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Aneel notifica CESP para que cumpra despacho do ONS

Desde a semana passada, a CESP descumpre determinação do ONS de elevar a vazão da usina do Rio Jaguari


	CESP: empresa tem 15 dias para se manifestar
 (Marcos Issa/Bloomberg)

CESP: empresa tem 15 dias para se manifestar (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2014 às 16h37.

Brasília - O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse no início da tarde desta terça-feira, 12, que o órgão regulador notificou a CESP a cumprir o despacho do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e elevar a vazão da usina do Rio Jaguari.

A empresa tem 15 dias para se manifestar. Segundo Rufino, a Aneel já havia enviado um ofício à CESP questionando os motivos da empresa para reduzir a vazão do empreendimento.

Agora, a área de fiscalização da agência notificou a companhia para voltar a cumprir as determinações do ONS.

"A notificação tem esse sentido de informar a empresa que ela desatendeu o despacho e não tem essa prerrogativa", afirmou.

Rufino confirmou que esta é a primeira vez que uma empresa descumpre o despacho do ONS.

Se continuar a descumprir a orientação, a CESP estará sujeita a penalidades que vão desde uma advertência até multa correspondente a até 2% da receita anual.

Desde a semana passada, a CESP descumpre determinação do ONS de elevar a vazão da usina. Na prática, a usina está produzindo menos energia do que deveria.

Dessa forma, a usina libera menos água no sistema, o que pode comprometer a geração de energia de empreendimentos que ficam na mesma bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, além do abastecimento de água em vários municípios no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

CTEEP

Romeu Rufino também disse ter recebido a informação de que a CTEEP deve entregar entre hoje e amanhã (quarta-feira, 13) o laudo de avaliação de ativos de transmissão anteriores a 2000.

Segundo ele, o órgão regulador tem 120 dias analisar o documento.

A empresa tem direito a receber indenização porque aceitou renovar as concessões de forma antecipada, nos termos da Medida Provisória 579. A empresa pede R$ 5,186 bilhões.

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