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AmBev tem crescimento acima da média no Norte e Nordeste

Nas regiões, volume de vendas da companhia aumentou 25% de janeiro a setembro

Ambev: armazém da companhia em Manaus (Fábio Nutti/EXAME)

Ambev: armazém da companhia em Manaus (Fábio Nutti/EXAME)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 3 de novembro de 2010 às 15h34.

São Paulo - O crescimento das vendas de bebidas da AmBev Norte e Nordeste do Brasil foi de 25% de janeiro a setembro. As regiões foram as que mais impulsionaram os resultados da empresa no período, que atingiu um lucro líquido de 1,815 bilhão de reais, valor 47,5% maior que o obtido um ano antes. 

O crescimento de 25% na região está acima do que havia sido projeto pela companhia no início deste ano, de até 15%. Dos 2 bilhões de reais previstos de investimentos pela AmBev este ano no país, 670 milhões de reais estão sendo destinados em novas fábricas e centros de distribuição direta do Norte e Nordeste.

De acordo com Nelson Jamel, vice-presidente financeiro e de relação com investidores da companhia, os bons resultados são um reflexo dos fortes investimentos feitos pela AmBev no Brasil entre 2009 e este ano. As iniciativas, de acordo com Jamel, blindarão a companhia de uma eventual falta de produtos no final do ano, quando a empresa atinge um pico da demanda.

“O fato é que abrimos novos centros para garantir a produção e entrega de nossos bebidas e estruturalmente nunca tivemos tão bem preparados para atender as necessidades de demanda do fim deste ano”, afirmou o executivo em teleconferência.

Brasil concentra volume

Cerca de 70% de todo volume produzido pela companhia no mundo está concentrado no Brasil. Nos demais países onde a AmBev atua, a recuperação do setor de bebidas ainda passa por uma lenta recuperação. “No Canadá, a indústria está crescendo 0,8% - no mundo todo, o crescimento ainda se recupera aos poucos”, afirmou Jamel. “Nos demais países estamos investindo na marca para, quando o mercado desses lugares se recuperar, crescermos junto”.

A empresa tem 8,1% de crescimento em volume vendido no mundo todo – as operações no norte da América Latina corresponderam a 4,1% do montante. No Brasil, o crescimento do volume no terceiro trimestre foi de 12% - em cervejas o aumento de volume foi de 12,5% e, em refrigerantes e não-alcoolicos, o avanço foi de 10,4% de janeiro a setembro.

“Ou seja, os 25% de aumento de volume obtidos no Norte e Nordeste foi o dobro da média obtida no país e o triplo do conquistado pela companhia no mundo até agora”, disse o executivo.

Resultados do 3º tri

Entre julho e setembro, a empresa teve um resultado financeiro líquido positivo de 48 milhões de reais contra perda de 243,1 milhões de reais um ano antes. O ebtida da companhia (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu 2,653 bilhões de reais, alta de 11,8%. A margem passou de 43,8% para 44,4%.

De julho a setembro, a receita por hectolitro no Brasil totalizou 145,7 milhões de reais, alta de 6% em comparação ao ano passado. Se considerada apenas a receita por hectolitro de cerveja, houve expansão de 6,2%, somando 162,3 milhões de reais. A receita por hectolitro da operação de refrigerantes e não-alcoólicos cresceu 3,9 % no terceiro trimestre, a 97,2 milhões de reais.

A AmBev informou ainda que, nos nove meses até setembro, os investimentos realizados estão próximos de 1,5 bilhão de reais. Até dezembro, a empresa estima concluir o plano de 2 bilhões de reais aportados no país.

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