de energia limpa. Nos Estados Unidos, o banco reservou 1 bilhão de dólares para a construção de uma usina solar.
  • 11. 10ª. Pepsico

    11 /11(Divulgação)

    Posição em 2011: não estava na lista Dona de marcas como Toddy, Lipton, Gatorade e, é claro, Pepsi, a Pepsico ganhou o décimo lugar na lista das companhias mais inovadoras do Brasil. Além da preocupação em lançar versões diferentes de um mesmo produto (H2OH! sabor uva e Ruffles de costelinha estão entre as mais recentes), a companhia mostra disposição em acompanhar os consumidores nas redes sociais e aumentar sua penetração nestes canais.  Outra de suas marcas registradas é a preocupação com os itens politicamente corretos. Desde 2008, a presidente mundial da companhia, Indra Nooyi, estipulou que a venda de produtos considerados saudáveis, como barrinhas de cereais e água de coco, subisse de 10 bilhões de dólares por ano para a casa dos 30 bilhões em 2020.
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