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Alphaville, da Gafisa, vê oportunidade na escassez de terrenos

Empresa vê situação como um trampolim para condomínios urbanos de alto padrão, diferentes das incorporações verticais

Alphaville deve ser incorporada totalmente pela Gafisa (Germano Luders)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2011 às 12h18.

São Paulo - O esgotamento de áreas adequadas para construção de imóveis residenciais em grandes centros urbanos, um dos principais gargalos enfrentados pelo setor imobiliário, é visto como um trampolim para a Alphaville Urbanismo, controlada pelo Grupo Gafisa.

Enquanto construtoras e incorporadoras começam a sentir os efeitos de uma desaceleração nas vendas, a companhia --voltada ao desenvolvimento de condomínios urbanos de alto padrão-- diz estar confortável tanto em termos de demanda quanto de espaços para construir.

"Com esse esgotamento da incorporação vertical, existe uma migração para o nosso segmento. Existe uma geração de demanda", disse o diretor Comercial da Alphaville, Fabio Valle, à Reuters na quinta-feira.

Segundo ele, regiões como o Nordeste do país e o interior dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro apresentam hoje o maior potencial de crescimento para o setor habitacional, por contarem com muitas cidades ainda pouco exploradas.

"A demanda é maior do que a gente consegue ofertar. O maior problema não está na obtenção de terrenos, mas na aprovação dos projetos", acrescentou o diretor de Novos Negócios da empresa, Marcelo Willer.

Presente em 20 Estados, a companhia se apoia em outro entrave vivido pelo setor a seu favor: a valorização imobiliária. Segundo Valle, o preço médio dos empreendimentos da empresa varia entre 130 mil e 200 mil reais, valor relativamente baixo para projetos considerados de alto padrão.

"Em 2010, o setor era a bola da vez... Houve uma valorização muito alta. Hoje, se comparar (o valor de) um empreendimento vertical com um Alphaville, o valor parece baixo", afirmou o diretor Comercial.

Gafisa

Prestes a ser totalmente incorporada pela Gafisa, a Alphaville deve, a partir de 2012, conquistar maior participação nas operações da construtora e incorporadora, resultado das elevadas margens que vem apresentando nos últimos anos.

A Gafisa, por sua vez, vem enfrentando forte pressão do mercado para reverter o alto consumo de caixa visto nos últimos trimestres em decorrência de problemas pertinentes à Tenda, sua subsidiária integral.

Atualmente, a Alphaville tem participação de 25 por cento no volume de vendas da Gafisa e de 48 por cento nas margens.

Nos últimos quatro anos, o volume de vendas e lançamentos da Alphaville disparou. Em 2010, a empresa vendeu 599 milhões de reais, contra 238 milhões em 2007. Já os lançamentos saltaram para 741 milhões de reais, ante 237 milhões, na mesma base de comparação.

Para este ano, a projeção de Willer é otimista: "Vamos continuar crescendo. Certamente vamos ter um resultado maior em 2011, ainda que tenha sido alto em 2010".

A Gafisa deve adquirir os 20 por cento restantes do capital social da Alphaville até o final de dezembro deste ano.

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São Paulo - O esgotamento de áreas adequadas para construção de imóveis residenciais em grandes centros urbanos, um dos principais gargalos enfrentados pelo setor imobiliário, é visto como um trampolim para a Alphaville Urbanismo, controlada pelo Grupo Gafisa.

Enquanto construtoras e incorporadoras começam a sentir os efeitos de uma desaceleração nas vendas, a companhia --voltada ao desenvolvimento de condomínios urbanos de alto padrão-- diz estar confortável tanto em termos de demanda quanto de espaços para construir.

"Com esse esgotamento da incorporação vertical, existe uma migração para o nosso segmento. Existe uma geração de demanda", disse o diretor Comercial da Alphaville, Fabio Valle, à Reuters na quinta-feira.

Segundo ele, regiões como o Nordeste do país e o interior dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro apresentam hoje o maior potencial de crescimento para o setor habitacional, por contarem com muitas cidades ainda pouco exploradas.

"A demanda é maior do que a gente consegue ofertar. O maior problema não está na obtenção de terrenos, mas na aprovação dos projetos", acrescentou o diretor de Novos Negócios da empresa, Marcelo Willer.

Presente em 20 Estados, a companhia se apoia em outro entrave vivido pelo setor a seu favor: a valorização imobiliária. Segundo Valle, o preço médio dos empreendimentos da empresa varia entre 130 mil e 200 mil reais, valor relativamente baixo para projetos considerados de alto padrão.

"Em 2010, o setor era a bola da vez... Houve uma valorização muito alta. Hoje, se comparar (o valor de) um empreendimento vertical com um Alphaville, o valor parece baixo", afirmou o diretor Comercial.

Gafisa

Prestes a ser totalmente incorporada pela Gafisa, a Alphaville deve, a partir de 2012, conquistar maior participação nas operações da construtora e incorporadora, resultado das elevadas margens que vem apresentando nos últimos anos.

A Gafisa, por sua vez, vem enfrentando forte pressão do mercado para reverter o alto consumo de caixa visto nos últimos trimestres em decorrência de problemas pertinentes à Tenda, sua subsidiária integral.

Atualmente, a Alphaville tem participação de 25 por cento no volume de vendas da Gafisa e de 48 por cento nas margens.

Nos últimos quatro anos, o volume de vendas e lançamentos da Alphaville disparou. Em 2010, a empresa vendeu 599 milhões de reais, contra 238 milhões em 2007. Já os lançamentos saltaram para 741 milhões de reais, ante 237 milhões, na mesma base de comparação.

Para este ano, a projeção de Willer é otimista: "Vamos continuar crescendo. Certamente vamos ter um resultado maior em 2011, ainda que tenha sido alto em 2010".

A Gafisa deve adquirir os 20 por cento restantes do capital social da Alphaville até o final de dezembro deste ano.

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