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Ajustes devem enquadrar Panamericano nas regras do BC

O banco registrou em dezembro Índice de Basileia negativo de 4,74%, bem abaixo do mínimo exigido pelo BC, de 11%

Banco Panamericano, fachada (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 21h55.

São Paulo - Os ajustes que o Banco Panamericano está fazendo para adequar sua estrutura de capital e se enquadrar nas regras do Banco Central devem permitir que a instituição registre um Índice de Basileia de 11,5% a 12%, segundo números preliminares informados hoje pelo diretor superintendente do banco, Celso Antunes, durante teleconferência com analistas.

Ele reiterou que o balancete de janeiro ainda não está fechado e, portanto, pode haver alterações. O banco registrou em dezembro Índice de Basileia negativo de 4,74%, bem abaixo do mínimo exigido pelo BC, de 11%.

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O Basileia é um indicador que mede quanto o banco pode emprestar sem comprometer sua estrutura de capital. O Panamericano fechou dezembro com patrimônio líquido de R$ 197 milhões. Entre os ajustes que estão sendo feitos está a cessão de créditos de carteira ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e à Caixa, que deve gerar um resultado de cerca de R$ 700 milhões em janeiro, além do aporte do então acionista controlador, o Grupo Silvio Santos, de R$ 1,3 bilhão, no momento da venda de sua participação para o BTG, em 31 de janeiro.

Antunes acrescentou que, caso seja necessário, o Panamericano pode fazer um depósito em conta vinculada no Banco Central dos recursos necessários para o enquadramento. O BC permite que se faça um depósito temporário do valor ou parte dele, até que a instituição financeira consiga efetivamente ajustar seu capital.

O executivo disse que o FGC pode comprar um total de carteiras de até R$ 3,5 bilhões. Já a Caixa pode comprar créditos até o limite de R$ 8 bilhões, sendo que, caso haja a liquidação de parte desses recursos, é possível que compre mais créditos, voltando a esse limite estabelecido, num acordo com prazo de 8 anos. Também pelo mesmo prazo, a Caixa pode liberar mais R$ 2 bilhões no interbancário.

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