Negócios

Amazon vai comprar o estoque da editora Cosac Naify

Desde o início deste ano, a Amazon tinha exclusividade para adquirir os livros da Cosac e vendê-los em seu site

Caixas da Amazon, dia 29/07/2016 (Mike Segar / Reuters)

Caixas da Amazon, dia 29/07/2016 (Mike Segar / Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 11h38.

São Paulo - A Amazon vai comprar o estoque remanescente da Cosac Naify - cerca de 230 mil exemplares que permanecem no estoque em Barueri serão adquiridos pela varejista, praticamente encerrando o problema que a editora tinha sobre a destinação final dos livros restantes desde que anunciou seu fechamento em novembro de 2015.

A negociação foi concluída na semana passada. Desde o início deste ano, a Amazon tinha exclusividade para adquirir os livros da Cosac e vendê-los em seu site - foram cerca de um milhão de exemplares vendidos em doze meses de 1,2 mil títulos que a editora tinha em catálogo.

As informações foram confirmadas pela direção da Cosac Naify e pela Amazon ao Estado.Agora, restam cerca de 600 títulos no estoque em Barueri. O acordo final já foi selado - nenhuma das empresas fala em cifras totais - e agora está em processo a efetivação da venda e o acerto dos detalhes da operação, o que deve acontecer na próxima semana.

A Cosac Naify vai então apurar todas as informações e passar à fase final de encerramento da empresa, que começou no final do ano passado após uma decisão de Charles Cosac.Essa próxima fase diz respeito à prestação de contas de direitos autorais do segundo semestre de 2016 e outras obrigações fiscais da empresa, que mantém um escritório no bairro de Santa Cecília com seis funcionários.

A diretoria da editora diz estar tranquila e satisfeita com os rumos finais do encerramento do negócio.Em setembro, a notícia de que a Cosac poderia transformar os livros remanescentes em aparas até o fim de 2016 repercutiu no mercado editorial, com muitos profissionais questionando por que a editora não buscaria outra forma de encaminhar o estoque.

Em entrevista à revista Veja no início de dezembro, porém, o próprio Charles Cosac indicou que os livros não seriam picotados."Foi uma parceria bastante produtiva durante o ano", diz o gerente geral para livros físicos da Amazon.com.br, Daniel Mazini.

"Desde o início de 2016, vínhamos com a ideia de vender o máximo possível dos livros da Cosac, a demanda continuou sempre grande, e deu tão certo que esse máximo possível virou tudo", comentou, apontando para as promoções agressivas que a varejista faz com os livros da editora no site.

Entre os livros mais vendidos pela loja desde o início do ano, estão Contos Completos e Guerra e Paz, de Tolstoi, e Os Miseráveis, de Victor Hugo, os três títulos ainda disponíveis.

Diferente da prática mais comum no mercado, a Amazon não costuma consignar livros, preferindo a opção de compra, o que nesse caso casou com a necessidade da editora em fase de encerramento.

Acompanhe tudo sobre:AmazonLivros

Mais de Negócios

Ele deixou a TI para abrir um plano de saúde com IA. Após 3 anos, o negócio já fatura R$ 30 milhões

PUMA faz investimento histórico em marketing para reforçar posição de marca mais rápida do mundo

The Garage da Nexmuv lança mais uma startup de IA que impulsionará vendas online e no varejo

“Todo negócio que entramos, tivemos sucesso”, diz Lucas Kallas da Cedro Participações

Mais na Exame