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Aluguel de Jetta por US$ 89 mostra trabalho da Volks nos EUA

A Volkswagen tenta mudar sua sorte nos Estados Unidos, oferecendo aluguéis de carros que vão de US$ 39 a US$ 99

VW Jetta: o leasing subsidiado da Volkswagen mostra que os EUA são uma fraqueza para a segunda maior fabricante de veículos do mundo (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2015 às 20h19.

Última atualização em 25 de abril de 2018 às 11h43.

Os US$ 89 dólares por mês necessários para alugar um carro Jetta em algumas concessionárias dos EUA representam um montante mais ou menos tão baixo quanto o preço de utilizar um iPhone em alguns planos de telefonia celular.

Também se trata de um sinal do esforço feito pela Volkswagen AG para mudar sua sorte nos EUA.

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A pechincha – disponível depois de uma entrada de cerca de US$ 2.500 para o Jetta, de US$ 17.325 – dura três anos.

Outras ofertas recentes vão de US$ 39 por mês em San Jose, Califórnia, até US$ 99 em Boston.

A dependência do leasing da VW está pensada para capturar clientes fiéis para 2017, quando a fabricante alemã de veículos possa mostrar-lhes uma linha de produtos melhorada.

A VW, com uma linha envelhecida sem um SUV de tamanho médio, visa mais do que dobrar suas vendas nos EUA a fim de atingir uma meta de 800.000 veículos até 2018.

O leasing subsidiado da Volkswagen, às vezes adoçado pelos concessionários, mostra que os EUA são uma fraqueza para a segunda maior fabricante de veículos do mundo.

As vendas da VW no país caíram durante dois anos consecutivos, mesmo depois de seis anos de crescimento no setor inteiro. Nos últimos meses, o leasing respondeu por até 45 por cento das entregas da empresa – mais do que a Porsche e cerca do dobro da taxa de maioria das principais marcas.

“Este mercado não é particularmente favorável à VW”, disse Jack Nerad, analista da KBB.com , em uma entrevista.

“Eles vendem acima de tudo coisas pequenas com eficiência de combustível, e os preços da gasolina não têm favorecido isso. Grande parte das suas ofertas é subsidiada. É a forma em que eles vendem carros”.

Objetivo

A empresa com sede em Wolfsburg, Alemanha, precisa se sair bem no mercado americano para alcançar sua meta de superar a Toyota Motor Corp. como a maior fabricante de veículos do mundo até 2018.

Suas entregas nos EUA caíram 10 por cento, para 366.970 veículos no ano passado, e tinham recuado 7,5 por cento até abril, mesmo com um impulso dado nesse mês pelo Jetta, um modelo de nível básico entre os mais antigos da linha da VW.

As fabricantes de veículos informarão os resultados das suas vendas em maio na terça-feira. Provavelmente elas registrem um declínio de 1,1 por cento nas remessas de carros e caminhões leves em maio, para cerca de 1,59 milhão, a média de estimativas de onze analistas consultados pela Bloomberg.

Houve 26 dias de venda no mês passado, um a menos do que em maio de 2014. Ajustado a tendências sazonais, o ritmo anualizado provavelmente subiu para 17,3 milhões, o maior desde agosto.

Os veículos da VW são atacados pelos críticos pelo seu estilo chato e por estarem um passo atrás quanto à segurança e à tecnologia de entretenimento e informação.

Apesar de existir um mercado para os veículos de design conservador, este já está monopolizado pelos dois sedãs mais vendidos: o Camry da Toyota e o Accord da Honda Motor Co.

Plano

A VW recorrerá ao leasing até conseguir começar a colher os benefícios de um investimento de US$ 7 bilhões planejado na América do Norte.

A fim de ganhar flexibilidade, a companhia planeja lançar produtos novos a cada cinco anos e reformar os modelos a cada três anos em vez de sete.

Os frutos do programa não começarão a chegar às concessionárias pelo menos até 2017, portanto fazer leasing agora ajuda a VW a garantir que os clientes voltem para ver uma frota expandida e mais atraente.

A taxa de leasing da VW ronda 30 por cento das vendas desde o fim de 2011 e alcançou 49 por cento no fim de 2013. A maioria das principais marcas está mais próxima de 20 por cento, disse Nerad, da KBB.

A taxa da VW “supera o ponto com que a maioria das fabricantes estaria à vontade no longo prazo”, disse Nerad.

“Existe certo risco de sofrer danos com essa porcentagem no leasing. Aqueles veículos voltarão daqui a dois ou três anos e poderiam deprimir os valores residuais. Fica cada vez mais difícil e caro fazer leasing”.

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