Redação Exame
Publicado em 23 de dezembro de 2025 às 14h12.
Cat Goetze queria apenas uma alternativa mais simples ao smartphone. Dois anos depois, transformou essa vontade pessoal em uma startup com faturamento de US$ 280 mil e mais de 3.000 unidades vendidas.
A empresa, batizada de Physical Phones, comercializa telefones fixos com design nostálgico, mas equipados com conexão Bluetooth, compatíveis com iPhones e Androids.
O primeiro lote, colocado em pré-venda em julho de 2025, surpreendeu até a fundadora: US$ 120 mil em vendas nos três primeiros dias. Sem contar com investimento externo ou plano elaborado, Goetze estruturou o negócio de forma gradual, tomando decisões fundamentais para garantir lucratividade, capacidade de produção e controle de margem, elementos centrais da boa gestão financeira corporativa. As informações são da CNBC Make It.
A empresa comercializa atualmente cinco modelos, com preços entre US$ 90 e US$ 110. A precificação estratégica reflete tanto o apelo emocional quanto os custos operacionais e a margem necessária para reinvestimento e crescimento.
A demanda inesperada exigiu decisões rápidas sobre estrutura de capital, precificação e controle de fluxo de caixa. Em vez de buscar aporte externo, a fundadora optou por manter o negócio autossustentável. A operação segue bootstrapped, ou seja, financiada inteiramente com os próprios recursos e receita do negócio.
Esse modelo exige excelência na alocação de recursos: cada real (ou dólar) gasto deve ter retorno mensurável.
Do controle de estoque ao investimento em fornecedores confiáveis, Goetze priorizou a eficiência financeira — ponto essencial para startups que desejam crescer com independência.
Mais do que um telefone, o Physical Phones vende uma narrativa de reduzir a dependência digital em um mundo hiperconectado. O apelo emocional — alimentado pela nostalgia dos telefones de disco, pela estética dos anos 1990 e pela busca por foco — fez do produto um sucesso entre consumidores cansados de telas.
Segundo Goetze, o sucesso repentino é reflexo de um movimento maior. “Estamos enfrentando uma epidemia de solidão. As pessoas estão começando a dizer: ‘Não quero mais isso, vou escolher um futuro diferente’”, afirmou. A fundadora acredita que o crescimento da startup está alinhado a essa virada de comportamento, cada vez mais comum entre as gerações mais jovens.
Mas vender propósito sem estrutura é caminho curto. Por isso, a empresa se prepara para o próximo passo: manter o ritmo de vendas com controle sobre escala, custos e marca — o tripé que sustenta a valorização de empresas em crescimento.
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