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Argentina ameaça cassar licença da Telecom Italia

Buenos Aires - O ministro do Planejamento da Argentina, Julio De Vido, braço direito da presidente Cristina Kirchner na área econômica, afirmou ontem que existe um “monopólio” no mercado de telecomunicações do país. Por esse motivo, De Vido ameaçou suspender a licença de operação da Telecom Argentina, filial no país da Telecom Italia. A empresa […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

Buenos Aires - O ministro do Planejamento da Argentina, Julio De Vido, braço direito da presidente Cristina Kirchner na área econômica, afirmou ontem que existe um “monopólio” no mercado de telecomunicações do país. Por esse motivo, De Vido ameaçou suspender a licença de operação da Telecom Argentina, filial no país da Telecom Italia. A empresa está na mira do governo argentino desde o ano passado. Analistas de mercado ressaltam que a presidente Cristina pretende forçar a Telecom Italia a abandonar sua filial no país, de forma que esta possa ser adquirida por empresários argentinos amigos do governo.

De Vido mostrou-se visivelmente irritado com a decisão da Justiça argentina de anular temporariamente a ordem da Comissão Nacional de Defesa da Concorrência à Telecom Italia para que esta venda suas ações na filial argentina da Telecom. Desta forma, com a decisão da Justiça, ocorrida na sexta-feira, fica suspenso o cronograma de desinvestimento que o governo argentino havia imposto há duas semanas à empresa Telecom Italia no país.

Nesse intervalo, a Justiça avaliará se a entrada da Telefónica da Espanha na Telecom Italia, por intermédio da empresa Telco, cria o risco de “abuso do mercado”, alertado por De Vido. O ministro considera que existe uma “concentração monopólica” no setor, já que a Telefónica poderia ter “acesso à informação sensível e estratégica de seu principal concorrente na Argentina”. A Telecom e a Telefónica são as maiores operadoras de telefonia na Argentina desde a privatização do setor implementada pelo governo do ex-presidente Carlos Menem no início dos anos 90. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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