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Ambev prevê despesas menores após queda no lucro

Aumento de custos que pesaram nos resultados do segundo trimestre devem ser diluídos na segunda metade do ano e podem diminuir a pressão sobre margens

Caixas da cerveja Skol são empilhadas no centro de distribuição da Ambev em Jaguariúna, interior de São Paulo (Paulo Fridman/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2013 às 17h28.

São Paulo/Rio de Janeiro - O aumento de custos e despesas que pesaram nos resultados da Ambev no segundo trimestre devem ser diluídos na segunda metade do ano e podem diminuir a pressão sobre margens, mas impostos maiores também pode afetar os volumes.

De abril a junho, a maior fabricante de bebidas da América Latina conseguiu apresentar uma melhora nos volumes, mas o impacto dos custos e do câmbio pressionaram a linha final do balanço, levando a uma queda de 1,1 por cento no lucro, no ano a ano, que encerrou junho em 1,88 bilhão de reais.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de 3,21 bilhões de reais, alta de 9,5 por cento na comparação anual. A margem Ebitda, no entanto, caiu de 43 para 42,8 por cento.

Analistas esperavam Ebitda praticamente em linha com o apresentado pela empresa, de 3,23 bilhões de reais. Mas o lucro líquido veio abaixo da estimativa de 2,08 bilhões, segundo a média de estimativas recolhidas pela Reuters.

Na sequência da divulgação dos resultados, a ação da Ambev subia quase 5 por cento perto do fechamento do pregão da Bovespa nesta quarta-feira.

"A gente deve perceber melhoras das despesas no segundo semestre, fechando o ano em linha com a inflação", disse a jornalistas o vice-presidente de Finanças e de Relações com Investidores da empresa de bebidas, Nelson Jamel.

Segundo ele, a maior parte das despesas previstas para 2013 se concentrou de janeiro a junho, com a preparação para a Copa das Confederações.


No segundo trimestre, as despesas cresceram 14,8 por cento, na esteira de maiores investimentos em vendas e marketing para o evento esportivo. Além disso, gastos maiores com hedge contra a desvalorização do real foram o principal fator para o aumento de 12,7 por cento dos custos.

O custo por hectolitro dos refrigerantes subiu 19,7 por cento no país, ainda afetado pelo ajuste tributário de outubro passado, enquanto o volume de vendas caiu 4,7 por cento.

Um novo ajuste previsto para começar em outubro deve ser repassado ao consumidor em cervejas e em refrigerantes, disse Jamel. Mas este repasse pode afetar os volumes, acrescentou.

"Se por um lado a gente está com foco no controle de custos, com as despesas concentradas no primeiro semestre, isso vai ajudar a margem", disse o executivo.

Analistas do Goldman Sachs disseram que a Ambev enfrentará um ambiente difícil até o fim de 2013, apesar de uma melhora nos volumes no segundo trimestre.

"As metas para o ano ... implicam uma aceleração sequencial (de volumes) no segundo semestre, que é desafiadora. A pressão de custos sobre refrigerantes também continua, levando a uma base desafiadora para aumentos de preços tanto para cervejas quanto para refrigerantes", disseram.

A própria Ambev considera que a indústria está pressionada e reiterou sua expectativa de que a indústria de cerveja no país encerre 2013 estável ou com queda de um dígito baixo.


A companhia manteve as metas de crescimento de receita líquida por hectolitro de um dígito alto no ano e da manutenção das despesas abaixo da inflação.

A fabricante também reafirmou a meta de investimentos de 3 bilhões de reais em 2013, com foco na expansão da produção, em preparação para a Copa do Mundo em 2014.

Apesar de ter mostrado queda no volume de vendas de bebidas pelo segundo trimestre consecutivo, com recuo de 1,1 por cento, a Ambev conseguiu aumentar a receita líquida em 9,9 por cento no mesmo período, para 7,5 bilhões de reais.

Para tanto, a companhia contou com aumento de preços dos produtos, refletido no crescimento de 11,1 por cento na receita líquida por hectolitro.

Ânimo em Cervejas

O retrato foi mais positivo no segmento de cervejas, com boa recuperação ante o primeiro trimestre, na esteira da Copa das Confederações, apesar de recuo dos volumes.

A queda do volume vendido do produto no Brasil foi de 0,4 por cento entre abril e junho, uma melhora ante o mergulho de 8,2 por cento no primeiro trimestre, quando a empresa afirmou que via um ano difícil pela frente.

