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Apenas 20% da indústria farmacêutica é digitalmente madura

A virada digital é prioridade para 58% das empresas do setor; 79% esperam fazer investimento significativo em iniciativas digitais nos próximos cinco anos

Indústria farmacêutica (Philippe Huguen/AFP/AFP)

Indústria farmacêutica (Philippe Huguen/AFP/AFP)

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Natália Flach

Publicado em 17 de dezembro de 2018 às 11h58.

São Paulo — A indústria farmacêutica está a todo vapor fazendo a sua transformação digital em suas operações. Apesar dos avanços, apenas 20% das companhias podem ser consideradas digitalmente maduras, de acordo com estudo da Deloitte em parceria com o MIT Sloan Management Review, obtido com exclusividade por EXAME.

A pesquisa aponta ainda que essa virada digital é prioridade para 58% das empresas e 79% esperam fazer um investimento significativo em iniciativas digitais nos próximos cinco anos.

A diferença entre uma companhia digitalmente madura e uma que ainda está em um estágio inicial de transformação é que a mais evoluída usa uma gama maior de ferramentas digitais e possui mais manejo para alterar rotas, caso seja necessário.

Além disso, tende a incentivar mais as trocas de experiências entre áreas distintas e até com outros negócios, como hospitais e planos de saúde, além de médicos e pacientes, o que acaba trazendo resultados melhores no longo prazo.

Embora o digital seja uma prioridade para mais da metade das empresas entrevistadas pelo MIT e pela Deloitte, há companhias que ainda encontram empecilhos pelo caminho, tais como a falta de uma visão clara, liderança inadequada e financiamento limitado.

Não à toa, mais de três quartos dos entrevistados (78%) disseram que suas organizações precisam encontrar novos líderes para ter sucesso na era digital. Apenas 20% afirmaram que suas companhias estão desenvolvendo líderes que possuem os recursos necessários para implementar essa transformação.

“As empresas da indústria farmacêutica precisam enfrentar bravamente os riscos, em vez de deixar que as preocupações atrasem seus esforços de transformação”, afirma Enrico De Vettori, sócio-líder para Life Science e Healthcare da Deloitte.

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