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Alibaba precisa usar seu dinheiro para desafiar Android

A solução mais rápida para conseguir que seu sistema operacional esteja em milhões de smartphones na China é investir em uma fabricante de celulares

Alibaba: com um valor de mercado de US$ 266 bilhões, a empresa tem se esforçado para abrir caminho para o YunOS na China (Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2014 às 13h16.

Sydney e Hong Kong - A Alibaba Group Holding Ltd. quer que seu sistema operacional para dispositivos móveis esteja em milhões de smartphones na China. A solução mais rápida: gastar parte da sua reserva de dinheiro em uma fabricante de celulares.

O vice-presidente Joseph Tsai, esboçando planos para a próxima década, disse em uma entrevista no mês passado que o sistema local da Alibaba , o YunOS, pode vincular serviços para a empresa.

O maior colosso do comércio eletrônico da Ásia está dando um passo além dos dispositivos e roupas, em direção aos serviços de saúde e entretenimento.

Com um valor de mercado de US$ 266 bilhões, a Alibaba tem se esforçado para abrir caminho para o YunOS na China, onde mais de nove de cada dez aparelhos móveis utilizam o Android , do Google Inc.

Logo após completar uma venda de bonds por US$ 8 bilhões, a Alibaba poderia tentar adquirir uma participação na Xiaomi Corp., a maior vendedora de smartphones da China.

Ou poderia investir na Coolpad Group Ltd., listada em Hong Kong, para garantir a instalação do YunOS no chão de fábrica.

Depois que a Microsoft Corp. e o Google falharam com aquisições de fabricantes de celulares de alta gama, outra opção é almejar alguma das dezenas de fabricantes menores de capital fechado na China, segundo a empresa de pesquisa Canalys.

“Esperamos que a Alibaba realize várias tentativas no mercado de smartphones durante a próxima década”, disse Neil Mawston, diretor executivo do escritório internacional de celulares da Strategy Analytics Inc. em Milton Keynes, Inglaterra.

“A Alibaba e a tecnologia móvel são grandes demais para deixar passar”.

Bob Christie, um porta-voz da Alibaba, não quis comentar se a empresa está interessada na Xiaomi ou na Coolpad.

Ambições crescentes

A Alibaba, cofundada em 1999 pelo presidente Jack Ma em seu apartamento com US$ 60.000, administra mercados como o Taobao, que conecta compradores e vendedores particulares, e o Tmall.com, que conecta varejistas e consumidores.

A companhia com sede em Hangzhou, China, tem um valor de mercado superior ao da Facebook Inc. ou da General Electric Co. depois de se registrar em setembro na bolsa de Nova York e conta com cerca de US$ 20 bilhões em dinheiro e equivalentes no balanço.

Ma não vai parar por aí. Desde a abertura de capital, ele percorreu Hollywood em busca de conteúdos para conquistar e reter clientes.

O sistema operacional da empresa é crucial porque os compradores on-line da China estão migrando dos computadores para os celulares e os tablets. A Alibaba quer que o YunOS conecte sua crescente gama de serviços.

Xiaomi e Coolpad

O Android tem um domínio tão forte na China, o maior mercado de smartphones do mundo, que a Alibaba precisa mais do que simplesmente fabricar outro sistema operacional para dispositivos móveis, disse Vanessa Zeng, analista da Forrester Research Inc. em Pequim.

A colaboração com a Xiaomi é uma “possibilidade” porque a Alibaba vai ter dificuldades para conquistar uma participação no mercado por conta própria, disse ela.

Embora uma parceria entre ambas pudesse ter peso suficiente para desafiar o domínio do mercado do Android, as ambições da Xiaomi com seu próprio sistema operacional, chamado MIUI, poderiam impossibilitar qualquer aliança.

Um alvo menor para a Alibaba seria a Coolpad, com sede em Shenzhen, cujo valor de mercado é de 7 bilhões de dólares de Hong Kong (US$ 903 milhões).

A Coolpad teve 11 por cento das remessas de smartphones da China no ano passado, o que a deixou em terceiro lugar, atrás da Lenovo Group Ltd., segundo a International Data Corp.

Outros líderes de software fracassaram na hora de passar para a fabricação. O Google, com sede em Mountain View, Califórnia, vendeu neste ano por cerca de US$ 2,9 bilhões a unidade de celulares Motorola Mobility que tinha comprado como parte de uma transação por US$ 12,4 bilhões em 2012.

A Microsoft disse que sua nova divisão de celulares, a antiga unidade de celulares da Nokia adquirida pela empresa em abril, poderia não atingir um equilíbrio até 2016.