"A pressão do primeiro trimestre sobre a renda disponível começou a se atenuar", afirmou a Ambev no balanço, lembrando o efeito positivo da melhoria nas condições climáticas e boa execução de iniciativas comerciais.

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De abril a junho, a maior fabricante de bebidas da América Latina conseguiu apresentar uma melhora nos volumes, mas o impacto dos custos e do câmbio pressionaram a linha final do balanço, levando a uma queda de 1,1 por cento no lucro, no ano a ano, que encerrou junho em 1,88 bilhão de reais.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de 3,21 bilhões de reais, alta de 9,5 por cento na comparação anual. A margem Ebitda, no entanto, caiu de 43 para 42,8 por cento.

Analistas esperavam Ebitda praticamente em linha com o apresentado pela empresa, de 3,23 bilhões de reais. Mas o lucro líquido veio abaixo da estimativa de 2,08 bilhões, segundo a média de estimativas recolhidas pela Reuters.

Na sequência da divulgação dos resultados, a ação da Ambev subia quase 5 por cento perto do fechamento do pregão da Bovespa nesta quarta-feira.

"A gente deve perceber melhoras das despesas no segundo semestre, fechando o ano em linha com a inflação", disse a jornalistas o vice-presidente de Finanças e de Relações com Investidores da empresa de bebidas, Nelson Jamel.

Segundo ele, a maior parte das despesas previstas para 2013 se concentrou de janeiro a junho, com a preparação para a Copa das Confederações.


No segundo trimestre, as despesas cresceram 14,8 por cento, na esteira de maiores investimentos em vendas e marketing para o evento esportivo. Além disso, gastos maiores com hedge contra a desvalorização do real foram o principal fator para o aumento de 12,7 por cento dos custos.

O custo por hectolitro dos refrigerantes subiu 19,7 por cento no país, ainda afetado pelo ajuste tributário de outubro passado, enquanto o volume de vendas caiu 4,7 por cento.

Um novo ajuste previsto para começar em outubro deve ser repassado ao consumidor em cervejas e em refrigerantes, disse Jamel. Mas este repasse pode afetar os volumes, acrescentou.

"Se por um lado a gente está com foco no controle de custos, com as despesas concentradas no primeiro semestre, isso vai ajudar a margem", disse o executivo.

Analistas do Goldman Sachs disseram que a Ambev enfrentará um ambiente difícil até o fim de 2013, apesar de uma melhora nos volumes no segundo trimestre.

"As metas para o ano ... implicam uma aceleração sequencial (de volumes) no segundo semestre, que é desafiadora. A pressão de custos sobre refrigerantes também continua, levando a uma base desafiadora para aumentos de preços tanto para cervejas quanto para refrigerantes", disseram.

A própria Ambev considera que a indústria está pressionada e reiterou sua expectativa de que a indústria de cerveja no país encerre 2013 estável ou com queda de um dígito baixo.


A companhia manteve as metas de crescimento de receita líquida por hectolitro de um dígito alto no ano e da manutenção das despesas abaixo da inflação.

A fabricante também reafirmou a meta de investimentos de 3 bilhões de reais em 2013, com foco na expansão da produção, em preparação para a Copa do Mundo em 2014.

Apesar de ter mostrado queda no volume de vendas de bebidas pelo segundo trimestre consecutivo, com recuo de 1,1 por cento, a Ambev conseguiu aumentar a receita líquida em 9,9 por cento no mesmo período, para 7,5 bilhões de reais.

Para tanto, a companhia contou com aumento de preços dos produtos, refletido no crescimento de 11,1 por cento na receita líquida por hectolitro.

Ânimo em Cervejas

O retrato foi mais positivo no segmento de cervejas, com boa recuperação ante o primeiro trimestre, na esteira da Copa das Confederações, apesar de recuo dos volumes.

A queda do volume vendido do produto no Brasil foi de 0,4 por cento entre abril e junho, uma melhora ante o mergulho de 8,2 por cento no primeiro trimestre, quando a empresa afirmou que via um ano difícil pela frente.

"A pressão do primeiro trimestre sobre a renda disponível começou a se atenuar", afirmou a Ambev no balanço, lembrando o efeito positivo da melhoria nas condições climáticas e boa execução de iniciativas comerciais.

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