Aviões da Gol: empresa registrou prejuízo operacional de 200,7 milhões de reais no terceiro trimestre (Paulo Whitaker/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 13h41.
São Paulo - A companhia aérea Gol espera uma recuperação das margens operacionais em 2013, como resultado da redução na oferta de voos neste e no próximo ano para fazer frente ao aumento nos custos de combustível e do dólar.
A empresa, que registrou prejuízo operacional de 200,7 milhões de reais no terceiro trimestre, reduziu sua oferta de voos em 8,4 por cento no terceiro trimestre ante igual período de 2011, e prevê redução de 4,5 a 5 por cento no primeiro semestre de 2013, na mesma base de comparação.
"A nossa perspectiva é de recuperação das margens em 2013", disse o diretor financeiro, Edmar Lopes, em evento com analistas e investidores nesta quinta-feira.
No terceiro trimestre, a margem Ebtidar (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves) da empresa ficou em 4,8 por cento, ante 6,7 por cento no mesmo período de 2011. Já a margem Ebit (sigla em inglês para lucro antes de juros e impostos) ficou negativa em 10 por cento, ante resultado negativo de 4,1 por cento no terceiro trimestre de 2011.
"Se não fosse os impactos do petróleo e custos no terceiro trimestre, estaríamos com margem (Ebit) zerada, o que mostra uma evolução", disse Lopes.
Segundo ele, a perspectiva é de que os preços do petróleo continuem elevados no curto prazo, mas para o longo prazo a expectativa é de valores mais atrativos.
Receita por assento ofertado
O diretor-presidente da Gol, Paulo Kakinoff, vê um potencial de alta de dois dígitos na receita por assento ofertado (PRASK, na sigla em inglês) no curto prazo, em função da redução da oferta.
"Existe o potencial de crescer dois dígitos no curto prazo. E o curto prazo é agora, em dezembro", disse ele a jornalistas nesta quinta-feira. Em outubro, o Prask cresceu 4 por cento, ante o mesmo mês de 2011.
Parcerias
De acordo com Kakinoff, a Gol esta em busca de novas parcerias com empresas aéreas internacionais, a exemplo da feita com a Delta Airlines, mas que não impliquem em aquisições de participações como ocorreu com a norte-americana.
"A exemplo do que temos com a Delta, estamos em tratativas com algumas empresas, com foco nos principais destinos europeus", disse.
Em 7 de dezembro, a Delta Airlines e a Gol anunciaram uma parceria estratégica em que a companhia aérea norte-americana faria um aporte de capital de 100 milhões de dólares na empresa brasileira, ficando com uma parcela minoritária de 2,9 a 3 por cento no capital da Gol.