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Aracruz escolhe seu novo diretor financeiro

Marcos Grodetzky assume o cargo e será responsável pela renegociação da dívida da empresa gerada pelas perdas com derivativos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A Aracruz anunciou a escolha de seu novo diretor financeiro. Marcos Grodetzky substituirá Valdir Roque na diretoria de relações com investidores. Já Evandro Cesar estará à frente das atividades de controladoria, gestão de riscos, suprimentos e informática da companhia. Ambos tomaram posse nesta segunda-feira.

Segundo o comunicado da Aracruz, Valdir Roque pediu desligamento do cargo. "Essas mudanças fazem parte do processo de reorganização da área financeira da companhia, e não interrompem as negociações em andamento com os bancos", afirma a empresa. A empresa perdeu 2,1 bilhões de dólares em operações com derivativos e, como seu caixa não dispõe desses recursos, renegocia com instituições financeiras as condições de pagamento dos débitos.

A saída de Roque vem na esteira de outras baixas na companhia. No final de setembro, o diretor financeiro Isaac Zagury pediu licença do cargo. O conselho de administração da Aracruz decidiu no começo de novembro processá-lo pelas perdas bilionárias com operações de derivativos.

O processo contra Zagury tem implicações não só pessoais, como para o destino da Aracruz e da Votorantim Celulose e Papel (VCP), do Grupo Votorantim. As duas empresas haviam acertado uma fusão, quando vieram a público as perdas com derivativos. Agora a fusão voltou à estaca zero e a Aracruz pode até mesmo vender ativos para outras empresas. Segundo o jornal "Estado de S. Paulo", uma das possibilidades é a Aracruz vender por 2 bilhões de dólares sua participação na Veracel para a Stora Enso, a maior fabricante de papel do mundo.

Ao jogar sobre Zagury a responsabilidade sobre as perdas, o processo abre uma brecha legal para que a VCP cancele a fusão com a Aracruz sem ter de pagar uma multa de 1 bilhão de reais para a família Lorentzen, prevista no contrato da fusão. Os Lorentzen estão entre os principais acionistas da Aracruz e venderiam sua participação em meio à reestruturação societária das duas empresas.

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