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ArcelorMittal planeja corte de custos de US$2 bi

Empresa anunciou que seus planos de expansão têm como prioridade o Brasil e a Índia

A ArcelorMittal é o maior grupo de siderurgia do mundo (Getty Images)

A ArcelorMittal é o maior grupo de siderurgia do mundo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

Bruxelas - A ArcelorMittal, maior grupo siderúrgico do mundo, planeja implementar mais 2 bilhões de dólares em cortes de custos até 2012 e vai investir 4 bilhões de dólares para se tornar mais autossufuciente em minério de ferro nos próximos cinco anos.

A empresa informou em apresentação a investidores nesta quinta-feira que as metas imediatas de expansão estão concentradas na Índia e no Brasil.

No Brasil, a ArcelorMittal planeja aumentar a capacidade de três usinas de produtos longos e, para aços planos, a companhia pode ampliar a usina de Tubarão ou construir uma nova. A empresa também planeja pelo menos um projeto novo até 2020.

Na Índia, onde a aquisição de terrenos tem se mostrado um obstáculo, a empresa revisou sua estratégia. Em vez de se concentrar apenas em dois megaprojetos, a companhia vai se focar em instalações menores. O grupo espera que a demanda por aço na Índia triplique até 2020.

Quanto às economias ao longo dos próximos dois anos, a companhia informou que virão principalmente de um movimento por eficiência em toda a organização.

A ArcelorMittal já alcançou 3 bilhões de dólares do que descreve como "ganhos administrativos" desde o início da crise financeira, principalmente via cortes de empregos.

A nova meta está de acordo com os 5 bilhões de dólares que a companhia informou no início da crise que esperava eventualmente conseguir economizar.

O diretor de mineração do grupo afirmou durante o Reuters Summit em março que a empresa planejava aumentar sua produção anual de minério de ferro para 100 milhões de toneladas em 2015, um incremento de mais de 50 por cento em relação à atual capacidade.

Nesta quinta-feira, a ArcelorMittal informou que isso sairá a um custo de 4 bilhões de dólares. A meta de produção inclui contratos de longo prazo, bem como minas da própria ArcelorMittal.

As siderúrgicas enfrentam cada vez mais pressão das mineradoras, principalmente depois da mudança forçada no sistema de negociação de preços de um regime anual para um trimestral.

A ArcelorMittal também informou que planeja ampliar seu acesso a carvão com joint-ventures e expansão para novas regiões.

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