Amazon analisa comprar lojas da RadioShack
Com o objetivo de reforçar operações com lojas físicas, a Amazon analisa a compra de alguns pontos de venda da RadioShack. após a rede declarar falência
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 21h14.
A Amazon .com Inc., com o objetivo de reforçar suas operações com lojas físicas, analisou a compra de alguns pontos de venda da RadioShack Corp. depois de a rede de eletrônicos declarar falência, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto.
A Amazon, com sede em Seattle, está pensando em utilizar as lojas da RadioShack para exibir seu próprio hardware e como possíveis centros de coleta e entrega para os clientes virtuais, disse uma das fontes, que solicitou anonimato porque as discussões são confidenciais.
Essa possível decisão, analisada como parte de uma iminente falência judicial da RadioShack, representaria a maior iniciativa da Amazon no varejo tradicional.
A Amazon se une a outros potenciais licitantes, como a Sprint Corp. e o grupo de investimento por trás da Brookstone, na avaliação das lojas da RadioShack, disseram pessoas com conhecimento da situação.
A RadioShack tem mais de 4.000 pontos de venda nos EUA e está tentando chegar a um acordo para vender uma parte e fechar o restante, de acordo com algumas das fontes. A Sprint analisou a compra de 1.300 a 2.000, disseram.
Craig Berman, porta-voz da Amazon, não respondeu a um pedido de comentários. Merianne Roth, porta-voz da RadioShack, com sede em Fort Worth, Texas, não quis comentar, assim como um representante da Brookstone.
Como parte das negociações, a Sprint e a RadioShack analisaram a possibilidade de manter ambas as marcas nas lojas, disseram duas das fontes. A liquidação não é inevitável: é possível que outro licitante surja para comprar a RadioShack e mantê-la em operação, disseram as fontes. Existe a possibilidade de que as negociações com a Amazon não levem a um acordo.
Smartphone Fire
Com as lojas físicas, a Amazon ficaria mais em pé de igualdade com a Apple Inc., que possui centenas de lojas em áreas comerciais. Embora o Kindle da Amazon tenha tido um sucesso estrondoso, alguns aparelhos da empresa não entusiasmaram os consumidores.
O smartphone Fire não vendeu bem e contribuiu para uma baixa contábil de US$ 170 milhões no valor do estoque no terceiro trimestre do ano passado.
A RadioShack iniciou suas atividades em 1921, com vendas pelo correio para operadores de rádio amadores e oficiais de comunicações marítimas. Ao longo das décadas, a loja se expandiu para uma gama mais ampla de produtos eletrônicos e nos anos 1980 era vista como o lugar ideal para comprar computadores pessoais, acessórios e componentes que não eram encontrados facilmente em outras lojas.
Nos últimos anos, a concorrência da Wal-Mart Stores Inc. e de um exército de vendedores de comércio eletrônico – como a Amazon – reduziram o movimento de clientes nas lojas.
Suspensão na Bolsa de Nova York
Um dos sinais de que os problemas da RadioShack estavam aumentando foi que a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) anunciou na segunda-feira que iria suspender as negociações das ações imediatamente.
A NYSE tomou essa decisão porque a RadioShack não entregou um plano de negócios que trataria o seu não cumprimento das regras da NYSE. As empresas listadas nessa bolsa devem ter um valor médio de mercado de pelo menos US$ 50 milhões durante 30 dias consecutivos ou capital próprio equivalente a esse valor.
Antes do anúncio da suspensão, as ações tinham caído 13 por cento, para 24 centavos de dólar, na segunda-feira. A RadioShack perdeu cerca de 90 por cento do seu valor durante o ano passado.
Lojas dentro das lojas
O CEO da RadioShack, Joe Magnacca, reformou as lojas e renovou a linha de produtos oferecida em uma tentativa de revigorar as vendas. No entanto, o ex-executivo da Walgreen Co. não conseguiu deter a queda da rede de eletrônicos, que informou mais de dois anos de prejuízos.
