Negócios

Arezzo cresce 10% e planeja a internacionalização da marca

Nada está tão em moda entre as marcas brasileiras de roupas e calçados como exportar ou fincar o pé nos mercados de outros países. A mineira Arezzo, no entanto, uma das principais fabricantes de calçados do mercado nacional, pretende ficar fora dessa tendência por mais algum tempo. Pelo menos é o que diz Anderson Birman, […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2011 às 12h34.

Nada está tão em moda entre as marcas brasileiras de roupas e calçados como exportar ou fincar o pé nos mercados de outros países. A mineira Arezzo, no entanto, uma das principais fabricantes de calçados do mercado nacional, pretende ficar fora dessa tendência por mais algum tempo. Pelo menos é o que diz Anderson Birman, um dos fundadores e principal executivo da empresa que, em meados de 2001, disse à EXAME que a marca estava se preparando para abrir uma loja em Nova York. "E estávamos mesmo, com um ponto comercial já escolhido no Soho e outras providências já tomadas", diz ele. "Mas aí veio o 11 de setembro, caíram as torres e, felizmente, também as nossas fichas de que ainda não estávamos devidamente preparados para estar lá fora.

Dois anos depois, o projeto está mais maduro, mas a internacionalização da marca ainda deve demorar pelo menos dois anos. Entre os vários aspectos que atrasam os planos estão a dificuldade de gerenciar simultaneamente as coleções de sapatos no mercado interno e no exterior - uma vez que as estações do ano são invertidas - e de definir o preço de venda ideal para o produto. "Não podemos vender lá fora pelo preço médio cobrado no Brasil, que é de 39 dólares", afirma Birman. "Para uma operação vantajosa, eles precisam estar numa faixa de preço entre 59 e 79 dólares. Assim não temos que nos preocupar em movimentar grandes volumes".

Um outro passo que o executivo considera crucial para que a Arezzo tenha lojas no exterior já começou a ser dado em 2003: a remodelação dos 196 pontos de venda da rede. "Em 2001, quando planejamos entrar nos Estados Unidos, tivemos de contratar um arquiteto italiano, porque o que tínhamos no Brasil era ultrapassado para o varejo do país", diz Birmam. "Até hoje, trocávamos as coleções, mas a aparência das nossas lojas permanecia igual. Com o novo layout, mais moderno, todo o ambiente poderá mudar três vezes por ano". Treze lojas foram reformadas e mais 50 deverão passar pela mudança ainda em 2004. O prazo para que toda a rede seja reformulada, o que custará aos franqueados cerca de 15 milhões de reais, é 2005.

Quem deve ser o primeiro país a receber uma loja da Arezzo no novo formato, entretanto, não deverá ser os Estados Unidos, mas sim a Arábia Saudita, que estreitou laços com a empresa na última Couro Moda, feira do setor calçadista realizada em meados deste mês, em São Paulo. Mas ainda não dá para esperar negócio fechado com o país árabe nos próximos meses. "A Arezzo foi criada há 31 anos e, nesse período, nenhum grande passo foi dado sem muita calma e cautela", diz ele. "Não há motivos para fazer isso agora".

Enquanto se prepara para sair do país, o executivo afirma que está satisfeito com o desempenho da marca no mercado interno. Em 2003, segundo ele, a empresa faturou 200 milhões de reais com a venda de 2,7 milhões de peças, um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. Para 2004, a expectativa da marca é de abrir 24 novas lojas e, com investimento de 10 milhões de reais em ações de marketing, repetir o crescimento de 2003.

Acompanhe tudo sobre:ArezzoCalçadosEmpresasModaRoupas

Mais de Negócios

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz investimento coletivo para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões

Haier e Hisense lideram boom de exportações chinesas de eletrodomésticos em 2024