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Anglo American corta metas de produção para 2015

Sua produção de diamante caiu 27%, para 6 milhões de quilates no terceiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado


	Anglo American: sua produção de diamante caiu 27%, para 6 milhões de quilates no terceiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado
 (Ana Cecilia Rezende/EXAME.com)

Anglo American: sua produção de diamante caiu 27%, para 6 milhões de quilates no terceiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado (Ana Cecilia Rezende/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2015 às 09h47.

Londres - A Anglo American informou nesta quinta-feira que sua produção de commodities ficou mais fraca que o esperado no terceiro trimestre, particularmente em diamantes, além de cortar sua meta de produção para vários itens, devido a problemas na produção, à venda de ativos e às condições duras do mercado.

Uma das fontes de queda na produção foi o projeto Minas Rio de minério de ferro no Brasil.

A quinta mineradora mais diversificada do mundo em capitalização de mercado disse que sua produção de diamante caiu 27%, para 6 milhões de quilates no terceiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado, no momento em que a companhia prioriza a manutenção, em vez da produção, diante dos preços mais fracos.

Analistas esperavam 7 milhões de quilates de produção no terceiro trimestre, segundo pesquisa do Wall Street Journal. A companhia disse que, diante do resultado, sua meta de produção de diamante deve ficar perto da faixa inferior da meta de entre 29 milhões e 31 milhões de quilates para este ano.

As previsões da companhia para este ano já foram cortadas duas vezes anteriormente, de uma estimativa inicial de até 34 milhões de quilates. Também cortou suas metas de produção de minério de ferro e cobre, devido a problemas na produção, mas elevou sua meta de produção de níquel.

A ação da Anglo American recuava 1,26%, perto das 8h30 (de Brasília). Em nota, analistas do Citigroup haviam afirmado que o corte nas projeções para 2015 devem ser lidos como negativos no mercado.

O papel da mineradora caiu mais de 50% desde o início do ano, diante da prolongada queda nas commodities, com a fraqueza no crescimento econômico chinês e o desequilíbrio entre a oferta e a demanda.

A companhia cortou custos, impulsionou seu desempenho em mineração e buscou vender ativos indesejados, mas a queda nos preços, particularmente em minério de ferro, cobre, carvão e diamantes - quatro itens cruciais para a empresa - eclipsou esses esforços. Analistas agora projetam que a empresa deve cortar seu pagamento de dividendos, a fim de ter mais caixa.

A produção de minério de ferro, segundo maior contribuinte para a receita da companhia no ano passado, subiu 10% no ano, para 14,3 milhões de toneladas, mas problemas com a qualidade da água, como no projeto de minério de ferro Minas Rio, no Brasil, levou a uma produção um pouco abaixo da esperada, enquanto as operações na África do Sul tiveram queda na qualidade da produção, o que levou a mineradora a reduzir pela segunda vez sua meta neste ano para a produção de minério de ferro no país, de 44 milhões de toneladas anteriormente para 43 milhões de toneladas.

A produção de cobre também recuou 3% no ano, para 171.100 toneladas no terceiro trimestre, em parte devido à venda dos ativos do projeto Norte, no Chile, e a revezes na mina chilena Colluhuasi, na qual a Anglo American tem uma fatia. Isso levou a empresa a reduzir sua meta de produção de cobre em todo o ano para entre 680 mil e 710 mil toneladas, de entre 720 mil toneladas e 750 mil toneladas anteriormente.

A platina, por outro lado, teve aumento na produção de 14% no terceiro trimestre, na comparação anual, para 614 mil onças-troy. No mesmo período de 2014, a companhia enfrentou uma greve de cinco meses nesse setor.

A exportação de carvão térmico e níquel caiu na comparação anual, enquanto a exportação de carvão metalúrgico para exportação aumentou. 

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