Uma das possibilidades analisadas durante as negociações foi que a RadioShack mantivesse seu nome vivo como um conceito de “loja dentro de uma loja” que envolveria as operadoras de telefonia móvel, disseram duas das fontes.
A Amazon .com Inc., com o objetivo de reforçar suas operações com lojas físicas, analisou a compra de alguns pontos de venda da RadioShack Corp. depois de a rede de eletrônicos declarar falência, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto.
A Amazon, com sede em Seattle, está pensando em utilizar as lojas da RadioShack para exibir seu próprio hardware e como possíveis centros de coleta e entrega para os clientes virtuais, disse uma das fontes, que solicitou anonimato porque as discussões são confidenciais.
Essa possível decisão, analisada como parte de uma iminente falência judicial da RadioShack, representaria a maior iniciativa da Amazon no varejo tradicional.
A Amazon se une a outros potenciais licitantes, como a Sprint Corp. e o grupo de investimento por trás da Brookstone, na avaliação das lojas da RadioShack, disseram pessoas com conhecimento da situação.
A RadioShack tem mais de 4.000 pontos de venda nos EUA e está tentando chegar a um acordo para vender uma parte e fechar o restante, de acordo com algumas das fontes. A Sprint analisou a compra de 1.300 a 2.000, disseram.
Craig Berman, porta-voz da Amazon, não respondeu a um pedido de comentários. Merianne Roth, porta-voz da RadioShack, com sede em Fort Worth, Texas, não quis comentar, assim como um representante da Brookstone.
Como parte das negociações, a Sprint e a RadioShack analisaram a possibilidade de manter ambas as marcas nas lojas, disseram duas das fontes. A liquidação não é inevitável: é possível que outro licitante surja para comprar a RadioShack e mantê-la em operação, disseram as fontes. Existe a possibilidade de que as negociações com a Amazon não levem a um acordo.
Smartphone Fire
Com as lojas físicas, a Amazon ficaria mais em pé de igualdade com a Apple Inc., que possui centenas de lojas em áreas comerciais. Embora o Kindle da Amazon tenha tido um sucesso estrondoso, alguns aparelhos da empresa não entusiasmaram os consumidores.
O smartphone Fire não vendeu bem e contribuiu para uma baixa contábil de US$ 170 milhões no valor do estoque no terceiro trimestre do ano passado.
A RadioShack iniciou suas atividades em 1921, com vendas pelo correio para operadores de rádio amadores e oficiais de comunicações marítimas. Ao longo das décadas, a loja se expandiu para uma gama mais ampla de produtos eletrônicos e nos anos 1980 era vista como o lugar ideal para comprar computadores pessoais, acessórios e componentes que não eram encontrados facilmente em outras lojas.
Nos últimos anos, a concorrência da Wal-Mart Stores Inc. e de um exército de vendedores de comércio eletrônico – como a Amazon – reduziram o movimento de clientes nas lojas.
Suspensão na Bolsa de Nova York
Um dos sinais de que os problemas da RadioShack estavam aumentando foi que a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) anunciou na segunda-feira que iria suspender as negociações das ações imediatamente.
A NYSE tomou essa decisão porque a RadioShack não entregou um plano de negócios que trataria o seu não cumprimento das regras da NYSE. As empresas listadas nessa bolsa devem ter um valor médio de mercado de pelo menos US$ 50 milhões durante 30 dias consecutivos ou capital próprio equivalente a esse valor.
Antes do anúncio da suspensão, as ações tinham caído 13 por cento, para 24 centavos de dólar, na segunda-feira. A RadioShack perdeu cerca de 90 por cento do seu valor durante o ano passado.
Lojas dentro das lojas
O CEO da RadioShack, Joe Magnacca, reformou as lojas e renovou a linha de produtos oferecida em uma tentativa de revigorar as vendas. No entanto, o ex-executivo da Walgreen Co. não conseguiu deter a queda da rede de eletrônicos, que informou mais de dois anos de prejuízos.
Uma das possibilidades analisadas durante as negociações foi que a RadioShack mantivesse seu nome vivo como um conceito de “loja dentro de uma loja” que envolveria as operadoras de telefonia móvel, disseram duas das fontes.