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Aneel aprova indenização de R$ 892 milhões à Cemig

Aneel aprovou pagamento de R$ 892 milhões à Cemig como indenização por investimentos feitos em linhas de transmissão antes do ano 2000


	Cemig: como a empresa não aderiu ao programa do governo em 2012, vai receber indenização por investimentos ainda não amortizados
 (Divulgação)

Cemig: como a empresa não aderiu ao programa do governo em 2012, vai receber indenização por investimentos ainda não amortizados (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2016 às 10h53.

Brasília - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou uma indenização de R$ 892 milhões à Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) por investimentos feitos em linhas de transmissão construídas antes de 2000.

O valor foi antecipado pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) na segunda-feira, 15, e tem como base a data de 31 de dezembro de 2012, ano em que o governo federal publicou a Medida Provisória 579, que prorrogou as concessões de geradoras e transmissoras em troca de uma redução de 20% nas tarifas de eletricidade.

No laudo técnico apresentado à Aneel, a Cemig havia calculado um valor base de remuneração maior (VBR) que totalizava R$ 1,209 bilhão.

A área técnica da agência reguladora apurou um valor um pouco menor, de R$ 1,177 bilhão. Desse montante, R$ 285 milhões representam indenizações por investimentos em geração, já pagas pela União.

A diferença entre o cálculo da Aneel, de R$ 1,177 bilhão, e a indenização já paga, de R$ 285 milhões, é o valor devido apenas para os ativos de transmissão da Cemig, de R$ 892 milhões.

Reajuste

A Aneel ainda não regulamentou as condições de pagamento dessa indenização. O órgão regulador já concluiu o cálculo das indenizações devidas a outras quatro transmissoras que aderiram à MP 579.

Para Furnas, o valor autorizado foi de R$ 8,999 bilhões; para a Chesf, R$ 5,092 bilhões; para a Cteep, R$ 3,896 bilhões; e para a Eletrosul, R$ 1,007 bilhão.

Também faltam os recursos devidos à Eletronorte, Celg e Copel. Juntas, as oito transmissoras calculam ter direito a receber entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões.

Uma portaria do governo federal já decidiu que esses valores entrarão na conta de luz a partir de 2017 e serão diluídos em até oito anos. O impacto na conta deve ficar entre 1% e 2% ao ano, de acordo com especialistas do setor elétrico.

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