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Amazon se volta para entrega de bits em vez de caixas

Companhia está cada vez menos investindo na entrega de livros e outros itens físicos para apostar cada vez mais em ebooks e músicas e vídeos digitais

Motorista entrega dois pacotes da Amazon.com: empresa informou na quinta-feira uma desaceleração no crescimento da receita (Brian Snyder/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2013 às 11h55.

São Francisco/Nova York - A Amazon.com parece ter descoberto o segredo para ser mais lucrativa: vender menos produtos físicos e mais digitais. A empresa informou na quinta-feira uma desaceleração no crescimento da receita e ofereceu uma previsão decepcionante para este trimestre, aumentando a incerteza sobre a saúde de seus negócios para além dos Estados Unidos.

Mas isso pode estar mascarando uma mudança fundamental no seu negócio no campo doméstico. A gigante do varejo na Internet, que já se especializou em transportar livros e outros itens físicos rapidamente, está tentando cada vez mais fazer o mesmo no mundo digital, onde as margens de lucro são maiores, em parte porque os arquivos de ebooks, música e vídeo são transmitidos eletronicamente, em alta velocidade.

Acrescente também um negócio em rápida expansão de serviços para vendedores terceiros, onde a Amazon simplesmente obtém um percentual das vendas listadas por outros vendedores em seu site, e as perspectivas de margem da gigante do varejo parecem muito melhores.

"No longo prazo, isto realmente ajuda as margens", disse o analista da Macquarie Ben Schachter. "Você não tem que colocar essas coisas em um caminhão e mandá-los." No primeiro trimestre, os custos líquidos de frete representaram 4,7 por cento das vendas, uma queda em relação aos 5,1 por cento de um ano antes.

A Amazon tem feito tudo que um negócio de varejo costuma fazer para incentivar as margens, como colocar a sua distribuição mais perto dos clientes e cobrar mais dos parceiros para transportar mercadorias.


Mas também se diversificou agressivamente para outras fontes de receita, como conteúdo digital, publicidade e os negócios de computação em nuvem Amazon Web Services.

No balanço divulgada na quinta-feira, a Amazon listou 14 destaques para o primeiro trimestre e todos, menos um, estavam relacionados aos seus negócios digitais.

O presidente-executivo, Jeff Bezos, falou sobre o esforço da Amazon para fazer seus próprios programas de TV, que serão entregues através da Internet, em vez de em formato de DVD.

Notavelmente, os 10 produtos mais vendidos da Amazon no primeiro trimestre foram bens digitais ou aparelhos Kindle, que podem ser usados como tablets ou leitores de ebooks, disse o vice-presidente financeiro, Tom Szkutak, a analistas.

"Foi a primeira vez que vimos isso acontecer", disse o executivo.

No curto prazo, porém, a enorme varejista da Internet que começou como um negócio de vendas de livros, enfrenta vários desafios.

A companhia enfrenta uma economia europeia lenta e esforços inconsistentes para entrar em mercados emergentes como a China, onde a concorrência de grupos como a Alibaba é intensa.

Mas no longo prazo, analistas afirmam que o foco da Amazon no mundo de conteúdo digital, como vender o Kindle a um preço perto do custo, é uma estratégia vencedora.

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São Francisco/Nova York - A Amazon.com parece ter descoberto o segredo para ser mais lucrativa: vender menos produtos físicos e mais digitais. A empresa informou na quinta-feira uma desaceleração no crescimento da receita e ofereceu uma previsão decepcionante para este trimestre, aumentando a incerteza sobre a saúde de seus negócios para além dos Estados Unidos.

Mas isso pode estar mascarando uma mudança fundamental no seu negócio no campo doméstico. A gigante do varejo na Internet, que já se especializou em transportar livros e outros itens físicos rapidamente, está tentando cada vez mais fazer o mesmo no mundo digital, onde as margens de lucro são maiores, em parte porque os arquivos de ebooks, música e vídeo são transmitidos eletronicamente, em alta velocidade.

Acrescente também um negócio em rápida expansão de serviços para vendedores terceiros, onde a Amazon simplesmente obtém um percentual das vendas listadas por outros vendedores em seu site, e as perspectivas de margem da gigante do varejo parecem muito melhores.

"No longo prazo, isto realmente ajuda as margens", disse o analista da Macquarie Ben Schachter. "Você não tem que colocar essas coisas em um caminhão e mandá-los." No primeiro trimestre, os custos líquidos de frete representaram 4,7 por cento das vendas, uma queda em relação aos 5,1 por cento de um ano antes.

A Amazon tem feito tudo que um negócio de varejo costuma fazer para incentivar as margens, como colocar a sua distribuição mais perto dos clientes e cobrar mais dos parceiros para transportar mercadorias.


Mas também se diversificou agressivamente para outras fontes de receita, como conteúdo digital, publicidade e os negócios de computação em nuvem Amazon Web Services.

No balanço divulgada na quinta-feira, a Amazon listou 14 destaques para o primeiro trimestre e todos, menos um, estavam relacionados aos seus negócios digitais.

O presidente-executivo, Jeff Bezos, falou sobre o esforço da Amazon para fazer seus próprios programas de TV, que serão entregues através da Internet, em vez de em formato de DVD.

Notavelmente, os 10 produtos mais vendidos da Amazon no primeiro trimestre foram bens digitais ou aparelhos Kindle, que podem ser usados como tablets ou leitores de ebooks, disse o vice-presidente financeiro, Tom Szkutak, a analistas.

"Foi a primeira vez que vimos isso acontecer", disse o executivo.

No curto prazo, porém, a enorme varejista da Internet que começou como um negócio de vendas de livros, enfrenta vários desafios.

A companhia enfrenta uma economia europeia lenta e esforços inconsistentes para entrar em mercados emergentes como a China, onde a concorrência de grupos como a Alibaba é intensa.

Mas no longo prazo, analistas afirmam que o foco da Amazon no mundo de conteúdo digital, como vender o Kindle a um preço perto do custo, é uma estratégia vencedora.

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