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Amazon paga até U$ 5 mil para quem quiser se demitir

Em carta enviada a seus investidores, Jeff Bezos, CEO da companhia, afirmou que a ideia é que só os que realmente quiserem permaneçam trabalhando na empresa

Jeff Bezos, da Amazon: "um empregado ficar em um lugar que ele não queira estar não é saudável, para ele ou para a empresa" (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2014 às 15h44.

São Paulo -- Jeff Bezos não quer ninguém trabalhando sem vontade na Amazon . Em s ua carta anual aos investidores, publicada nesta quinta-feira, ele explicou como faz para garantir isso.

Já há alguns anos, os centros de armazenamento da Amazon têm um programa chamado Pay To Quit, que oferece dinheiro às pessoas para elas se demitirem.

No primeiro ano, são oferecidos 2.000 dólares e o valor sobe 1.000 dólares a cada ano seguinte, podendo chegar até 5.000.

"A primeira coisa que dizemos é 'Por favor, não aceite essa oferta'. Nós esperamos que eles não aceitem, nós queremos que eles fiquem. Porque fazemos essa proposta? O objetivo é encorajar as pessoas a pensarem no que realmente querem. No longo prazo, um empregado ficar em um lugar que ele não queira estar não é saudável, para ele ou para a empresa", escreveu Bezos.

Ideia roubada

A ideia veio da Zappos, a loja de sapatos online que foi comprada pela Amazon em 2009. Inicialmente, a oferta era feita apenas uma vez, pouco tempo depois que os funcionários começavam a trabalhar, mas hoje ela é feita até quatro anos depois que eles entram na empresa.

Na mesma linha, a Amazon também paga, para quem se interessar, 95% da matrícula de cursos de alta demanda de funcionários, como mecânica aeronáutica ou enfermagem, mesmo que essas áreas não tenham nada a ver com a Amazon.

"O objetivo é permitir a escolha. Nós sabemos que para alguns dos nossos funcionários, a Amazon vai ser uma carreira. Para outros, a Amazon pode ser apenas um degrau no caminho de um outro emprego - um emprego que pode exigir novas habilidades. Se o treinamento correto pode fazer a diferença, nós queremos ajudar", diz a carta.

A Amazon também está investindo cada vez mais em home office . Ela afirma que o número de funcionários que trabalham em casa já cresce mais rápido que o de pessoas que trabalham em instalações físicas. A ideia é dar ao empregado as condições que ele quer ou precisa para fazer um bom trabalho.

Professor da Harvard Business School, Christensen é o criador da teoria da inovação disruptiva. Grosso modo, o que ele defende é que inovar não é aprimorar algo, ou fazer melhor, mas sim criar um novo padrão de qualidade. Ele é autor do best seller "The Innovator's Dilemma" (o dilema do inovador). Ele está no topo da lista de mais pensadores mais influentes do mundo pela segunda vez consecutiva. No livro, ele explica como práticas de gestão responsáveis por colocar grandes companhias na liderança do mercado ao mesmo tempo as atrapalham a desenvolver tecnologias disruptivas que roubam seus espaços. Recentemente, ele tem levado suas ideias para os campos da saúde e da educação, para mostrar como a gestão esclarecida pode ser ajudar a resolver muitos problemas enfrentados pela sociedade. O último livro escrito por ele é "How Will You Measure Your Life" (como você medirá a sua vida), com questionamentos sobre como criar significado na vida pessoal. Posição no ranking em 2011: 1
  • 2. 2. W. Chan Kim e Renée Mauborgne

    2 /10(Divulgação)

  • Veja também

    Professores da escola global de negócios INSEAD, o coreano e a norte-americana são co-autores do livro "Blue Ocean Strategy" (a estratégia do oceano azul). A obra já vendeu mais de duas milhões de cópias no mundo e tem sido adotada por empresas, organizações sem fins lucrativos e governos ao redor do mundo. Basicamente, segundo a teoria, há dois tipos de oceano: o vermelho e o azul. No vermelho, estão todas as indústrias que existem, o azul é o mercado desconhecido. A estratégia é deixar a competição no oceano vermelho para criar um mercado novo no oceano azul. Posição no ranking em 2011: 2
  • 3. 3. Roger Martin

    3 /10(Jordan Fischer / Creative Commons)

  • O canadense Roger Martin escreveu em parceiria com o presidente da Procter & Gamble (P&G), A.G. Lafleu, o livro "Playing to Win: How Strategy Really Works" (jogando para vencer: como estratágias realmente funcionam). A obra, que venceu o prêmio Thinkers50 de melhor livro, conta como, juntos, os dois conseguiram dobrar as vendas da P&G e aumentar o valor de mercado da empresa em 100 bilhões de dólares, quando Lafley comandou a comandou pela primeira vez, entre 2000 e 2009. Posição no ranking em 2011: 6
  • 4. 4. Don Tapscott

    4 /10(Divulgação)