“A Alibaba poderia se transformar em uma Microsoft chinesa”, disse Mawston, da Strategy Analytics. “Se usar suas grandes reservas de dinheiro para continuar investindo no mercado de hardware ou de software para dispositivos móveis durante anos”.

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Sydney e Hong Kong - A Alibaba Group Holding Ltd. quer que seu sistema operacional para dispositivos móveis esteja em milhões de smartphones na China. A solução mais rápida: gastar parte da sua reserva de dinheiro em uma fabricante de celulares.

O vice-presidente Joseph Tsai, esboçando planos para a próxima década, disse em uma entrevista no mês passado que o sistema local da Alibaba , o YunOS, pode vincular serviços para a empresa.

O maior colosso do comércio eletrônico da Ásia está dando um passo além dos dispositivos e roupas, em direção aos serviços de saúde e entretenimento.

Com um valor de mercado de US$ 266 bilhões, a Alibaba tem se esforçado para abrir caminho para o YunOS na China, onde mais de nove de cada dez aparelhos móveis utilizam o Android , do Google Inc.

Logo após completar uma venda de bonds por US$ 8 bilhões, a Alibaba poderia tentar adquirir uma participação na Xiaomi Corp., a maior vendedora de smartphones da China.

Ou poderia investir na Coolpad Group Ltd., listada em Hong Kong, para garantir a instalação do YunOS no chão de fábrica.

Depois que a Microsoft Corp. e o Google falharam com aquisições de fabricantes de celulares de alta gama, outra opção é almejar alguma das dezenas de fabricantes menores de capital fechado na China, segundo a empresa de pesquisa Canalys.

“Esperamos que a Alibaba realize várias tentativas no mercado de smartphones durante a próxima década”, disse Neil Mawston, diretor executivo do escritório internacional de celulares da Strategy Analytics Inc. em Milton Keynes, Inglaterra.

“A Alibaba e a tecnologia móvel são grandes demais para deixar passar”.

Bob Christie, um porta-voz da Alibaba, não quis comentar se a empresa está interessada na Xiaomi ou na Coolpad.

Ambições crescentes

A Alibaba, cofundada em 1999 pelo presidente Jack Ma em seu apartamento com US$ 60.000, administra mercados como o Taobao, que conecta compradores e vendedores particulares, e o Tmall.com, que conecta varejistas e consumidores.

A companhia com sede em Hangzhou, China, tem um valor de mercado superior ao da Facebook Inc. ou da General Electric Co. depois de se registrar em setembro na bolsa de Nova York e conta com cerca de US$ 20 bilhões em dinheiro e equivalentes no balanço.

Ma não vai parar por aí. Desde a abertura de capital, ele percorreu Hollywood em busca de conteúdos para conquistar e reter clientes.

O sistema operacional da empresa é crucial porque os compradores on-line da China estão migrando dos computadores para os celulares e os tablets. A Alibaba quer que o YunOS conecte sua crescente gama de serviços.

Xiaomi e Coolpad

O Android tem um domínio tão forte na China, o maior mercado de smartphones do mundo, que a Alibaba precisa mais do que simplesmente fabricar outro sistema operacional para dispositivos móveis, disse Vanessa Zeng, analista da Forrester Research Inc. em Pequim.

A colaboração com a Xiaomi é uma “possibilidade” porque a Alibaba vai ter dificuldades para conquistar uma participação no mercado por conta própria, disse ela.

Embora uma parceria entre ambas pudesse ter peso suficiente para desafiar o domínio do mercado do Android, as ambições da Xiaomi com seu próprio sistema operacional, chamado MIUI, poderiam impossibilitar qualquer aliança.

Um alvo menor para a Alibaba seria a Coolpad, com sede em Shenzhen, cujo valor de mercado é de 7 bilhões de dólares de Hong Kong (US$ 903 milhões).

A Coolpad teve 11 por cento das remessas de smartphones da China no ano passado, o que a deixou em terceiro lugar, atrás da Lenovo Group Ltd., segundo a International Data Corp.

Outros líderes de software fracassaram na hora de passar para a fabricação. O Google, com sede em Mountain View, Califórnia, vendeu neste ano por cerca de US$ 2,9 bilhões a unidade de celulares Motorola Mobility que tinha comprado como parte de uma transação por US$ 12,4 bilhões em 2012.

A Microsoft disse que sua nova divisão de celulares, a antiga unidade de celulares da Nokia adquirida pela empresa em abril, poderia não atingir um equilíbrio até 2016.

“A Alibaba poderia se transformar em uma Microsoft chinesa”, disse Mawston, da Strategy Analytics. “Se usar suas grandes reservas de dinheiro para continuar investindo no mercado de hardware ou de software para dispositivos móveis durante anos”.

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