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Airbus vê brasileiros comprando jatos de US$ 65 milhões

Por enquanto, a empresa só vendeu no país um avião de sua frota executiva - o Aerolula

Airbus ACJ318: a Airbus contabiliza 170 aviões corporativos vendidos em todo o mundo, sendo quase metade desse total no Oriente Médio (Rafael Cusato)

Airbus ACJ318: a Airbus contabiliza 170 aviões corporativos vendidos em todo o mundo, sendo quase metade desse total no Oriente Médio (Rafael Cusato)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2011 às 19h21.

São Paulo - Para a Airbus, o mercado brasileiro está maduro para o tipo de produto que ela oferece em aviação executiva. Um desses “produtos” foi exibido na última semana no país, durante a feira de aviação executiva Labace: uma aeronave de 65 milhões de dólares para cerca de 19 passageiros – que em voos comerciais pode transportar 108 passageiros.

Para François Chazelle, vice-presidente da Airbus para aviação executiva, como a economia brasileira está crescendo, aumentou o número de jatos no país – e também a quantidade de pessoas que querem um upgrade em seu aviãozinho. 

A Airbus contabiliza 170 aviões corporativos vendidos em todo o mundo, sendo quase metade desse total no Oriente Médio. “A China está crescendo muito, vemos potencial na Índia, América Latina e Brasil”, disse Chazelle. Os compradores dividem-se igualmente entre governos, empresas e famílias.  

Chazelle garante que a Airbus está falando com alguns interessados no Brasil, mas que não sabe se alguma venda será fechada ainda esse ano ou no próximo. “Depois do primeiro comprador virão outros”, disse. 

No Brasil, a Airbus já comercializou apenas um aviação de sua frota executiva, um ACJ319, que já atendeu pelo nome de Aerolula e - passado o presidente mas não o avião - segue servindo à presidência do país. 

Crise

Para a empresa, cujo modelo mais simples – que foi exibido no Brasil - tem 75 metros quadrados, uma possível crise econômica mundial parece ser uma turbulência distante em um voo de carreira. “Basicamente vendemos para bilionários, somos menos afetados que o mercado regular”, disse Chazelle. Para o executivo, é cedo para debater a possibilidade de crise. 

Há uma espera de cerca de dois anos entre o pedido e a entrega dos aviões por isso, Chazelle calcula que, se algum cliente cancelar sua compra ou postergar o pedido, é possível colocar outro no lugar – e adiantar uma entrega, por exemplo. 

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