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Apple se nega a desbloquear iPhone de autor de tiroteio

A Apple afirma que a ordem emitida pelo FBI, que investiga o atentado, teria "graves consequências para a segurança" dos usuários da marca tecnológica

Apple: "O governo está pedindo à Apple que pirateie nossos usuários e que mine décadas de avanços sobre segurança e proteção" (Josh Edelson/AFP)
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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 07h39.

Washington - A empresa de tecnologia Apple se nega a desbloquear o telefone iPhone usado por um dos autores do tiroteio de dezembro na cidade californiana de San Bernardino ( EUA ), no qual morreram 14 pessoas.

Em comunicado emitido pelo diretor executivo da empresa, Tim Cook, a Apple afirma que a ordem emitida pelo FBI, que investiga o atentado, teria "graves consequências para a segurança" dos usuários da marca tecnológica.

"O governo dos Estados Unidos pediu à Apple que dê um passo sem precedentes, que ameaça a segurança de nossos usuários", disse Cook no comunicado.

"Nos opomos a essa ordem, que tem implicações além do caso que se elucida", afirma.

Uma juíza federal dos Estados Unidos ordenou na terça-feira à Apple que ajude o FBI a desbloquear e ter acesso ao telefone iPhone usado por um dos dois autores do tiroteio de dezembro em San Bernardino (Califórnia), no qual morreram 14 pessoas.

De acordo com a ordem emitida pela magistrada Sheri Pym, a Apple deverá fornecer ao FBI "assistência técnica razoável" para que os investigadores tenham acesso ao dispositivo móvel, o que fundamentalmente se traduz em "pirateá-lo" para desativar o sistema de segurança que elimina os dados do telefone se não for introduzido o código correto após várias tentativas.

Se a Apple desativar esta função, os investigadores federais poderão testar quantas combinações forem necessárias para o código de segurança pessoal do iPhone sem medo de que os dados sejam perdidos e, quando encontrarem a correta, possam acessar o celular e toda a informação que este contenha.

O telefone era operado por Syed Farook, um dos autores do massacre, embora seja propriedade de seu empregador, a administração do condado de San Bernardino, que já deu seu consentimento para a revista.

Desde setembro de 2014, os dados da maioria dos aparelhos da Apple estão codificados e a eles só se pode ter acesso com uma chave. Se for introduzido um código errado por dez vezes, o aparelho apaga automaticamente todos os dados.

"O governo está pedindo à Apple que pirateie nossos usuários e que mine décadas de avanços sobre segurança e proteção", diz Cook no comunicado.

"Opor-se a esta ordem não é algo que fazemos superficialmente. Devemos enfrentar o que achamos que é um excesso do governo dos Estados Unidos", afirmou.

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Washington - A empresa de tecnologia Apple se nega a desbloquear o telefone iPhone usado por um dos autores do tiroteio de dezembro na cidade californiana de San Bernardino ( EUA ), no qual morreram 14 pessoas.

Em comunicado emitido pelo diretor executivo da empresa, Tim Cook, a Apple afirma que a ordem emitida pelo FBI, que investiga o atentado, teria "graves consequências para a segurança" dos usuários da marca tecnológica.

"O governo dos Estados Unidos pediu à Apple que dê um passo sem precedentes, que ameaça a segurança de nossos usuários", disse Cook no comunicado.

"Nos opomos a essa ordem, que tem implicações além do caso que se elucida", afirma.

Uma juíza federal dos Estados Unidos ordenou na terça-feira à Apple que ajude o FBI a desbloquear e ter acesso ao telefone iPhone usado por um dos dois autores do tiroteio de dezembro em San Bernardino (Califórnia), no qual morreram 14 pessoas.

De acordo com a ordem emitida pela magistrada Sheri Pym, a Apple deverá fornecer ao FBI "assistência técnica razoável" para que os investigadores tenham acesso ao dispositivo móvel, o que fundamentalmente se traduz em "pirateá-lo" para desativar o sistema de segurança que elimina os dados do telefone se não for introduzido o código correto após várias tentativas.

Se a Apple desativar esta função, os investigadores federais poderão testar quantas combinações forem necessárias para o código de segurança pessoal do iPhone sem medo de que os dados sejam perdidos e, quando encontrarem a correta, possam acessar o celular e toda a informação que este contenha.

O telefone era operado por Syed Farook, um dos autores do massacre, embora seja propriedade de seu empregador, a administração do condado de San Bernardino, que já deu seu consentimento para a revista.

Desde setembro de 2014, os dados da maioria dos aparelhos da Apple estão codificados e a eles só se pode ter acesso com uma chave. Se for introduzido um código errado por dez vezes, o aparelho apaga automaticamente todos os dados.

"O governo está pedindo à Apple que pirateie nossos usuários e que mine décadas de avanços sobre segurança e proteção", diz Cook no comunicado.

"Opor-se a esta ordem não é algo que fazemos superficialmente. Devemos enfrentar o que achamos que é um excesso do governo dos Estados Unidos", afirmou.

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