Ambev: protagonista de uma das maiores aquisições de fevereiro, com a compra da Wals (Thinkstock)
Tatiana Vaz
Publicado em 31 de março de 2015 às 16h03.
São Paulo - A valorização do dólar poderia facilitar a vida dos investidores estrangeiros dispostos a colocar mais dinheiro no Brasil. Porém, não é isso o que está acontecendo conosco, segundo mostra uma pesquisa da PwC.
De acordo com a pesquisa, as incertezas com o mercado brasileiro e a instabilidade política reduzem a credibilidade e, por consequência, o apetite de risco para negócios de fusões e aquisições de empresas.
Como resultado, o mês de fevereiro teve 54 transações concluídas, número 20,59% inferior ao mesmo período de 2014 e 2% abaixo da média dos anos entre 2011 a 2015.
“Essa redução ainda não deve ser considerada alarmante, pois, além de ser o mês mais curto, nesse ano ocorreram as festividades de Carnaval”, afirma a consultoria por meio do relatório.
A maioria dos negócios fechados foi fechada no sudeste do país - 71,1% das transações feitas no país em fevereiro vieram desta região.
Apenas São Paulo foi responsável por 51,8% deste total.
Mais estrangeiros
O relatório da PwC apresenta um cenário inédita nesse setor: pela primeira vez investidores estrangeiros estão presentes em mais da metade do mercado nacional.
“O acumulado entre o período de janeiro a fevereiro foi concluído com investidores estrangeiros com 53% do mercado brasileiro e subsequentemente 47% para investidores nacionais”, afirma o estudo.
Compras de participação majoritária lideram a procura pelo mercado e correspondem a 48,2% do total de transações anunciadas.
Os setores que lideram os negócios são o de TI, seguido por serviços financeiros e auxiliares, como o de engenharia e infraestrutura.