    Tapscott foi também o vencedor do prêmio "Thinker50 for Global Solutions". Sua principal obra é provavelmente o livro "Wikinomics: How Mass Colaborations Changes Everything" ("Wikinômicos": como a colabração em massa transforma tudo), escrito em parceria com Anthony williams. Sua última pesquisa explora como uma novo tipo de rede global possibilitada pela internet e novas tecnologias oferece uma alternativa às abordagens tradicionais como a ONU ou governos nacionais, como forma de tratar problemas globais. Posição no rankging em 2011: 9
  • 5. 5. Vijay Govindarajan

    5 /10(EXAME.com)

    Professor de negócios internacionais na Dartmouth College, em New Hampshire, nos Estados Unidos, o indiano Vijay Govindarajan é um dos nomes mais imporantes quando se fala em estratégia e inovação no mundo todo. Junto com Chris Trimble, ele cunhou o termo "inovação reversa", para descrever produtos e serviços desenhados para mercados emergentes depois importados para economias ocidentais. Na semana passada, ele esteve no Brasil para falar no fórum HSM Expomanagement e disse que "empresa que não inova não tem estratégia", porque estratégia nada mais é do que "liderar no futuro". Posição no ranking em 2011: 3
  • 6. 6. Rita McGrath

    6 /10(Reprodução/Youtube)

    Professora da Columbia Business School, Rita McGrath trabalha com o crecimento de negócios estratégicos em ambientes incertos. Junto com Ian C. Macmillan, ela é autora do livro "Discovery-Driven Growth: A Breakthrough Process do Reduce Risk and Seize Opportunity" (algo como crescimento descoberto-dirigido: um processo de avanço para reduzir riscos e agarrar oportunidades, em português). Na obra, os dois mostram como empresas podem planejar e seguir uma agenda agressiva se testaresm cada parte do projeto, usando uma série de mecanismos de controle para minimizar as surpresas, ao invés de tropeças às cegas. O último livro de Rita é "The End Of Competitive Advantage" (o fim da vantagem competitiva), que foi indicado ao prêmio Thinkers50 de melhor livro.
    Posição no ranking em 2011: 19
  • 7. 7. Michael Porter

    7 /10(Presidência do Peru)

    Michael Porter é professor da Harvard Business School e criador de uma nova abordagem da estratégia corporativa chamada "Five Forces Framework" (o quadro das cinco forças). O modelo consiste em uma análise da competição entre empresas. No centro do quadro, está a rivalidade entre concorrentes, que sofre pressão de quatro forças: a ameaça de produtos substitutos, ameaça de novos entrantes, poder de barganha dos fornecedores e poder de barganha dos clientes. Porter esteve no Brasil na semana passada e discursou no fórum HSM Expomanagement. Na ocasião, ele disse que ter estratégia nada mais é do que "criar uma direção para construir uma empresa única, que entregue valores únicos aos clientes que escolhe atender". Posição no ranking em 2011: 5
  • 8. 8. Linda Hill

    8 /10(Reprodução/Youtube)

    Professora de administração na Harvard Business School, Linda Hill é autora do livro "The 3 Imperatives for Becoming a Great Leader" (os três imperativos para se tornar um ótimo líder). Eles são: 1. Dirigir você mesmo - aprender a administrar não é só sobre as coisas que você faz sozinho, mas sim sobre realizar coisas através dos outros. 2. Administrar uma rede - entender como o poder e a influência funcionam em sua organização e construir uma rede de relações de benefício mútuos para navegar no ambiente político da sua empresa. 3. Administrar um time: forjar um desempenho "nós" fora dos "eus" que reportam a você. No ano que vem, ela lançará o livro "Collective Genius: The Art And Practice of Leading Innovation" (algo como gênio coletivo: a arte e a prática de liderar inovação, em português). Posição no ranking em 2011: 16
  • 9. 9. Herminia Ibarra

    9 /10(Reprodução/Youtube)

    Herminia é professora da INSEAD e autora do livro "Working Identity: Unconventional Strategies for Reiventing Your Career" (algo como trabalhando a identidade: estratégias não convencionais para reinventar a sua carreira, em português). Ela defende que as carreiras mais bem-sucedidas não são lineares - a tradicional escada para alcançar cargos de gerência sênior - mas sim resultado de experimentações. Posição no ranking em 2011: 28
  • 10. 10. Marshall Goldsmith

    10 /10(Divulgação)

    Coach executivo, Marshal foi o criador da avaliação 360 graus (ou feedback 360 graus). O processo, muito usado em entrevistas de emprego, consiste em avaliar uma pessoa segundo ela mesma, segundo seus pares, seus subordinados e seus superiores, o que gera um resultado mais "honesto". Goldshmith é autor, coautor e editor de mais de 30 livros, incluindo "O líder do futuro", escrito em 1966 em parceira com Frances Hesselbein e traduzido para 25 idiomas. Posição no ranking em 2011: 7
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